sábado, 30 de maio de 2020

A importância do quadro Nossa Senhora Auxiliadora

Texto completo abaixo:
*A importância do quadro de Nossa Senhora Auxiliadora*

“Aprofundemos o significado do quadro de Nossa Senhora Auxiliadora e a sua importância para a nossa vida espiritual”
O belíssimo quadro de Nossa Senhora Auxiliadora, que está no altar-mor da Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Turim, na Itália, é uma obra monumental, que tem mais de sete metros de altura por quadro de largura. A obra foi idealizada por São João Bosco, mais conhecido como Dom Bosco, e pintada por Tommaso Lorenzone. Durante seu trabalho, o pintor declarou a um sacerdote: “Não é obra minha. Não sou eu que o estou pintando. Outra mão parece guiar minha mão” 1 . Devido ao seu tamanho e à sua riqueza de detalhes, o quadro ficou pronto em nada menos que três anos de trabalho árduo de Lorenzone. São João Bosco assim descreve a obra idealizada por ele:

“A Virgem domina num mar de luz e majestade. Está rodeada de uma multidão de anjos que a homenageiam como rainha. Na mão direita, segura o cetro, que é símbolo do seu poder. Na mão esquerda, segura o Menino que tem os braços abertos, oferecendo assim as suas graças e a sua misericórdia a quem recorre à sua augusta Mãe. À volta e em baixo estão os santos apóstolos e os evangelistas. Eles, transportados por um doce êxtase, quase exclamam: Regina Apostolorum, ora pro nobis. Olham atônitos a Virgem Maria. No fundo da pintura, está a cidade de Turim, com o santuário de Valdocco em primeiro plano e com o de Superga ao fundo. Aquilo que tem maior valor no quadro é a ideia religiosa, que gera uma devota impressão em quem o olha” 2 .

A Virgem Maria e a geração dos membros da Igreja
É providencial que, neste ano, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora seja comemorada naquela que seria, na Liturgia antiga, a Oitava de Pentecostes, pois, como descreve Dom Bosco, os apóstolos e evangelistas quase exclamam: Regina Apostolorum, ora pro nobis (Rainha dos Apóstolos, rogai por nós). Neste tempo, em que se encerra o tempo Pascal com a solenidade de Pentecostes, recordar o título de Rainha dos Apóstolos nos ajuda a compreender a importância da Virgem Maria, naquele que foi o nascimento dos membros da Igreja.

No mistério da Anunciação, Nossa Senhora já tinha gerado a Cabeça do Corpo Místico da Igreja, que é Jesus Cristo, mas faltava gerar os seus membros. No Pentecostes, aconteceu como que o parto desses novos membros da Igreja, gerados no seio virginal de Maria Santíssima. Não poderia ser diferente, segundo nos ensina São Luís Maria Grignion de Montfort:

“Não há mãe que dê à luz a cabeça sem os membros ou os membros sem a cabeça: seria uma monstruosidade da natureza. Do mesmo modo, na ordem da graça, a cabeça e os membros nascem da mesma mãe, e, se um membro do Corpo Místico de Jesus Cristo, isto é, um predestinado, nascesse de outra mãe que Maria, que produziu a cabeça, não seria um predestinado, nem membro de Jesus Cristo, e sim um monstro na ordem da graça” 3 .

Essa geração é espiritual, por isso não necessitava da presença física da Mãe da Igreja. Mas sua presença foi providencial para que compreendamos a necessidade da Virgem Maria e do Espírito Santo em nossa geração espiritual como membros da Igreja. Essa geração espiritual, como membros da Igreja de Cristo, aconteceu no dia do nosso batismo. No entanto, o cuidado materno da Virgem Maria continua por toda a nossa vida. Nesse sentido, Santo Agostinho diz:

“…todos os predestinados, para serem conformes à imagem do Filho de Deus, são, neste mundo ocultos no seio da Santíssima Virgem, e aí guardados, alimentados, mantidos e engrandecidos por esta boa Mãe, até que ela os dê à glória, depois da morte, que é propriamente o dia de seu nascimento, como qualifica a Igreja a morte dos justos. Ó mistério de graça, que os réprobos desconhecem e os predestinados conhecem muito pouco” 4 .

O quadro de Nossa Senhora Auxiliadora em nossa vida espiritual
Tendo em vista esta geração espiritual dos membros da Igreja, que começou no dia de Pentecostes, o quadro de Nossa Senhora Auxiliadora nos ajuda a compreender essa verdade fundamental: temos uma Mãe, que nos gerou e que cuida de nós. Maria Santíssima é nosso auxílio em todas as necessidades temporais e espirituais.

Nossa Senhora não se esquece de nós nem sequer por um instante, mas está sempre atenta, com seu olhar materno. Entretanto, infelizmente, nós sempre nos esquecemos dela. Por isso, da mesma forma que temos fotos de nossos entes queridos para lembrar-nos deles, tenhamos sempre diante de nós quadros, estampas, pinturas ou imagens da Virgem Maria, Auxiliadora dos Cristãos. Ao olhar para uma imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, recordemos sempre que temos uma Mãe que não nos desampara, mas cuida de nós especialmente nos momentos de maior necessidade e nos conduz sempre para seu Filho Jesus Cristo, para a salvação eterna.

Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por 
nós!

Fonte: admiravelsenhora.blogspot.com 

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Nossa Senhora Menina: uma devoção quase esquecida



Poucos são os que veneram a bem-aventurada Virgem Maria em sua infância “cheia de graça”. Mas isso está mudando

A infância da Virgem Maria é um tema largamente desconhecido pelos católicos, sendo mesmo difícil encontrar homilias a respeito disso. O que encontramos, no mais das vezes, é alguma imagem de Sant’Ana com Maria no colo. De resto, os pregadores da Igreja optaram por outros temas marianos que propriamente os primeiros anos da Mãe de Jesus, algo que começa a mudar agora com uma percepção mais apurada do que significou a concepção milagrosa de Nossa Senhora e o seu desejo, já desde pequena, de se entregar totalmente a Deus.

A Igreja celebra todo dia 21 de novembro a festa litúrgica da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Segundo a Tradição, Maria foi concebida por um milagre, pois seus pais já não podiam ter mais filhos, devido à idade avançada. Além disso, acredita-se que Sant’Ana era estéril. Em todo caso, o fato é que, após uma relação natural com seu marido, aquela que era tida por estéril concebeu a futura Mãe do Salvador, a Virgem Santíssima, anunciada pelos profetas. E, para cumprir essa missão, Maria “foi preservada imune de toda mancha de pecado original” desde o primeiro instante da sua concepção (Pio IX, Ineffabilis Deus, n. 41).

Os pais de Maria prometeram entregá-la para Deus, uma vez que a idade avançada dos dois era uma dificuldade grave para a educação da menina. Com três anos de idade, ela foi levada ao Templo. Para surpresa do casal, Maria não chorou, nem olhou para trás ao subir, alegremente, os degraus do Templo, onde passaria a infância servindo a Deus. De fato, o coração de Nossa Senhora já ardia de amor por Deus, de modo que ela não podia entristecer-se naquele momento. Ao contrário, ela deveria alegrar-se muito por começar a cumprir a vocação para a qual estava destinada.


A apresentação de Maria no Templo envolve um mistério precioso. Para demonstrar a grandiosidade desse momento, a própria Virgem apareceu a uma irmã concepcionista, chamada Madalena, que rezava diante do presépio do Menino Jesus, dizendo-lhe:  “Concederei todas as graças que me pedirem às pessoas que me honrarem em minha infância, pois é uma devoção muito esquecida”. Malgrado o caráter privado dessa aparição, que aconteceu a 6 de fevereiro de 1840, no México, chama atenção o pedido da Virgem Santíssima.

A base principal para a veneração da infância da Virgem Maria é o dogma da Imaculada Conceição. Maria é imaculada porque é cheia de graça, isto é, agradável a Deus. A graça de Maria é algo que extrapola nosso entendimento, uma vez que Deus a agraciou admiravelmente, “mais do que todos os Anjos e a todos os Santos, da abundância de todos os dons celestes, tirados do tesouro da sua Divindade” (Pio IX, Ineffabilis Deus, n. 2). De fato, a sua inocência e pureza são tão perfeitas que, depois de Deus, não há outra pessoa que seja tão santa quanto Maria. E somente Deus é capaz de entender o profundo mistério que a cerca desde o ventre de Sant’Ana.

A razão principal para a graça extraordinária de Maria é a maternidade divina. Deus a preparou para ser Mãe de Jesus tanto no corpo quanto no espírito. A sua alma foi formada por uma graça especial para que pudesse receber a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade com um amor especialíssimo. “O Poderoso fez por mim maravilhas”, canta Nossa Senhora. Neste sentido, devemos distinguir a graça em Jesus, Deus encarnado, que é a fonte de toda graça; a graça dos anjos e dos santos; e, finalmente, a graça de Maria, que é algo singular no mundo das criaturas de Deus.

Para uma noção geral, “a graça santificante é um dom divino, uma qualidade sobrenatural infundida por Deus em nossa alma que nos dá uma participação física e formal da mesma natureza divina fazendo-nos semelhantes a ele em sua própria razão de deidade” [1]. Isso significa que, pela graça, nós estamos unidos a Deus na qualidade de seus filhos e amigos, podendo desfrutar da felicidade divina e gerar outros frutos de santidade, coisa de que não seríamos capazes por nossa própria conta e força. Em Maria, por sua vez, essa graça existe em plenitude, numa união inalcançável. É o que explica o padre Garrigou-Lagrange:

A maternidade divina exige uma íntima amizade com Deus já que é uma lei da natureza e um preceito que a mãe ame seu filho e que o filho ame a sua mãe. É necessário, pois, que Maria e seu filho se amem mutuamente. E uma vez que essa maternidade é uma maternidade sobrenatural, requer uma amizade sobrenatural e, portanto, santificante, pois do fato de que Deus ama uma alma Ele a torna amável aos seus olhos e a santifica [2].

Maria precisa de um amor divino para poder amar devidamente o seu filho, que é a própria Divindade encarnada. Por isso Deus a beneficiou com inúmeros privilégios, razão pela qual nós, católicos, a louvamos e veneramos. Deus foi quem a honrou primeiro. A devoção à infância da Virgem Maria é, portanto, a devoção às maravilhas que Deus realizou nessa menina, cuja alma foi agraciada por um amor prodigioso, numa dimensão inimaginável. É, pois, bem verdade aquela fórmula tradicional, que diz: De Maria nunquam satis – “Sobre Maria jamais se dirá o bastante”. Se até mesmo dormindo ela crescia em graça, conforme dizem alguns autores, com que espanto não a venerou o anjo Gabriel no dia da anunciação? Peçamos a Ela que, nos seus sonhos de amor a Deus, lembre-se de nós e de nossas misérias, a fim de que sejamos santificados pela sua intercessão poderosa.


Padre Paulo Ricardo 

Referências

  1. Antonio Royo Marín. Ser ou não ser santo: eis a questão. Campinas: Ecclesiae, 2016, p. 86.
  2. Reginald Garrigou Lagrange. A Mãe do Salvador e a nossa vida interior. Campinas: Ecclesiae, 2017, p. 27.

Reflexões de uma consagrada à Virgem Maria

JAK ZOSTAĆ DZIEWICĄ KONSEKROWANĄ
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“Escolher a consagração à Santíssima Virgem é escolher um caminho incrível para o coração de Jesus”

Sou consagrada a Nossa Senhora faz cerca de 4 anos. Todos nós sabemos que a consagração é um compromisso sério e diário. Contudo, também sabemos  o quão humanos nós somos, e o quão fracos e frágeis ficamos diante de alguma dificuldade ou adversidade da nossa história de vida. E acreditem, a Virgem Maria nos é fiel, mesmo quando não conseguimos ser fiéis neste compromisso com ela.
Escolher a consagração à Santíssima Virgem é escolher um caminho incrível para o coração de Jesus. É por meio dela que chegamos ao coração de Jesus Cristo e é por meio dela que criamos intimidade com Ele.
Estes dias, expus minha opinião em uma publicação ao ver um irmão de outra religião dizer que isso não passa de uma mera adoração a imagens, e que atribuímos a Maria um poder que Ela não tem – o poder de realizar milagres.  Expliquei a ele, que Maria não precisa ter super-poderes para que eu possa amá-la com todo o coração. Expliquei também que a Virgem Maria não realiza milagres, contudo é Ela quem intercede junto ao Seu Filho, Jesus, e junto a Deus Pai pelos nossos milagres, para que eles aconteçam em nossas vidas, assim como nas bodas de Caná. É dela que o demônio corre! É ela quem teve uma espada que transpassou sua própria alma ao ver o Seu Filho pregado em uma Cruz, para a nossa salvação. Na Cruz, Jesus Cristo disse: “Mulher, eis aí o filho. Filhos, eis aí a Tua Mãe”.
Para mim, tem sido uma honra tê-la como Mãe, e contar a ela todos os dias sobre aquilo que eu trago no mais íntimo do meu coração. Tem sido uma honra, muitas vezes, não honrar com meu compromisso diário durante estes 4 anos, e mesmo assim, tê-la ali, sempre pronta para me escutar e para interceder pelos meus milagres.
Se você não acredita na Virgem Maria, se você deixa sair de sua boca palavras ofensivas sobre ela, lembre-se destas minhas palavras no dia em que o Seu Imaculado Coração triunfar: “Temos uma advogada fiel, temos uma intercessora que leva até o Seu Filho Jesus os nossos milagres. Temos uma Mãe, que jamais nos deixará órfãos, e temos uma Mãe que nos prometeu que o Seu Imaculado Coração triunfará!”.
Sou toda tua, Maria!



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Por que São João Paulo II propôs os mistérios luminosos do rosário



Ele não foi o primeiro: a inspiração pode ter vindo de um santo que ele canonizou no ano anterior à proposta

Quando nós, católicos, rezamos o rosário, vamos meditando sobre vários acontecimentos da vida de Jesus Cristo enquanto repassamos, em filial união com Maria, os assim chamados mistérios da Salvação. Essa forma de oração e devoção mariana foi desenvolvida em 1214 por São Domingos de Gusmão.

Originalmente, São Domingos desenvolveu os mistérios do rosário como um método catequético para ensinar a fé da Igreja às pessoas desencaminhadas pela heresia albigense. Ele agrupou os mistérios em gozosos, dolorosos e gloriosos, com a intenção de ajudar o fiel cristão a se envolver em momentos essenciais da vida de Jesus.

Enquanto refletia sobre esses mistérios, São João Paulo II observou uma “lacuna”. Em 2002, ele escreveu a encíclica “Rosarium Virginis Mariae”, na qual comenta:

“Para ressaltar o caráter cristológico do rosário, considero oportuna uma incorporação que, embora fique à livre consideração dos indivíduos e da comunidade, lhes permita contemplar também os mistérios da vida pública de Cristo desde o Batismo até a Paixão”.

São João Paulo II queria que o rosário se tornasse um “compêndio do Evangelho”, incluindo uma meditação que “também se volte a momentos particularmente significativos da vida pública”. Foram então propostos os “mistérios de luz” ou “mistérios luminosos”:

1) O Batismo no Jordão

2) As bodas de Caná

3) A proclamação do Reino de Deus

4) A Transfiguração

5) A instituição da Eucaristia

É interessante saber que, embora não tenha manifestado publicamente a fonte desta inspiração, São João Paulo II beatificou, um ano antes, em 2001, o sacerdote carmelita São Jorge Preca, de Malta. A biografia do Vaticano destaca que este sacerdote, “em 1957, sugeriu o uso de cinco mistérios de luz para a recitação privada do rosário”.

De acordo com os carmelitas, a divisão de Preca dos mistérios da luz guarda notável semelhança com a proposta de São João Paulo II:

1) Depois do batismo de Jesus no Jordão, Ele foi levado ao deserto.

2) Jesus se revela como verdadeiro Deus pela sua palavra e milagres.

3) Jesus ensina as Bem-Aventuranças no monte.

4) Jesus se transfigura na montanha.

5) Jesus tem sua Última Ceia com os Apóstolos.

São João Paulo II nunca afirmou que São Jorge Preca tivesse inspirado a sua decisão, mas ambos os santos viram a oportunidade de fazer com que o rosário refletisse de modo mais completo a vida de Cristo.

Uma sugestão, não uma obrigação

Além disso, embora a introdução dos mistérios luminosos do rosário tenha o peso do respaldo papal, São João Paulo II também deixou claro que essa proposta não é uma imposição à devoção pessoal.

“Esta indicação não pretende limitar uma conveniente liberdade na meditação pessoal e comunitária, segundo as exigências espirituais e pastorais e, principalmente, as coincidências litúrgicas que podem sugerir oportunas adaptações. O realmente importante é que o rosário seja compreendido e experimentado cada vez mais como um itinerário contemplativo”.

São João Paulo II, em suma, quis facilitar a oração dos indivíduos. Ele percebeu nos mistérios luminosos uma forma de ajudar os fiéis a entrarem mais a fundo na vida de Jesus e uma “verdadeira introdução à profundidade do Coração de Cristo, abismo de regozijo e de luz, de dor e de glória”.


https://pt.aleteia.org/2017/05/23/por-que-sao-joao-paulo-ii-propos-os-misterios-luminosos-do-rosario/


O rosário não desceu pronto do céu: foi aprimorado ao longo dos séculos

ROSARY


Pe. Gabriel Vila Verde responde a quem contesta a “legitimidade” dos mistérios luminosos, propostos por São João Paulo II

Ope. Gabriel Vila Verde escreveu em seu Facebook a respeito do aprimoramento da oração do rosário ao longo dos séculos, contextualizando os fundamentos da proposta de São João Paulo II de se acrescentarem os mistérios luminosos:

São João Paulo II foi extremamente sábio ao pedir a meditação dos mistérios luminosos. Afinal de contas, o rosário não é uma simples repetição de orações, mas a contemplação da Vida de Cristo. Antigamente se meditava Jesus no templo com 12 anos e já se pulava para a agonia no Horto das Oliveiras. Iluminado pelo Espírito Santo, o Papa nos deu a oportunidade de meditar também a vida pública de Jesus. Seus milagres, Sua pregação, os sinais de Sua divindade etc. Assim, o rosário ficou completo. É verdadeiramente a Bíblia nas mãos do povo simples.

O rosário, assim como a Bíblia, não desceu pronto do céu. Foi uma oração aprimorada ao longo dos séculos.

Começou com a primeira parte da Ave-Maria; depois, no século XIV, foi acrescentada a segunda. Com São Beda (+735), veio a ideia de colocar sementes num cordão. Depois, com São Domingos, um cordão cheio de nós, onde ele rezava mil Ave-Marias diariamente. Em 1408, um monge cartuxo dividiu o saltério em 15 dezenas, precedidas por um Pai-Nosso. Posteriormente, o beato Alano de La Roche compôs a contemplação dos mistérios.

Não se sabe ao certo quando foi acrescentada a Salve Rainha. Os franciscanos rezavam um rosário de 7 mistérios, meditando as alegrias de Maria. Em suas aparições, Nossa Senhora pediu a oração do rosário. Com o Papa São João Paulo II, veio a RECOMENDAÇÃO de se rezar os mistérios luminosos. É uma história, construída aos poucos, sob o comando do Espírito Santo, o qual não dorme, nem abandona a Igreja. Quem fala em Tradição deveria também se aprimorar nos estudos.


https://pt.aleteia.org/2020/05/21/o-rosario-nao-desceu-pronto-do-ceu-foi-aprimorado-ao-longo-dos-seculos/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt 

Livra do peso dos nossos pecados.

  Afrouxa os laços de nossas impiedades e nos livra do peso dos nossos pecados. Tem piedade de mim, ó Senhora, e cura minha doença. Tira a a...