sexta-feira, 31 de agosto de 2018

O Espírito Santo, a Virgem Maria e a Comunhão Eucarística


O Espírito Santo foi o agente divino da Encarnação. Preparou Maria para a dignidade de Mãe de Deus, preservando-A de toda mancha em sua Conceição Imaculada, semeando em sua alma desde esse instante as mais belas virtudes e cultivando-a depois.

Ao soar o momento de formar e animar o Corpo de Jesus, tornou fecundo o seio da Santíssima Virgem, continuando a habitar n'Ela após a execução desse mistério, e cobriu-A com sua sombra a fim de temperar os ardores do Sol divino que Ela trazia em si.

Ora, a Eucaristia, pela Comunhão associa-nos à glória de Maria e às alegrias de sua maternidade, e o Espírito Santo desempenha em nós igual mister que na Encarnação.

Procuremos portanto nos unir ao divino Espírito Santo quando formos comungar, e nos lembremos de que a disposição que Ele espera de nós é a de Maria ao exclamar: "Ecce Ancila Domini" (Lc 1,38).

Que o Espírito Santo nos prepare para a Comunhão, fale por nós e agradeça a Jesus em nosso nome, e que, por meio d'Ele, se estabeleça o reinado de Jesus em nós.

S. Pedro Julião Eymard, Flores da Eucaristia.

Eis o Coração que tanto amou o mundo


S. Pedro Julião Eymard

Ao Coração de Jesus, vivo no Santíssimo Sacramento, honra, louvor, adoração e realeza por todos os séculos dos séculos! (cf. Ap 5,12-13)

A finalidade da festa do Sagrado Coração é honrar, mais fervorosa e ardentemente, o amor de Jesus Cristo sofrendo e instituindo o Sacramento de seu Corpo e Sangue.

A fim de penetrar no espírito da devoção para com o Coração de Jesus, é mister, portanto, honrar os sofrimentos do Salvador e reparar as ingratidões de que é diariamente saturado na Eucaristia.

Quão profundas foram as dores do Coração de Jesus! Todas as provocações convergiram para Ele. Foi cumulado de humilhações, ferido pelas mais revoltantes calúnias, que procuravam roubar-Lhe a honra; foi saciado de opróbrios e coberto de desprezos. Apesar de tudo isto, porém, ofereceu-se voluntariamente, sem a mais leve queixa. Seu amor foi mais forte que a morte, e as torrentes da desolação não conseguiram arrefecer-lhe o ardor (cf. Ct 86-7).

Essas dores já terminaram, sem dúvida, mas, desde que Jesus as suportou por nós, o nosso reconhecimento deve persistir, e compete ao nosso amor honrá-las como se estivessem presentes aos nossos olhos.

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As razões que determinaram a instituição da Festa do Sagrado Coração, e o modo pelo qual Jesus manifestou seu Coração, ensinam-nos que é na Eucaristia que O devemos honrar, pois é aí que O encontramos na plenitude de seu amor.

Foi diante do Santíssimo Sacramento exposto que Santa Margarida recebeu as revelações do Sagrado Coração; foi na Santa Hóstia que Jesus se lhe apresentou com o Coração entre as mãos, dizendo estas adoráveis palavras, o mais eloquente comentário de sua presença eucarística: "Eis o Coração que tanto amou os homens".

E Nosso Senhor, aparecendo à venerável Madre Mectilde, fundadora de um Instituto de Adoradoras, recomendou-lhe que honrasse e amasse com o ardor possível o seu Sagrado Coração no Santíssimo Sacramento, e LhO deu como penhor de seu amor para lhe servir de refúgio durante a vida e consolação na hora da morte.

Ó Jesus, sede a minha luz, minha nuvem luminosa no deserto (cf. Ex 13,21-22; Sl 104,39) desse mundo, meu único Senhor, pois não quero outro! Sede minha única ciência. Fora de Vós, tudo é nada para mim.

S. Pedro Julião Eymard, Flores da Eucaristia

REMÉDIO CASEIRO PARA O DESCONTENTAMENTO


Um casal rico, apesar de suas riquezas, vivia em constante discórdia e brigas diárias. O casamento era tudo menos um estado feliz para eles; a esposa especialmente derramava, muitas vezes, lágrimas amargas.
Um dia, ela se deparou com um livro manuscrito intitulado: “Remédios simples para o lar.” Estava escrito com a letra de sua avó.
Ao folhear o livro, seus olhos recaíram, para sua surpresa, num título: “Remédio caseiro para o descontentamento”. Ela o leu ansiosamente.
O texto dizia:
“Toda vez que você se sentir mal ou fora de si, vá até a figura do ‘Ecce Homo’, e ponha-se aos seus pés. Contemple-o com atenção por um período de três minutos, e recite três Pais Nossos antes de se levantar. Isso lhe restituirá a paz e o contentamento. Meu confessor me sugeriu isso. Eu experimentei o remédio por trinta anos, e ele nunca falhou comigo.”
A senhora lembrou que, por mera coincidência, tinha guardado o quadro em questão, que tinha pertencido à sua avó; estava lá em cima, no sótão. Ela subiu imediatamente, tirou-lhe a poeira cuidadosamente, e o pendurou em seu quarto.
Toda vez que sentia que um desentendimento era iminente, ela experimentava o “remédio” que sua avó recomendara.
Ao contemplar o semblante de Nosso Senhor, tão contristado e, mesmo assim, tão amoroso, ela se tornava tão mais paciente e condescendente que seu marido notou a mudança.
Ela lhe respondeu com um sorriso: “Encontrei um excelente professor”. Ele quis saber quem era aquele professor. Então ela lhe contou tudo muito francamente.
Em breve seu marido também recorria ao recurso do mesmo remédio, quando ele previa que alguma contrariedade doméstica estava a caminho…
Assim, com o tempo, a paz e a felicidade se estabeleceram naquele círculo familiar.

(Pe. Francis Spirago, Exemplos que Ilustram o Catecismo)

LEVANTA-TE E VEM COMIGO!


Resultado de imagem para Nossa Senhora defensora

Uma jovem, embora tivesse aprendido a amar a Virgem Santíssima, sentia-se contudo muito inclinada a bailes e passeios. A mãe, condescendente, proporcionava-lhe para isso os vestidos mais ricos e vistosos.
Um domingo, muito cansada de dançar, sentou-se a jovem debaixo de uma árvore do jardim para descansar. Ali, apareceu-lhe o diabo e disse-lhe:
— Levanta-te e vem comigo!
— Quem és?
— Sou o diabo, a quem com tuas desonestidades serves tão bem, dando-me muitas almas. Agora é a tua vez; vem comigo!
Quando o diabo quis agarrá-la, ela gritou por socorro, invocando a Nossa Senhora e rezou uma Ave-Maria.
— Sem essa oração — disse-lhe o demônio — por justo juízo de Deus estarias morta e eu te levaria para o inferno.
Aqueta jovem nunca mais quis saber de bailes e tornou-se dali em diante fervorosa filha de Maria, a Virgem Imaculada.
Este fato nós o lemos num autor digno de fé, que, por prudência, não menciona o nome da jovem nem o da cidade, onde isso se deu. Sirva de exemplo!

As duas Mães


Aquele albergue Meia-Lua não gozava de boa fama, O albergueiro era um homem que perdera os bons princípios cristãos que sua piedosa mãe lhe inculcara. Era pouco escrupuloso e recebia em sua hospedaria toda casta de gente. Um dia hospedou-se ali um personagem misterioso, que, ao retirar-se, o chamou à parte e lhe disse: “Amanhã virá hospedar-se aqui um jovem embuçado. A noite tu deves assassiná-lo; a recompensa será esplêndida; nesta bolsa tens a metade do salário”, acrescentou, entregando-lhe e subindo à sua carruagem. O albergueiro, à vista de tanto ouro, decidiu-se à aceitar a proposta, pois, no «dia seguinte, empunhando um punhal, silenciosamente se dirigia ao aposento do jovem embuçado, que tinha chegado à tardinha.
Antes, porém, de entrar no aposento, o albergueiro parou impressionado diante de um quadro da Virgem Dolorosa que recebera como lembrança de sua mãe: “Senhora minha — disse — não quero que presencieis o meu crime!” E, ao virá-lo contra a parede, encontrou esta palavra de sua mãe: “Lembra-te que tua mãe te espera no céu!”.
Duas mães que suplicavam e cujos corações ia despedaçar. “Não — disse, arrojando o punhal — eu não quero ser assassino! Não quero fazer chorar as minhas duas mães”.
Meia hora mais tarde chegava o hospede da véspera para ver, se ele cumprira a palavra.
— “Perdoai-me, senhor — disse o hospedeiro — pois nisso não pude servir-vos”.
Com um leve sorriso nos lábios disse o outro:
— Dá graças a Deus por teres vencido esta prova. Eu sou ministro da justiça e vim averiguar se era certo quanto se dizia deste albergue. Se tivesses entrado no aposento, quatro soldados disfarçados te haveriam agarrado imediatamente. Guarda esse dinheiro, mas não recebas no albergue senão gente honrada.
O amor as duas mães foi quem o salvou.

Tesouro de exemplos do Padre Francisco Alves, parte 179

Ilusão daqueles que dizem que os pecados contra a pureza não são um grande mal


Os impuros dizem que os pecados contra a pureza são um pequeno mal. Como "a porca... chafurdando na lama" (2 Pedro 2,22), eles estão imersos em sua própria sujeira, de modo que não veem a maldade de seus ações e, portanto, não sentem nem abominam o mau odor de suas impurezas, que provocam repulsa e horror a todos os outros. Será que você, que diz que o vício de impureza é apenas um pequeno mal, eu pergunto, será que você poderá negar que isso é um pecado mortal? Se negar, você é um herege, pois, como diz São Paulo: “Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus.” (1Coríntios 6,9-10). Isto é um pecado mortal, logo, não pode ser um pequeno mal. É um pecado maior que o roubo, que a difamação, que a violação do jejum. Como então você pode dizer que não se trata de um grande mal? Talvez para você o pecado mortal pareça ser um pequeno mal? Será que é um pequeno mal desprezar da graça de Deus, virar as costas para Ele e perder a Sua amizade por causa de um prazer transitório e bestial?
Santo Tomás ensina que o pecado mortal, por ser um insulto contra um Deus infinito, contém de certa forma uma malícia infinita. "Um pecado cometido contra Deus, tem de certa forma uma infinidade, por conta da infinidade da Divina Majestade” - Santo Tomás. Será que o pecado mortal é um pequeno mal? Ele é um mal tão grande que, se todos os anjos e todos os santos, os apóstolos, os mártires, e mesmo a Mãe de Deus, oferecessem todos os seus méritos para expiar um só pecado mortal, a oferta não seria suficiente. Não, porque a expiação ou a satisfação seria finita, mas a dívida contraída pelo pecado mortal é infinita, por conta da infinita majestade de Deus, que foi ofendida. O ódio que Deus tem dos pecados contra a pureza está além do que podemos medir. Se alguém encontrar seu prato sujo, ficará aborrecido e não irá comer. Então, imagine com que desgosto e indignação Deus, que é a própria pureza, verá as impurezas imundas pelas quais Sua lei é violada? Ele ama a pureza com um amor infinito, e consequentemente Ele tem um ódio infinito contra a sensualidade que os homens lascivos e voluptuosos chamam de pequeno mal. Até os demônios, que ocupavam um alto grau no céu antes de sua queda, desdenham de ter que seduzir os homens a cometer pecados da carne.
Santo Tomás diz que Lúcifer, que foi supostamente o diabo que tentou Jesus Cristo no deserto, tentou-O a cometer outros pecados, mas desprezou tentá-Lo a pecar contra a castidade. Seria isto um pecado pequeno mal? Seria então um pequeno mal ver um homem dotado de uma alma racional, enriquecida com muitas graças divinas, cair, pelo pecado de
impureza, ao nível de um bruto? "A Fornicação e o prazer", diz São Jerônimo, "pervertem a compreensão e transformam os homens em bestas". Nos voluptuosos e impuros, são literalmente verificadas as palavras de Davi: "O homem não permanece com o seu esplendor, é como animal que perece."-( Salmo 48,13). São Jerônimo diz que não há nada mais vil e degradante, que alguém deixar-se ser conquistado pela carne. "Nihil vilius quam vinci a carne". Poderia ser um pequeno mal se esquecer de Deus e bani-lo da alma, para poder dar ao corpo uma satisfação vil, da qual você sentirá vergonha, quando acabar? O Senhor reclama disso por meio de Ezequiel: “Por isso, assim diz o Senhor Javé: Dado que te esqueceste de Mim e Me voltaste as costas, agora carrega também a tua devassidão e as tuas prostituições” - Ezequiel 23:35. Santo Tomás diz que, devido a todos os vícios, mas especialmente pelo vicio da impureza, os homens são lançados para longe de Deus. "Per luxuriam maxime recedit a Deo".
Além disso, os pecados de impureza, em virtude do seu grande número, são um mal imenso. Um blasfemador nem sempre blasfema, mas só quando está bêbado ou quando é provocado pela ira. O assassino, cujo trabalho é matar os outros, em geral não comete mais que oito ou dez homicídios. Mas os impuros são culpados de uma torrente incessante de pecados, por pensamentos, por palavras, por olhares, por complacências, e por toques, de modo que, quando vão à confissão, eles acham impossível dizer o número de pecados que cometeram contra a pureza. Mesmo durante o sono, o diabo lhes representa objetos obscenos, de modo que ao acordar, eles se deleitem com eles, e porque se fizeram escravos do inimigo, eles obedecem e aprovam as suas sugestões, porque é fácil cair no hábito deste pecado. Para os outros pecados, como a blasfêmia, a difamação e os assassinatos, os homens não estão propensos, mas para este vício, a natureza os inclina. Por isso, Santo Tomás diz que não há pecador tão pronto a ofender a Deus, como o devoto da luxúria, em toda ocasião que lhe ocorre. "Nullus ad Dei contemptum promptior". O pecado da impureza traz em sua formação os pecados da difamação, do roubo, do ódio, e de gostar de suas abominações imundas. Além disso, normalmente envolve a malícia do escândalo. Outros pecados, tais como uma blasfêmia, um perjúrio, um assassinato, criam horror naqueles que os testemunham, mas este pecado induz os outros, que são carnais, a cometê-lo, ou, pelo menos, a cometê-lo com menos horror.
"Totum hominem", diz São Cipriano, "agit in triumphum libidinis". Por meio da luxúria, o Diabo triunfa sobre o homem inteiro, sobre seu corpo e sobre sua alma, sobre sua memória, enchendo-a com a lembrança de prazeres impuros, a fim de fazê-lo gostar deles; sobre o seu intelecto, para fazê-lo desejar ocasiões de cometer o pecado; sobre a vontade, fazendo-o amar as impurezas como seu fim último, e como se não houvesse Deus. “Eu havia feito um pacto com meus olhos: não desejaria olhar nunca para uma virgem. Que parte me daria Deus lá do alto.” ( Jó 31,1-2). Jó tinha medo de olhar para uma virgem, porque ele sabia que se consentisse com um mau pensamento, Deus não deveria ter parte com ele. De acordo com São Gregório, a partir da
impureza surgem a cegueira do entendimento, a destruição, o ódio a Deus e o desespero quanto à vida eterna. Santo Agostinho diz que, embora os impuros possam envelhecer, o vício da impureza não envelhece neles. Por isso, Santo Tomás diz que não há pecado em que o Diabo se deleite tanto como neste pecado, porque não há outro pecado a que a natureza se apegue com tanta tenacidade. Ela adere ao vício da impureza tão firmemente, que o apetite por prazeres carnais se torna insaciável. Vá agora, e diga que o pecado da impureza não é mais que um pequeno mal. Na hora da morte, você não dirá isso, todos os pecados dessa espécie lhe aparecerão como um monstro do inferno. Você não será capaz de dizê-lo ante o Juízo de Jesus Cristo, que lhe dirá o que o Apóstolo já lhe disse, "Nenhum fornicador, ou impuro... terá herança no reino de Cristo e de Deus."- Efésios 5,5). O homem que viveu como um animal, não merece assentar-se entre os anjos.
Caríssimos irmãos, continuemos a orar a Deus para nos livrar desse vício, senão perderemos nossas almas. O pecado da impureza traz com ele a cegueira e a obstinação. Todos os vícios produzem sombras no entendimento, mas a impureza produz em maior grau do que todos os outros pecados. "A fornicação, o vinho e a embriaguez acabam com o raciocínio." - (Oséias 4,11). O vinho priva-nos da compreensão e da razão, o mesmo faz a impureza. Por isso, Santo Tomás diz que o homem que se entrega aos prazeres impuros, não vive de acordo com a razão. "In nullo procedit secundum judicium rationis". Ora, se os impuros estão privados da luz e já não veem o mal que fazem, como poderão odiar esse mal e mudar de vida? O profeta Oséias diz que, estando cegos devido a sua própria lama, eles nem sequer pensam em voltarem-se para Deus; porque as suas impurezas tiram-lhes todo o conhecimento de Deus. “Seu proceder não lhes permite voltarem ao seu Deus, porque um espírito de prostituição os possui; eles desconhecem o Senhor.” ( Oséias 5,4). Por isso, São Lourenço Justiniano disse que este pecado faz os homens se esquecerem de Deus. “Os prazeres da carne induzem ao esquecimento de Deus". E São João Damasceno ensina que "o homem carnal não pode olhar para a luz da verdade”. Assim, os lascivos e voluptuosos não entendem o que quer dizer graça de Deus, julgamento, inferno e eternidade. "Caiu fogo sobre eles, e não viram mais o sol." ( Salmo 57,9). Alguns desses cegos meliantes vão tão longe a ponto de dizer que o adultério não é em si pecaminoso. Eles dizem que ele não foi proibido na Antiga Lei, e em apoio a esta doutrina execrável, eles invocam as palavras do Senhor a Oséias: "Vai e desposa uma mulher dada ao adultério, e aceita filhos adulterinos." ( Oséias 1,2). Em resposta, digo que Deus não permitiu a Oséias cometer adultério, mas desejava que ele se casasse com uma mulher culpada de adultério, e os filhos deste casamento eram chamados filhos adulterinos, porque sua mãe tinha sido culpada desse crime. De acordo com São Jerônimo, esse é o significado das palavras do Senhor a Oséias. O santo doutor diz: "Id circo fornicationis appellandi sunt filii, quod sunt de meretrice generati". Mas o adultério sempre foi proibido, sob pena de pecado mortal, na Velha
como na Nova Lei. São Paulo diz: “Nenhum fornicador, ou impuro... terá herança no reino de Cristo e de Deus."( Efésios 5,5). Perceba a impiedade para a qual a cegueira de tais pecadores os carrega! Por causa desta cegueira, embora eles venham aos sacramentos, suas confissões são nulas por falta de verdadeiro arrependimento, porque como será possível para eles terem verdadeiro arrependimento, quando não conhecem nem detestam seus pecados?
O vício da impureza também traz consigo a obstinação. Para vencer as tentações, especialmente contra a castidade, a oração contínua é necessária. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” ( Marcos 14,38). Mas como os impuros, que estão sempre procurando novas tentações, poderão orar a Deus para livrá-los da tentação? Eles às vezes, como Santo Agostinho confessou de si mesmo, abstém-se da oração, devido ao medo de serem ouvidos e curados da doença, que eles desejam que não acabe. "Eu temia", disse o santo, “que Vós irieis em breve ouvir-me e curar-me do pecado da concupiscência, que eu desejava ver saciado, em vez de extinto”. São Pedro chama este vício de pecado insaciável. "Têm os olhos cheios de adultério e são insaciáveis no pecar." (2 Pedro 2,14). A impureza é chamada de um pecado insaciável por conta da obstinação que ela induz. Alguns viciados nela dizem: Eu sempre confesso este pecado. Tanto pior, porque, como você sempre recai no pecado, essas confissões servem para fazer você perseverar no pecado. O medo da punição é diminuído, dizendo: Eu sempre confesso este pecado. Se você pensava que esse pecado certamente merecia o Inferno, você dificilmente diria: eu não vou desistir, eu não me importo de ser condenado. Mas o diabo engana você. Ele diz: Cometa esse pecado depois você o confessará. Mas, para fazer uma boa confissão de seus pecados, você deve ter verdadeira tristeza de coração e um firme propósito de não pecar mais. Onde estão essa tristeza e esse firme propósito de emenda, se você sempre volta ao vômito? Se você tivesse essas disposições, e tivesse recebido a graça santificante em sua confissão, você não teria recaído, ou pelo menos você deveria ter se abstido por um tempo considerável antes de recair. Você sempre caiu no pecado, em oito ou dez dias, e talvez em um tempo menor, após a confissão. Que sinal é esse? É um sinal de que você estava sempre em inimizade com Deus. Se um homem doente imediatamente vomita o remédio que ele toma, é um sinal de que a doença é incurável.
São Jerônimo diz que o vício da impureza, quando habitual, cessará quando o infeliz homem que se entrega a ele for lançado no fogo do inferno. "Oh, fogo infernal, luxúria, cujo combustível é a gula, cujas faíscas são as breves conversas, cujo fim é o inferno". Os impuros se tornam como o abutre que se deixar ser morto pelo caçador em vez de abandonar a podridão dos corpos de que se alimenta. Foi o que aconteceu a uma jovem, que, depois de ter vivido com o hábito do pecado com um rapaz, caiu doente, e pareceu se converter. Na hora da morte, ela pediu a seu confessor para sair e conversar com o rapaz, a fim de exortá-lo a mudar de vida com a visão de sua morte. O confessor muito imprudentemente deu a permissão, e disse-lhe o que
deveria dizer a seu cúmplice em pecado. Mas escute o que aconteceu. Logo que ela o viu, esqueceu sua promessa ao confessor e a exortação a dar ao jovem. E o que ela fez? Ela levantou-se, sentou-se na cama, esticou os braços para ele, e disse: Amigo, eu sempre te amei, e mesmo agora, no fim da minha vida, eu te amo, eu vejo que por você eu irei para o inferno, mas eu não me importo, eu estou disposta, por seu amor, a ser condenada. Após estas palavras, ela caiu de costas na cama e expirou. Esses fatos são relatados pelo Padre Segneri. Oh! Quão difícil é para uma pessoa que contraiu o hábito deste vício mudar de vida e voltar-se sinceramente a Deus! Quão difícil é para essas pessoas não caírem no inferno, como a infeliz jovem de quem acabamos de falar.

-Por Santo Afonso Maria de Ligório

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Ao Anjo da Guarda



Ó Anjo de Deus que és minha guarda, pela piedade superna a mim, a ti cometido, salva, defende e governa. Amém, Jesus.


Rogo-te, Anjo bento, a cuja providência eu sou encomendado, que sempre sejas presente, em minha ajuda. Ante Deus Nosso Senhor, apresenta os meus rogos a Suas mui piedosas orelhas, para que, por Sua misericórdia e tuas preces, me dê perdão de meus pecados passados e verdadeiro conhecimento e contrição dos presentes, e aviso para evitar os pecados vindouros, e me dê graça para bem obrar e até ao fim perseverar.



Afasta de mim, pela virtude de Deus todo-poderoso, toda a tentação de Satanás. E, o que não mereço por minhas obras, tu alcança por teus rogos por mim, ante Nosso Senhor, que em mim não haja lugar e mistura de alguma maldade.


E se, algumas vezes, me vires errar o bom caminho e seguir os erros dos pecados, tu procura de me volver a meu Salvador, pelas carreiras da justiça. E quando me vires em alguma tribulação e angústia, faz que me venha adjutório de Deus, por teus doces socorros.


Rogo-te que nunca me desampares, mas sempre me cubras e visites e ajudes e defendas de toda a fadiga e guerra dos demônios, vigiando de dia e de noite, em todas as horas e momentos. Onde quer que andar, guarda-me e acompanha-me.


Isso mesmo te peço, meu guardador, que quando desta vida partir, não deixes que me espantem os demônios, nem me deixes cair em desesperação, nem me desampares, até me levar à bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, e com todos os santos, para sempre folguemos em a glória do paraíso, que nos dará Jesus Cristo Nosso Senhor, o qual, com o Pai e com o Espírito Santo, vive e reina para sempre.
Amém.


(Ordem e regimento - Xavier - doc. 66 - Retirado do livro: Obras Completas - São Francisco Xavier)

Maria também é Mãe dos pecadores arrependidos



  • Condições para o amor de Maria aos pecadores


Maria garantiu a S. Brígida que é Mãe não só dos justos e inocentes, mas também dos pecadores que se querem emendar. Se, desejoso de emenda, recorre um pecador a esta Mãe de Misericórdia, oh! como a encontra pronta para abraçar e socorrer, ainda mais do que se fosse sua mãe corporal. Era justamente o que o Papa Gregório VII escrevia à princesa Matilde: Desiste da vontade de pecar e acharás Maria, eu o garanto, mais pronta em ama-te do que tua própria mãe. Portanto, quem aspira a ser filho desta grande Mãe, é preciso que primeiro deixe o pecado, e depois será sem dúvida aceito por filho. Lemos nos livros Sagrados: Levantaram-se seus filhos e aclamaram-na ditosa (Pr 31,28). 
Refletindo Ricardo sobre estas palavras, nota que nelas primeiro se diz levantaram-se, e depois filhos. E isso porque, diz ele, não pode ser filho de Maria quem não procura primeiro levantar-se da culpa em que está caído. Quem procede de modo contrário ao de Maria diz por seus atos que não quer ser seu filho, observa S. Pedro Crisólogo. Maria é humilde, e ele quer ser soberbo? Maria pura, e ele desonesto? Maria cheia de amor, e ele cheio de ódio para com o próximo? Isto é sinal de que nem é nem deseja ser um filho desta santa Mãe. Os filhos de Maria, escreve Ricardo, imitam-lhe a pureza, a humildade, a mansidão, a misericórdia. Mas como ousará chamar-lhe filho de Maria quem tanto a desgosta com a sua má vida? Certo pecador disse um dia a Maria: Mostra que és minha Mãe! E a virgem lhe respondeu: Mostra que és meu filho! Um outro, invocando-a, chamava-lhe Mãe de Misericórdia. Mas ela lhe disse: Vós, os pecadores, quando quereis que vos ajude, me chamais Mãe de Misericórdia; e depois por vossos pecados não cessais de me fazer Mãe de misérias e de dores. É amaldiçoado de Deus o que aflige sua mãe, diz o Espírito Santo (Eclo 3, 18). Sua mãe, isto é, Maria, comenta Ricardo. Deus amaldiçoa quem com sua má vida e ainda mais com sua obstinação aflige essa boa Mãe. Digo com sua obstinação. Pois, quando o pecador, embora ainda em pecados, se esforça por abandoná-los e para isso procura o socorro de Maria, esta Mãe não deixará de o socorrer e de fazê-lo voltar à graça de Deus. Assim, um dia o ouvia S. Brígida da boca de Jesus Cristo, que, falando com sua Santíssima Mãe, lhe disse: Ajudas aquele que procura converter-se e a ninguém deixas retirar-se sem consolo. Enquanto, pois, o pecador está obstinado, Maria não pode amar. Mas se ele, achando-se nas cadeias de alguma paixão que o faz escravo do inferno, ao menos se encomendar à Virgem e lhe pedir, com perseverança e confiança, que o ajude a sair do pecado, sem dúvida esta boa Mãe lhe estenderá a sua poderosa mão, quebrará suas cadeias, conduzi-lo-á pelas veredas da salvação. Afirmar que todas as obras feitas por quem está em pecado são pecados, é heresia já condenada pelo Concílio de Trento. Disse S. Bernardo que a oração na boca do pecador, ainda que não seja especiosa, porque lhe falta a companhia da caridade, contudo é útil e frutuosa para tirá- lo do pecado. Porque, como ensina S. Tomás, a oração do pecador na verdade não tem merecimento, mas é muito apta para impetrar a graça do perdão. Funda-se esta sua força não tanto no merecimento daquele que ora, mas na bondade divina e nos méritos e promessas de Jesus Cristo, que disse: Todo aquele que pede recebe (Lc 11,10). O mesmo se deve dizer das preces dirigidas à Mãe de Deus. Se aqueles que oram, diz Eádmero, não merecem ser ouvidos, farão que o sejam. Exorta por isso S. Bernardo todo pecador a invocar a Santíssima Virgem e a ter confiança na sua intercessão. Pois, continua o santo, se o pecador desmerece ser atendido, os merecimentos de Maria, a quem ele se encomenda, lhe conseguem que seja ouvido.


  • Efeitos do amor de Maria para com os pecadores


Suponhamos que uma mãe soubesse que dois filhos seus eram inimigos mortais, intentando um tirar a vida do outro. Em tal conjuntura não seria dever de uma boa mãe procurar encarecidamente como pacificá-los? Assim pergunta Conrado de Saxônia. Ora, Maria é Mãe de Jesus e Mãe dos homens. Aflige-se quando vê um pecador inimizado com Jesus e tudo faz por reconciliá-lo com seu divino Filho. Do pecador só exige a benigníssima Rainha que se recomende a ela e tenha o propósito de emendar-se. Em o vendo a seus pés a implorar-lhe perdão, não olha para o peso de seus pecados, mas para a intenção com que se apresenta. Se esta é boa, mesmo que o pobre haja cometido todos os pecados do mundo, abraça-o e como terna Mãe não desdenha cura-lhe as chagas que na alma traz. Pois é Mãe de Misericórdia, não só de nome, senão de fato, e em verdade tal se mostra pela ternura e pelo amor com que nos socorre. A própria Virgem Santíssima assim o revelou a S. Brígida. “Por mais culpado que seja um homem, disse-lhe, se vem a mim com sincero arrependimento, estou sempre pronta a acolhê-lo. Não considero a enormidade de suas faltas, mas tão somente as disposições do seu coração. Não recuso ungir e curar as suas feridas, porque me chamo e realmente sou Mãe de Misericórdia”. É Maria a Mãe dos pecadores que se querem converter. Como tal não pode deixar de compadecer-se deles. Parece até que sente como próprios os males de seus pobres filhos. A cananeia, ao pedir que o Senhor lhe livrasse a filha do demônio que a atormentava, disse-lhe: Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim; minha filha está muito atormentada do demônio (MT 15, 22). Mas se a filha, e não a mãe, era atormentada do demônio, parece que havia de dizer: Senhor, tem piedade de minha filha! Mas não; ela disse: tem compaixão de mim e com muita razão. Pois sentem as mães como próprios os sofrimentos dos filhos. Ora, do mesmo modo, disse Ricardo de S. Lourenço, pede Maria a Deus, quando intercede por qualquer pecador que a ela recorre. Pede-lhe que dela se compadeça. Meu Senhor — parece dizer-lhe — esta pobre alma, que está em pecado, é minha alma; por isso compadecei-vos não tanto dela, como de mim que sou sua mãe. Oh! prouvesse a Deus que todos os pecadores recorressem a esta doce Mãe, porque todos certamente receberiam do Senhor o perdão! — Ó Maria, exclama admirado Conrado de Saxônia, tu acolhes maternamente o pecador desprezado por todo mundo, nem o abandonas antes que o hajas reconciliado com o juiz. Quer ele dizer: Enquanto o pecador perseverar no seu pecado, é aborrecido e desprezado de todos; até as criaturas insensíveis, o fogo, o ar, a terra, quereriam castigá-lo em desafronta à honra do seu Criador ultrajado. Porém, se este pecador miserável recorrer a Maria, expulsa-o Maria? Não; se vem com intenção de que o ajude afim de emendar-se, ela o acolhe com maternal afeto. Não o deixa, sem primeiro, com a sua poderosa intercessão, reconciliá- lo com Deus e o reconduzir à sua graça. No Segundo Livro dos Reis (14,5) lemos o que se deu com a sábia mulher de Técua. Disse ela a Davi: “Senhor, tinha tua serva dois filhos; para minha desventura um matou o outro; e assim perdi um filho. Quer agora a justiça tirar-me o outro, que é o único que me fica. Tem compaixão desta pobre mãe e não permitas que eu perca ambos os filhos”. Então Davi, compadecendo-se da mãe, libertou o delinquente e lho entregou. — O mesmo parece que diz Maria, quando vê a Deus irado com algum pecador que a ela recorre. “Meu Deus, lhe diz, eu tinha dois filhos, Jesus e o homem; o homem matou na cruz o meu Jesus; agora a vossa justiça quer condenar o homem. Senhor, já morreu o meu Jesus; tende compaixão de mim. Se eu perdi um, não me façais perder também o outro filho”. Certamente Deus não condena os pecadores que recorrem a Maria e por quem ela intercede. Pois o próprio Deus recomendou os pecadores por filhos de Maria. O devoto Landspérgio põe as seguintes palavras nos lábios do Senhor: “Eu recomendei a Maria de aceitar por filhos os pecadores. Por isso ela é toda desvelos para que, no desempenho de sua missão, não lhe aconteça perder a nenhum dos que lhe foram entregues, principalmente quando a invocam. E assim esforça-se o quanto pode em conduzir todos eles a mim”. Quem pode explicar, interroga Blósio, a bondade e misericórdia, a fidelidade e a caridade com que esta nossa Mãe procura salvar-nos, quando lhe pedimos que nos ajude? Prostremo-nos, pois, diz S. Bernardo, diante desta boa Mãe; abracemo-nos a seus sagrados pés e não a deixemos sem nos abençoar e sem nos receber por filhos seus. Nela esperarei, exclama S. Boaventura, ainda que me dê a morte; e cheio de confiança desejo morrer perante uma de suas imagens, e salvo estarei. Portanto, assim devem dizer todos os pecadores, que recorrem a esta piedosa Mãe: Minha Senhora e minha Mãe, por minhas culpas mereço ser repelido, e castigado por vós na proporção delas. Mas, ainda que me rejeites e me tireis a vida não perderei nunca a confiança, e se tiver a felicidade de morrer na presença de qualquer imagem vossa, recomendando-me à vossa misericórdia, espero certamente que não me hei de perder, mas hei de louvar-vos no céu em companhia de tantos que vos serviram e morreram invocando vossa poderosa intercessão. Leia-se o exemplo seguinte e veja-se que nenhum pecador deve desconfiar da misericórdia e amor desta boa Mãe, se a ela recorrer. 

"Ah, se eu tivesse Maria! Não seria mais demônio."


"Trouxeram para junto do túmulo do Santo Bispo de Genebra (São Francisco de Sales), no tempo em que se instituia o processo da sua beatificação, um jovem que, havia cinco anos, estava possesso do espírito maligno. Teve de se esperar a sua cura durante muitos dias, e entretanto foi este desgraçado submetido ali, junto dos restos mortais do Santo, a um longo e repetido interrogatório, que lhe fizeram o bispo Charles Auguste de Sales e a Madre de Chaugy, Duma vez, como o demônio gritasse com mais furor e confusão, dizendo: "Para que hei de eu sair?!", a Madre Chaugy, com aquele calor que lhe era peculiar, exclamou: "Oh Santa Mãe de Deus, rogai por nós! Maria! Mãe de Jesus, socorrei-nos!
A estas palavras, o espírito infernal redobrou os seus horrendos gritos, bradando: "Maria! Oh Maria! Ah! Eu não tenho Maria!... Não profiras este nome; ele me faz tremer! Ah! Se eu tivesse Maria por mim, como vós a tendes, não seria o que sou!.. Mas eu não Maria!" Todos choravam. "Ah! Continuou o demônio, se eu tivera um momento só daqueles que vós desperdiçais, sim, um só momento e Maria, eu não seria demônio!"
Pois bem. Nós que vivemos (Sl. 113,18) temos o momento presente para voltar a Deus, e Maria para nos obter a sua graça. Quem, pois, há de se desesperar?"


Retirado do Livro: "A arte de aproveitar as próprias faltas", de São Francisco de Sales

ALMA DO FILHO DIVINO

Se é insondável a união da alma de Maria com o Eterno Pai, que se dirá, então, de sua união com o Verbo Eterno? Verbo que se encarnou no seu seio virginal e, feito homem, lhe deu o nome dulcíssimo de Mãe! E Mãe, como nunca houve segunda. Que soube amar e que, por amor, soube sacrificar-se sem medida. Foi, justamente, por meio de seu Divino Filho que Maria, única entre as criaturas, atingiu — como diz Sto. Tomás — às fronteiras da divindade.
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, fica em mim e eu nele”. Se é verdadeiramente misteriosa esta palavra, a respeito dos que comungam a Cristo, que sentido profundo terá ela a respeito de Maria, que O concebeu, gerou e O nutriu? Sim, com a encarnação do Verbo Eterno, a alma gloriosa de Maria tomou novos e inenarráveis aspectos de graça, de beleza e de força. E, durante 30 anos, comungando, dia por dia, hora por hora, instante por instante, com as intenções e desejos de seu Filho, foi aumentando, sem medida, a força, a graça e a beleza de sua alma gloriosa. Porque, continuamente, se tornava mais íntima a sua união com o Verbo. Para o qual, somente, ela vivia. E logo nos lembramos da gruta de Belém, da apresentação no Templo, do exílio egipcíaco, da vida tranquila em Nazaré, do Calvário, da sepultura e tudo nos fala da união mais maravilhosa entre duas almas que o mundo teria admirado, se o mundo tivesse olhos para coisas elevadas. Dos primeiros cristãos se dizia que tinham um só coração e uma só alma; com quanto maior razão se poderia dizer o mesmo de Jesus e de Maria! Era uma só alma que os animava. A alma da Virgem Mãe era a alma do Filho Divino: pois Ela pensava o que Ele pensava, queria o que Ele queria, amava o que Ele amava. Por isso com muito mais verdade do que S. Paulo, podia Maria exclamar: Eu vivo, mas não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim! E nesta vida de união, a tarefa mais grata ao Coração de Jesus, depois da adoração que, de contínuo, prestava ao Pai Eterno, era a santificação da alma de sua Mãe Santíssima, que O cercava, inteiramente, como predisse Jeremias. O que fez dizer um piedoso escritor (Lémann): “Jesus, autor da graça, é o centro; Maria a circunferência que O circunda. Se queremos chegar a Jesus, devemos passar pelos braços maternos que O rodeiam”.
Em verdade, a alma gloriosa de Maria é uma alma toda inteira do Divino Filho Jesus.
E a nossa alma? Não será uma alma cristã só de nome? Uma alma sem Cristo? Eis por que são tão pobres os resultados de nossas aspirações e trabalhos. Pois Jesus o disse:    Sem mim, nada podeis fazer. Era inteiramente de Jesus a alma de um Bem. Henrique Suso, de uma Santa de Chantal e de tantos outros que haviam gravado, com ferro, sobre o peito, o seu Nome Santíssimo...  Quem nos dera dizer sinceramente com a Ven. Irmã Isabel da Trindade: “Ó Verbo Eterno Humanado, revesti-me de Vós mesmo, conformai minha alma a todos os movimentos da Vossa, para que minha vida não seja senão uma irradiação da Vossa vida”.
 MARIA Santíssima, Mãe do Verbo Humanado, confirmai este pedido, enchei-nos, inteiramente, de Jesus Cristo, de suas intenções, de sua vontade, de seu amor, para que tenhamos, assim, uma alma cristã de verdade, uma alma semelhante à vossa. Assim seja!
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Do Livro: A Alma Gloriosa de Maria - Frei Henrique G. Trindade, O.F.M. - 1937 - segunda edição

domingo, 26 de agosto de 2018

Os 4 pilares da feminilidade, segundo Edith Stein

KOBIETA NA HUÅšTAWCE

Os estudos de Edith Stein sobre a mulher influenciaram o pensamento de João Paulo II

Por que recorrer a Edith Stein quando o assunto é a complementariedade entre homem e mulher?
Provavelmente porque ela sempre se interessou por tudo o que é referente ao ser humano, a visão da humanidade consumada, a visão de Cristo. 
Mas também porque ela observou, na Alemanha da década de 1930, os protestos dos jovens contra a geração de seus pais. Ela sentiu então, que naquele momento, para enfrentar o desafio da transmissão, as mulheres poderiam desempenhar um papel essencial. 
Segundo Cécile Rastoin, autora do livro Edith Stein. Enquête sur la Source,  a filósofa alemã “enfrentou os problemas da época falando em nome das mulheres e convidando-as a reconstruir o tecido social para por freio ao nazismo”.
Sequestrada pelos nazistas, Edith Stein foi deportada e morreu em Auschwitz em agosto de 1942. Foi canonizada pelo Papa João Paulo II em 1998. 
De Eva a Maria 
Para Edith Stein, a feminilidade é a chave para compreender a capacidade que temos de amar e de nos conectar com nosso Criador. 
Em suas pesquisas sobre a especificidade do homem e da mulher sobre seus respectivos destinos, ela descobriu que homens e mulheres cumprem suas missões de maneira diferente. A mulher, por um lado, quer ser a semelhança de Deus e, por outro, busca educar as gerações futuras. Segundo Edith Stein, a mulher é chamada a “buscar o caminho que leva de Eva a Maria”. A ela foi dada a missão particular de restaurar a “natureza feminina em sua pureza”, cujo modelo é a Virgem Maria. 
Stein escreveu sobre os quatro pilares da feminilidade. Para ela, esses pilares encontram sua essência na maior das virtudes: o amor. 
1. A receptividade
De acordo com Edith Stein, as mulheres têm um grande desejo de dar e receber amor. Este desejo “se eleva sobre a existência cotidiana para entrar na realidade de uma pessoa melhor”. Nosso desejo de receber amor nos torna vulneráveis e, principalmente, nos faz parecer mais fracas.
Quem se esforça para demonstrar seu poder e domínio nunca admitirá que precisa de outra pessoa. Mas o que Edith mostra é que, como mulheres, a receptividade ao amor nos eleva e aumenta a nossa compreensão do mundo.   
2. A generosidade
Edith Stein insiste na generosidade do dom recíproco. Segundo ela, existe uma alma tipicamente feminina, que “na experiência, se revela sensível às realidades pessoais, à harmonia, ao global (…). A atenção da mulher se centra naturalmente nas pessoas, enquanto a experiência nos mostra que os homens buscam mais a eficácia externa para se concentrarem em ações objetivas (…). A alma feminina vive com mais força e está mais presente em todas as partes do corpo. Ela se comove internamente por tudo o que acontece, enquanto que, no homem, o corpo tem mais o caráter de ferramenta para o trabalho, o que implica certo distanciamento”. 
Esta abertura do coração e da mente fortalece a alma e a vida espiritual. Mas produz um grande paradoxo: quando saímos de nós mesmas para nos transformarmos em uma bênção para os outros, nós é que melhoramos. Essa é uma atitude de generosidade que nos faz felizes. 
3. A dignidade
“Toda mulher que vive à luz da eternidade pode responder à sua vocação – não importa se é para o matrimônio, para uma comunidade religiosa ou uma profissão”. 
As mulheres podem expressar a feminilidade de muitas maneiras. Edith Stein define três categorias possíveis: esposa e mãe, solteira “no mundo” e solteira consagrada à vida religiosa. 
Para ela, todas as mulheres que se deixam guiar por Deus realizam o sentido profundo da feminilidade, pois têm uma intuição particular para descobrir como amar. 
Ser mulher não significa satisfazer todo um conjunto de expectativas ou ideais arbitrários. Aonde quer que a vida nos leve, cada situação pode ser enobrecida e dignificada pelo amor. 
4. A maternidade
A filósofa alemã afirma que todas as mulheres sentem a necessidade física de serem mães. Ela mesma não teve filhos, mas acreditava que as mulheres possuem um instinto maternal. 
Segundo ela, “as mulheres buscam, por natureza, abraçar o que é vivo, pessoal e completo. Amar, proteger, nutrir e educar são desejos naturais e maternais”. Em outras palavras: as mulheres dão a vida e a nutrem naturalmente. 
O amor feminino é um impulso natural, capaz não só de trazer crianças ao mundo, mas também de tornar os sonhos possíveis, e, desta forma, ajudar o crescimento dos outros. 
Edith Stein mostra, com isso, o caminho até uma feminilidade que recupera sua dignidade. Reconhece o valor insubstituível da mulher e redescobre sua maneira particular de levar o amor ao mundo. 

Fontes: La femme (Edith Stein), Éditions du Cerf, 2009; Spirituality of the Christian Woman, (Edith Stein)1932.

Uma oração de quase 600 anos ao Santíssimo Nome de Jesus

JESUS

Esta ladainha foi composta pelos santos João de Capistrano e Bernardino de Sena no século XV

ALadainha ao Santíssimo Nome de Jesus foi composta por São João de Capistrano (1386-1456) e por São Bernardino de Sena (1380-1444) e aprovada para uso privado pelo Papa Sixto V em 1585. O Papa Leão XIII a aprovou para uso público na Igreja em 1866. Quem a recitar poderá receber indulgência parcial se cumprir o requisito básico para toda indulgência: estar em graça e com a disposição de abandonar todo tipo de pecado, inclusive o venial.

Ladainha ao Santíssimo Nome de Jesus

Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
(A cada próxima invocação responder: “Tende piedade de nós”)
Pai Celeste que sois Deus,
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,
Espírito Santo, que sois Deus,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Jesus, Filho de Deus vivo,
Jesus, esplendor do Pai,
Jesus, pureza da luz eterna,
Jesus, Rei da glória,
Jesus, sol de justiça,
Jesus, Filho da Virgem Maria,
Jesus amável,
Jesus admirável,
Jesus, Deus forte,
Jesus, Pai do século futuro,
Jesus, Anjo do grande conselho,
Jesus poderosíssimo,
Jesus pacientíssimo,
Jesus obedientíssimo,
Jesus, manso e humilde de coração,
Jesus, amante da castidade,
Jesus, amador nosso,
Jesus, Deus da paz,
Jesus, autor da vida,
Jesus, exemplo das virtudes,
Jesus, zelador das almas,
Jesus, nosso Deus,
Jesus, nosso refúgio,
Jesus, pai dos pobres,
Jesus, tesouro dos fiéis,
Jesus, bom Pastor,
Jesus, luz verdadeira,
Jesus, sabedoria eterna,
Jesus, bondade infinita,
Jesus, caminho e vida nossa,
Jesus, alegria dos anjos,
Jesus, rei dos patriarcas,
Jesus, mestre dos apóstolos,
Jesus, doutor dos evagelistas,
Jesus, fortaleza dos mártires,
Jesus, luz dos confessores
Jesus, pureza das virgens,
Jesus, coroa de todos os santos,
Sede-nos propício: perdoai-nos, Jesus.
Sede-nos propício: ouvi-nos, Jesus.
(A cada próxima invocação responder: “Livrai-nos, Jesus”)
De todo o mal,
De todo o pecado,
Da vossa ira,
Das ciladas do demônio,
Do espírito da impureza,
Da morte eterna,
Do desprezo das vossas inspirações,
Pelo mistério da vossa santa Encarnação,
Pela vossa natividade,
Pela vossa infância,
Por toda a vossa santíssima vida,
Pelos vossos trabalhos,
Pela vossa agonia e pela vossa paixão,
Pela vossa cruz e pelo vosso desamparo,
Pelas vossas angústias,
Pela vossa morte e pela vossa sepultura,
Pela vossa ressurreição,
Pela vossa ascensão,
Pela vossa instituição da Santíssima Eucaristia,
Pelas vossas alegrias,
Pela vossa glória,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: perdoai-nos, Jesus.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: ouvi-nos, Jesus.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: tende piedade de nós, Jesus.
Jesus, ouvi-nos.
Jesus, atendei-nos.
Oremos:
Senhor Jesus Cristo, que dissestes: “Pedi e recebereis; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á”, nós Vos suplicamos que concedais a nós, que Vo-lo pedimos, o afeto do Vosso divino amor, a fim de que Vos amemos de todo o coração, palavra e obra e nunca cessemos de Vos louvar. Fazei-nos ter sempre, Senhor, igual temor e amor pelo Vosso Santo Nome, pois não deixais de governar aqueles que estabeleceis na firmeza do Vosso amor, Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.

https://pt.aleteia.org/2018/08/23/uma-oracao-de-quase-600-anos-ao-santissimo-nome-de-jesus/

Como a santa que achou 3 cruzes no Calvário descobriu entre elas a Cruz de Cristo

ST HELENA

Segundo a tradição, a Verdadeira Cruz foi identificada graças a um milagre de cura

Santa Helena nasceu no ano de 270 na antiga Bitínia, região às margens do Mar Negro que hoje pertence à Rússia. Muito bonita, cativou um famoso general do exército romano, Constâncio Cloro, por quem também ela se apaixonou.

Da paixão à humilhação

O casal teve um filho chamado Constantino, que chegou a ser nada menos que o Imperador – mas a um custo muito alto para Helena: para ser promovido na corte, Constâncio Cloro aceitou a condição de repudiar sua esposa e se casar com a filha do imperador Maximiliano. Foi durante esse período de humilhação e solidão, porém, que Helena conheceu a Deus e se tornou cristã.

Um filho imperador

Passado o tempo, morto Constâncio, Constantino foi proclamado imperador e, na célebre batalha da Ponte Mílvio, em Roma, teve a visão de Cristo a lhe mostrar a Cruz e dizer: “Com este sinal vencerás”. No ano 313, Constantino finalmente decretou o cristianismo como a religião oficial do Império, após três séculos de brutais perseguições contra os cristãos.

Em busca da Cruz de Cristo

Santa Helena dedicou boa parte da vida, a partir de então, a buscar a Santa Cruz de Cristo em Jerusalém, para onde chegou a levar um grupo de escavadores que, depois de muito trabalho, conseguiu achar no monte Calvário não uma, mas três cruzes.
O relato desse encontro e de como Santa Helena identificou a verdadeira cruz é resgatado pelo Breviário Romano:
Após aquela insigne vitória que o imperador Constantino obteve sobre Maxêncio, quando recebeu de Deus o sinal da Cruz do Senhor (“In hoc signo vinces“), Santa Helena, mãe de Constantino, tendo recebido uma revelação num sonho, foi a Jerusalém para procurar zelosamente a Cruz. Lá cuidou ela de destruir a imagem de Vênus, em mármore, que, para apagar a memória da paixão de Cristo Senhor, os gentios haviam colocado no lugar da Cruz e que ali permanecera durante cerca de 180 anos. O mesmo ela fez no presépio do Salvador, onde fora posto um simulacro de Adônis, e no lugar da ressurreição, onde haviam colocado um de Júpiter.
Purgado, assim, o local da Cruz, foram encontradas depois de profundas escavações três cruzes, e, à parte delas, a inscrição que havia sido posta sobre a Cruz do Senhor. Como não se sabia sobre qual das três ele deveria ser afixado, um milagre sanou a dúvida. Eis que Macário, bispo de Jerusalém, tendo elevado preces a Deus, levou cada uma das cruzes a três mulheres que sofriam de grave enfermidade, e, enquanto as demais de nada serviram às mulheres, a terceira Cruz, levada à terceira mulher, curou-a imediatamente.
Santa Helena, tendo encontrado a Cruz da salvação, construiu ali uma igreja magnificentíssima, na qual depositou parte da Cruz em urnas de prata, entregando outra parte a seu filho, Constantino, que a levou a Roma, à igreja da Santa Cruz de Jerusalém, edificada no palácio Sessoriano. Ela também entregou ao filho os cravos que trespassaram o Santíssimo Corpo de Jesus Cristo. Naquele tempo, Constantino sancionou uma lei para que, desde então, ninguém fosse condenado ao suplício da cruz, e aquilo que antes era castigo e maldição para os homens passou a ser glória e objeto de veneração.

https://pt.aleteia.org/2018/08/20/como-a-santa-que-achou-3-cruzes-no-calvario-descobriu-entre-elas-a-cruz-de-cristo/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=weekly_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt 

domingo, 19 de agosto de 2018

Padre Zezinho: Maria teve outros filhos? “Faz 50 anos que explico” que não


Um dos sacerdotes mais queridos do Brasil responde a descontextualização requentada por telenovela brasileira

Reproduzimos a seguir um texto do Padre Zezinho publicado em sua página no Facebook a respeito da interpretação descontextualizada de que Nossa Senhora teria tido outros filhos além de Jesus:
A Record do Bispo Macedo está veiculando na novela dele, que Maria teve outros filhos e que Jesus teve outros irmãos.
Faz 50 anos que explico aos jovens quem era Judas/Tiago/José e Simão, citados como irmãos de Jesus. Eles tinham outro pai que não era José. E a mãe deles não era a Maria de José.
Na Bíblia, primos eram chamados de irmãos. Aliás , há tribos na África que ainda hoje consideram os primos como irmãos.
Quando o adolescente Jesus, aos doze anos foi encontrado no Templo, Maria lembrou dizendo: “Teu pai e eu te procurávamos aflitos”… E porque será que não falam dos irmãos? Eles não foram juntos para a peregrinação?
Quando disseram a Jesus que a mãe e os irmãos o estavam procurando, Jesus respondeu que todo mundo era sua mãe e seus irmãos.
E quando na hora da morte, estando Maria ao pé da Cruz, porque não havia lá nenhum dos chamados irmãos de Jesus? Eram covardes? Eles deixaram a mãe sofrer sozinha?
Por que razão Jesus confiou Maria aos cuidados do jovem discípulo João, que nem sequer era parente de Jesus, dizendo que, agora, João seria filho dela e ela seria a mãe de João?
Se MARIA tivesse outros filhos morando na mesma casa, não seria estranho esta entrega de Maria aos cuidados de João?
E se fossem já casados, não seria normal que um dos 4 filhos homens e talvez alguma mulher também irmã deles, ficasse com Maria? Na sua família é isso que aconteceria hoje em dia. Também naquele tempo seria assim!
As palavras de Jesus deixam claro que não havia outros filhos ou filhas morando com Maria e Jesus. Maria ficaria sozinha!
Faz sentido ou você ainda tem dúvidas? Ou vc vai ficar com a versão da novela do Bispo Macedo que já disse claramente que ele é a favor do aborto. Não é o que Jesus dizia! Ele está mostrando outro tipo de Evangelho. É o evangelho segundo Edir Macedo.
Ele não prega o mesmo evangelho que nós católicos lemos nas nossas missas e encontros.
Para ele é fácil dizer que Maria teve outros filhos. Mas que tipo de mãe seria ela, que não conseguiu unir os filhos na hora da Cruz e que teve que ser entregue a um discípulo, porque os pseudo irmãos de sangue a abandonaram? Que irmãos de sangue estranhos eram eles? Abandonaram a Mãe e Jesus por medo? Os quatro irmãos de sangue e a possível irmã de Jesus nunca existiram porque eram parentes mas não eram da mesma casa e não moravam com Maria.
Não é mais lógico concluir que Jesus entregou Maria aos cuidados de João simplesmente porque Maria não teve outros filhos?

https://pt.aleteia.org/2018/08/17/padre-zezinho-maria-teve-outros-filhos-faz-50-anos-que-explico-que-nao/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt 

Livra do peso dos nossos pecados.

  Afrouxa os laços de nossas impiedades e nos livra do peso dos nossos pecados. Tem piedade de mim, ó Senhora, e cura minha doença. Tira a a...