sábado, 28 de maio de 2016

Vigésimo sétimo dia de meditação do mês de Maria

dia 27 a formação da moça católica

O demônio tem medo até do nome da Mãe de Deus
Oh! Como tremem os demônios, afirma S. Bernardo, só com ouvir pronunciar o nome de Maria! Os homens são atirados ao chão, se ao lado lhes cai algum raio. Assim também, diz Tomás de Kempis, são abatidos os demônios, logo que ouvem o nome de Maria. Quão assinaladas vitórias sobre estes inimigos têm já alcançado os servos de Maria, só com o proferirem o seu santo nome! Assim os venceram S. Antônio de Pádua, o bem-aventurado Henrique Suso e tantos outros que amavam a Mãe de Deus. Lê-se nos relatórios das missões do Japão o seguinte fato: Certo dia apareceram a um cristão muitos demônios sob forma de animais ferozes, que com ameaças o assustavam. Ele, porém, lhes disse: Armas com que vos possa amedrontar, eu não tenho. Se o Altíssimo vo-lo permite, de mim fazeis o que vos aprouver. Contudo invoco em minha defesa os dulcíssimos nomes de Jesus e de Maria. Mal pronunciara os tão terríveis nomes para os demônios, abriu-se a terra e sorveu aqueles espíritos soberbos. Eádmero assegura, de própria experiência, ter visto e ouvido muitas pessoas que, pronunciando o nome de Maria, foram salvas de grande perigo.
Glorioso e admirável é vosso nome, ó Maria, lemos em Boaventura. Quem na hora da morte o invoca, do inferno nada tem a temer. Pois, mal ouvem os demônios o nome de Maria, deixam em paz a alma. E Conrado de Saxônia acrescenta: No mundo não há inimigo que tanto tema um grande exército, como temem o nome e o patrocínio de Maria as potestades infernais. Ó Senhora minha, exclama S. Germano, só pela invocação do vosso nome segurais os vossos servos de todos os assaltos do inimigo.
Se os cristãos nas tentações tivessem o cuidado de proferir com devoção e confiança o nome de Maria, é certo que não cairiam nelas. Pois, como diz o Beato Alano, foge o demônio e treme o inferno ao som deste nome excelso. A mesma Senhora revelou a S. Brígida que até os pecadores mais perdidos, mais afastados de Deus, e mais possuídos do demônio, se aparta este inimigo, logo quando sente que eles, com verdadeira vontade de emenda, invocam o seu poderosíssimo nome. Mas, acrescentou a Santíssima Virgem, se a alma não se emenda e não apaga seus pecados nas lágrimas do arrependimento, os demônios sem demora voltam e dela tomam conta.
EXEMPLO
Havia no mosteiro de Reichensberg um cônego regular, por nome Arnaldo, muito devoto da Santísima Virgem. Estando para morrer, chamou, após a recepção dos santos sacramentos, os religiosos e pediu-lhes que não o abandonassem naquele último momento. Apenas isto dissera, começou a tremer, a revirar os olhos e a suar frio. Irmãos – perguntou com voz trêmula – não vedes os demônios que me querem levar para o inferno? Invocai, meus irmãos, invocai por mim o auxílio de Maria; eu nela confio; ela me fará triunfar. Rezaram então os presentes a Ladainha da Mãe de Deus, e às palavras “Santa Maria, rogai por nele”, disse o moribundo: Repeti o nome de Maria, pois já estou perante o tribunal de Deus. parou um pouco e depois acrescentou: É verdade, eu cometi este pecado, mas também dele fiz penitência. Dirigindo-se à Santíssima Virgem, suplicou: Ó Maria, assisti-me e eu serei salvo. De novo o assaltaram os demônios, mas Arnaldo se defendia com o Santo Crucifixo e com a invocação do nome de Maria. Assim passou a noite inteira. Ao alvorecer, completamente sereno, exclamou com alegria: Maria, minha Senhora e meu refúgio, obteve-me o perdão e a salvação. Olhando em seguinda para a Virgem que o convidava a seguí-la, disse: Já vou, Senhora, já vou. E fez um esforço para levantar-se. Não podendo contudo seguí-la com o corpo, seguiu-a com a alma, ao reino da glória eterna, expirando docemente.
ORAÇÃO
Aqui está aos vossos pés, ó Mãe de meu Deus e minha única esperança, um miserável pecador que tantas vezes por suas culpas se tem tornado escravo do inferno. Reconheço que de mim triunfou o demônio, porque não recorri, ó meu refúgio, ao vosso auxílio. Se eu vos tivesse chamado sempre em meu socorro, se vos houvesse invocado, jamais teria perecido. Eu espero, amabilíssima Senhora, por vossa intercessão ter já saído das mãos do demônio e ter obtido de Deus o perdão. Receio, entretanto, vir para o futuro a cair novamente em pecado. Sei que meus inimigos não perderam a esperança de tornar-me a vencer e me estão preparando novos assaltos e tentações. Ah! Minha Rainha e meu refúgio, ajudai-me; tomai-me sob o vosso manto e nunca permitais que eu torne a ser presa do inferno. Sei que sempre me haveis de valer e dar vitórias todas as vezes que vos invocar. Temo, contudo, que nas tentações me esqueça de chamar-vos em meu socorro. Eis, portanto, a graça que vos imploro e de vós espero, ó Virgem Santíssima. Fazei que sempre vos tenha presente à memória, especialmente nas lutas contra as tentações. Ajudai-me para que então vos diga muitas vezes: Maria, valei-me, valei-me, ó Maria. E quando chegar finalmente o dia de minha última luta com o inferno, na hora da morte, assisti-me então, ó minha Rainha, de modo especial. Fazei vós mesma que eu me lembre de invocar-vos sem cessar, com a boca ou com o coração, para que, expirando com vosso dulcíssimo nome e de vosso Filho Jesus nos lábios, possa ir vos bendizer e louvar, e nunca mais separar-me de vossos pés, por toda a eternidade no paraíso. Amém.
Trecho da meditação retirado do livro “Glórias de Maria”, de Santo Afonso Maria de Ligório.
Parte I, explicação da Salve Rainha – As abundantes e numerosas graças dispensadas pela Mãe de Deus aos que a servem devotamente.
Cap. IV A vós bradamos, os degredados filhos de Eva.
II- O poder de Maria para defender os que a invocam nas tentações do demônio

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