terça-feira, 30 de junho de 2020

Como rezar o terço? Um guia ilustrado

Long Thiên | CC


Para recordar e compartilhar

Aoração do Terço (ou Rosário) é uma oração milenar da igreja. Somente um coração puro, humilde e de fé compreende o valor desta oração. Ela é destinada aos que buscam ter um coração puro como de uma criança.

Muitos têm dúvidas sobre algumas orações das orações recitadas no terço ou mesmo não descobriram ainda a riqueza que é esta oração. Por isso, preparamos este artigo explicando de forma bem didática como rezar o terço e o texto das orações.

 

como-rezar-o-terco

A partir da cruz, siga as orações na sequência indicada

  • Inicia-se segurando pela cruz, com a oração do Creio
  • Reza-se um Pai-Nosso, seguido de três Ave-Maria (Cada Ave-Maria é precedida de uma oração. Vide orações abaixo)
  • Recita-se: Glória ao Pai, ao Filho…
  • O terço possui 5 dezenas. A cada dezena contempla-se o mistério, seguido de 1 Pai-Nosso e 10 Ave-Maria
  • Ao final de cada dezena reza-se Glória ao Pai seguido da jaculatória Oh! meu bom Jesus… (vide orações abaixo)
  • Ao concluir as 5 dezenas, reza-se os agradecimentos

Orações do Santo Terço

Orações do Santo Terço na sequência da oração.

Oferecimento do Terço

Divino Jesus, eu vos ofereço este terço (Rosário) que vou rezar, contemplando os mistérios de nossa Redenção. Concedei-me, pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem me dirijo, as graças necessárias para bem rezá-lo para ganhar as indulgências desta santa devoção.

Creio em Deus Pai

Creio em Deus Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, donde há de vir julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

Pai Nosso

Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossa ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave Maria

Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus. Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

  • A primeira Ave-Maria em honra a Deus Pai que nos criou [Ave-Maria…]
  • A segunda Ave Maria a Deus Filho que nos remiu: [Ave-Maria…]
  • A terceira Ave Maria ao Espírito Santo que nos santifica: [Ave-Maria…]
  • Amém.

Glória ao Pai

  • Glória ao Pai, ao Filho e o Espírito Santo. Como era no princípio, agora é sempre. Amém.

Oh! Meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem. Amém.


Na oração do Rosário contemplam-se todos os mistérios. No caso da oração do Terço, contempla-se um dos mistérios, conforme dias e mistérios a seguir:

Mistérios Gozosos (segundas e sábados, e nos domingos do Advento)

 

1- Anunciação do Arcanjo São Gabriel à nossa Senhora.
No primeiro mistério contemplemos a Anunciação do Arcanjo São Gabriel à Nossa Senhora.

2- A visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel.
No segundo mistério contemplemos a Visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel.

3- O nascimento de Jesus em Belém.
No terceiro mistério contemplemos o Nascimento do Menino Jesus em Belém.

4- A apresentação do Menino Jesus no Tempo.
No quarto mistério contemplemos a Apresentação do Menino Jesus no templo e a Purificação de Nossa Senhora.

5- Encontro de Jesus no Templo entre os Doutores da Lei.
No quinto mistério contemplemos a Perda e o Encontro do Menino Jesus no templo.


Mistérios Dolorosos (terças e sextas-feiras, e domingos da Quaresma até a Páscoa)

 

1- A agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.
No primeiro mistério contemplemos a Agonia de Cristo Nosso Senhor, quando suou sangue no Horto.

2- A flagelação de Jesus atado à coluna.
No segundo mistério contemplemos a Flagelação de Jesus Cristo atado à coluna.

3- A coroação de espinhos de Jesus.
No terceiro mistério contemplemos a Coroação de espinho de Nosso Senhor.

4- A subida dolorosa do Calvário.
No quarto mistério contemplemos Jesus Cristo carregando a Cruz para o Calvário.

5- A morte de Jesus.
No quinto mistério contemplemos a Crucificação e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.


Mistérios Gloriosos (quartas-feiras e domingos da Páscoa até o Advento)

 

1- A ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
No primeiro mistério contemplemos a Ressurreição de Cristo Nosso Senhor.

2- A ascensão admirável de Jesus Cristo ao céu.
No segundo mistério contemplemos a Ascensão de Nosso Senhor ao Céu.

3- A vinda do Espírito Santo.
No terceiro mistério contemplemos a Vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos reunidos com Maria Santíssima no Cenáculo em Jerusalém.

4- A assunção de Nossa Senhora no Céu.
No quarto mistério contemplemos a Assunção de Nossa Senhora ao Céu.

5- A coroação de Nossa Senhora no Céu .
No quinto mistério contemplemos a Coroação de Nossa Senhora no Céu como Rainha de todos os anjos e santos.


Mistérios Luminosos (quinta-feira)

 

1- Batismo de Jesus no rio Jordão.
No primeiro mistério contemplemos o Batismo de Jesus no rio Jordão.

2- Autorrevelação de Jesus nas Bodas de Caná.
No segundo mistério contemplemos a Auto-revelação de Jesus nas Bodas de Caná.

3- Anúncio do Reino de Deus.
No terceiro mistério contemplemos o Anúncio do Reino de Deus.

4- Transfiguração de Jesus.
No quarto mistério contemplemos a Transfiguração de Jesus.

5- Instituição da Eucaristia.
No quinto mistério contemplemos a Instituição da Eucaristia.

Agradecimentos

Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossa mão liberais. Dignai-vos, agora e para sempre, tomar-nos debaixo do vosso poderoso amparo e para mais vos obrigar vos saudamos com uma Salve Rainha:

Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro nos mostrai a Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce, sempre virgem Maria.

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

 

(via No colo de Maria)


Por que os católicos rezam o Terço?

ROSARY
Bushko Oleksandr | Shutterstock


O terço é uma “arma espiritual” e Maria é “vencedora das heresias”: saiba por quê

Durante séculos, a Igreja intensificou a oração do Terço, ou Rosário, nos momentos de luta. São Domingos considerava o Terço uma arma espiritual, e os Papas chamavam Maria de “vencedora das heresias”, invocando a sua ajuda para combater questões que vão do catarismo ao comunismo.

Origem do Terço

A devoção ao Terço foi se desenvolvendo lentamente ao longo de cerca de 500 anos.

Trata-se de uma oração constituída pela recitação de ave-marias, em grupos de dez, sendo cada grupo precedido por um pai-nosso e concluído com um glória. Durante o rosário, meditam-se os mistérios da vida de Cristo e de Maria.

A tradição popular atribui a origem do Terço a São Domingos (1170-1221), mas as pesquisas históricas mostram que esta devoção foi se desenvolvendo lentamente ao longo do tempo.

O próprio São João Paulo II parece afirmar isto em sua carta “Rosarium Virginis Mariae” (2002), que começa recordando que o Terço “foi gradualmente tomando forma no segundo milênio, sob a guia do Espírito de Deus”.

Ainda que não se saiba exatamente qual é a história do início do Terço, o pe. Etienne Richer explica, em “Mariology“, que, no final do século XI, ou seja, quase um século antes de São Domingos, “já se conhecia e praticava uma devoção mariana caracterizada por numerosas ave-marias, com prostrações rítmicas em honra de Nossa Senhora, primeiro em comemoração das suas alegrias e, depois, em recordação dos seus sofrimentos”. O nome “Rosário” surgiu associado a esta prática.

Formato atual

Na mesma época, irmãos e monges cistercienses que não conseguiam memorizar os 150 salmos que a sua ordem rezava toda semana, teriam recitado 150 pai-nossos. Os leigos teriam logo copiado essa forma de rezar, mas substituindo o pai-nosso pela ave-maria. O nome dado a essa devoção foi “Saltério de Maria”.

Por volta do ano 1200, conta-se que Nossa Senhora apareceu a São Domingos e lhe disse: “Reza o meu saltério e ensina-o às pessoas. Esta oração nunca falhará”.

São Domingos difundiu a devoção ao Saltério de Maria e, como afirma o pe. Richter, esta devoção foi “incorporada de forma divina à vocação pessoal de São Domingos”.

Nas décadas posteriores, o Terço e o saltério de Maria convergiram e a devoção assumiu a forma específica popularizada ao longo dos séculos seguintes: as 150 ave-marias, divididas originalmente em três conjuntos de mistérios (os gozosos, os dolorosos e os gloriosos; daí o nome “terço”, que remete a cada uma das três partes do rosário completo), sendo cada terço subdividido em 5 dezenas de ave-marias (cada dezena equivalendo à contemplação de um mistério da fé), com o pai-nosso inserido entre as dezenas.

Papa João Paulo II

Em 2002, São João Paulo II acrescentou mais cinco mistérios ao Rosário, os chamados “mistérios luminosos”. Ele propôs tais mistérios para “mostrar plenamente a profundidade cristológica do terço”, incluindo “os mistérios do ministério público de Cristo entre o seu Batismo e a sua Paixão”. Apesar da mudança que agora subdivide o Rosário em quatro partes e não mais em três, a devoção continua sendo chamada popularmente de “Terço”.

Orientações da Igreja Católica

Desde o século XII, a Igreja Católica intensificou a oração do Terço nos momentos de dificuldade e tribulação. Em 1569, São Pio V consagrou oficialmente o Terço, atribuindo à sua recitação a destruição da heresia e a conversão de muitos pecadores.

Ele pediu aos fiéis que rezassem o Terço naquela época “de tantas heresias, gravemente perturbada e aflita por tantas guerras e pela depravação moral dos homens” – nem tão diferente da nossa própria época.

O prolífico papa Leão XIII (1878-1903), conhecido sobretudo pelas suas encíclicas sobre questões sociais, especialmente a Rerum Novarum (1891), sobre as condições do trabalho humano, escreveu pelo menos 16 documentos sobre o terço, incluindo 12 encíclicas.

O “Papa do Terço” escreveu a sua primeira encíclica sobre esta oração em 1883, no 25º aniversário das aparições de Lourdes. Ele recorda o papel de São Domingos e como a oração do terço ajudou a derrotar os hereges albigenses no sul da França, nos séculos XII e XIII.

São Domingos, dizia o Papa, “atacou intrepidamente os inimigos da Igreja católica não pela força das armas, mas confiando totalmente na devoção que ele foi o primeiro em instituir com o nome de Santo TerçoGuiado pela inspiração e pela graça divinas, previu que esta devoção, como a mais poderosa arma de guerra, seria o meio para colocar o inimigo em fuga e para confundir a sua audácia e louca impiedade”.

Arma espiritual

Também falou sobre a eficácia e poder do terço na histórica batalha de Lepanto, entre as forças cristãs e muçulmanas, em 1521.

As forças islâmicas haviam avançado rumo à Espanha e, quando estavam a ponto de superar as cristãs, o Papa Pio V fez um apelo aos fiéis para que rezassem o terço.

Os cristãos venceram, e, como homenagem por esta vitória, o Papa declarou Maria a “Senhora da Vitória”, estabelecendo sua festa no dia 7 de outubro, dia do Santo Terço.

Voltando à necessidade do terço em sua época, o Papa escreveu: “É muito doloroso e lamentável ver tantas almas resgatadas por Jesus Cristo arrancadas da salvação pelo furacão de um século extraviado e lançadas ao abismo e à morte eterna. Em nossa época, temos tanta necessidade do auxílio divino quanto na época em que o grande Domingos levantou o estandarte do Terço de Maria, a fim de curar os males do seu tempo”.

Pio XI (1922-1939) dedicou sua última encíclica, “Ingravescentibus malis“, também ao terço. Foi em 1937, o mesmo ano em que escreveu a famosa “Mit brennender Sorge“, na qual criticava os nazistas, e a “Divini Redemptoris“, na qual denunciava que o comunismo ateu “pretende derrubar radicalmente a ordem social e socavar os próprios fundamentos da civilização cristã”.

Criticando o espírito da época e o “seu orgulho depreciativo”, o Papa disse que o terço é uma oração que tem “o perfume da simplicidade evangélica”, que requer humildade de espírito. Ele escreveu:

Uma inumerável multidão, de homens santos de toda idade e condição, sempre o estimou. Rezaram-no com grande devoção e em todo momento o usaram como arma poderosíssima para afugentar os demônios, para conservar a vida íntegra, para adquirir mais facilmente a virtude; enfim, para a consecução da verdadeira paz entre os homens”.

Em 1951, Pio XII (1939-1958) escreveu a “Ingruentium malorum“, sobre a oração do terço: “Categoricamente, não hesitamos em afirmar em público que depositamos grande esperança no Rosário de nossa Senhora como remédio dos males do nosso tempo. Porque não é pela força, nem pelas armas, nem pelo poder humano, mas sim pelo auxílio alcançado por meio dessa devoção, que a Igreja, munida desta espécie de funda de Davi, consegue impávida afrontar o inimigo infernal”.

Papa Bento XVI

Em 1985, o então cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e posteriormente eleito Papa Bento XVI, admitiu no livro-entrevista “Informe sobre a Fé”, com Vittorio Messori, achar que a declaração de que Maria é “a vencedora de todas as heresias” era um pouco “exagerada”.

Ele explicou que, “quando eu ainda era um jovem teólogo, antes das sessões do Concílio (e também durante elas), como aconteceu e acontece hoje com muitos, tinha algumas reservas sobre certas fórmulas antigas, como, por exemplo, aquela famosa ‘De Maria nunquam satis’ [de Maria nunca se dirá o bastante]“.

É oportuno observar que Joseph Ratzinger cresceu num ambiente muito mariano. No livro “Meu irmão, o Papa”, o pe. George Ratzinger, irmão mais velho de Joseph, comenta que seus avós se casaram no Santuário de Nossa Senhora de Absam e que seus pais se conheceram por meio de um anúncio que o pai tinha colocado (duas vezes) no jornal do santuário mariano de Altotting.

Os Ratzinger rezavam o terço juntos muitas vezes e, no mês de maio, participavam de numerosas celebrações ligadas a Maria e ao terço.

No entanto, apesar da familiaridade com Maria e da sincera devoção mariana, ele não parecia convencido. Como ele mesmo explica no livro-entrevista, o então cardeal prefeito desse importantíssimo dicastério vaticano passou por uma pequena conversão.

Hoje, neste confuso período, em que todo tipo de desvio herético parece se amontoar às portas da fé católica, compreendo que não se trata de exageros de almas devotas, mas de uma verdade hoje mais forte do que nunca”.

É necessário voltar a Maria se quisermos voltar à verdade sobre Jesus Cristo, à verdade sobre a Igreja e à verdade sobre o homem.

A oração do terço nos permite fixar o olhar e o coração em Jesus, como sua Mãe, modelo insuperável da contemplação do Filho“, disse Bento XVI em 12 de maio de 2010, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima.

Ao meditarmos os mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos ao longo das ave-marias, contemplamos todo o mistério de Jesus, desde a Encarnação até a Cruz e a glória da Ressurreição; contemplamos a participação íntima de Maria neste mistério e a nossa vida em Cristo hoje, também ela tecida de momentos de alegria e de dor, de sombras e de luz, de trepidação e de esperança”.

A graça invade o nosso coração no desejo de uma incisiva e evangélica mudança de vida, de modo a poder proclamar com São Paulo: ‘Para mim viver é Cristo’ (Flp 1, 21), numa comunhão de vida e de destino com Cristo”, finaliza.


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Em que ordem ler a Bíblia?


Há pessoas que abrem a Bíblia no início e começam a ler a partir do Gênesis. Elas, em geral, não passam do quinto livro. Desanimam e não retornam mais. E, o que é pior, acabam dizendo que é impossível, que não se consegue entender a Bíblia.

ABíblia não é um simples livro. Ela é uma biblioteca de 73 livros. Eles são bem diferentes uns dos outros, têm os mais diversos estilos, foram escritos em épocas muito distantes e em situações muito diferentes.

Imagine-se chegando a uma biblioteca como essa e começando a ler o primeiro livro que encontrar na estante, passando para o segundo e assim por diante. Essa leitura não pode dar certo! Há pessoas que abrem a Bíblia no início e começam a ler a partir do Gênesis. Elas, em geral, não passam do quinto livro. Desanimam e não retornam mais. E, o que é pior, acabam dizendo que é impossível, que não se consegue entender a Bíblia. Mas, isso aconteceria com qualquer biblioteca do mundo!

É necessário um Plano de leitura. No início, há muita coisa que não se entende, o que é muito natural. Até na leitura de um romance acontece isso. Não pare por causa disso, prossiga! À medida que se vai lendo, as coisas vão se esclarecendo. É uma regra de ouro: a Bíblia se explica por si mesma. Por isso, é tão importante um plano de leitura.

Existem vários planos de leitura. Todos eles são bons, porque se baseiam num princípio. Apresento aqui um determinado plano. Ele se destina àqueles que desejam começar a ler a Bíblia e não têm outros recursos a não ser conhecer a Bíblia através dela mesma. Siga a ordem indicada aqui, ela faz parte do método.

Plano de leitura do Novo Testamento:

1  1ª Carta de São João (2 vezes)
2  Evangelho de São João
3  Evangelho de São Marcos
4As pequenas cartas de São Paulo:

  • Gálatas
  • Efésios
  • Filipenses
  • Colossenses
  • 1ª e 2ª Tessalonicences
  • 1ª e 2ª Timóteo
  • Tito
  • Filêmom
5  Evangelho de São Lucas
6  Atos dos Apóstolos
7  Carta aos Romanos
8  Evangelho de São Mateus
9  1ª e 2ª Carta aos Coríntios
10  Hebreus
11  Carta de São Tiago
12  1ª e 2ª Carta de São Pedro
13  2ª e 3ª Carta de São João
14  Carta de São Judas
15  Apocalipse
16  1ª Carta de São João (3ª vez)
17  Evangelho de São João (2ª vez)

Por que começar pela 1ª carta de São João?

A primeira necessidade de um cristão é ter certeza de sua salvação. É saber que Deus o ama e o escolheu. Gratuitamente, sem nenhum merecimento seu. Deus o pôs na lista daqueles que quer salvar. Foi uma escolha gratuita! Amorosa! Sem merecimento! Saber disso nos dá a certeza da salvação. E todo cristão precisa tê-la.

Dos 73 livros da Bíblia, só essa pequena carta foi escrita com esse propósito: o de nos dar a certeza da salvação. Na conclusão de sua carta, São João diz: “Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus” (1 Jo 5, 13). Lendo e relendo, você vai se convencendo desta feliz realidade: você é salvo! Você é escolhido!

Leituras dos livros do Antigo Testamento

“Traze sempre na boca as palavras deste livro da lei; medita-o dia e noite, cuidando de fazer tudo o que nele está escrito; assim prosperarás em teus caminhos e serás bem-sucedido (Josué 1,8).

Comece a leitura pelos três livros sapienciais: Sabedoria, Eclesiástico e Provérbios. São livros muito próximos ao Novo Testamento e fontes de ricos ensinamentos. Leia, juntamente, o livro dos Salmos. O portal de entrada do Antigo Testamento são os Salmos. Faça deles o seu livro de cabeceira. Eu já lhe disse que vale a pena ter uma edição de bolso do Novo Testamento para você levar consigo continuamente e ir lendo nos momentos livres.

De qualquer maneira, o que quero acentuar aqui é que você deve trabalhar com os Salmos independentemente de alguma ordem específica. Sempre que se sentir impelido a isso, leia um Salmo. Faço o seu diário sobre ele, sem receio de interromper o trabalho que estiver fazendo na sequência. Salmo é como fruta: comemos a qualquer hora, pouco importando as refeições. E nunca faz mal. Sempre faz bem.

Neste ponto você já estará muito mais livre e criativo para a execução do seu diário.
Não deixe de fazê-lo. Você poderá fazer um verdadeiro estudo vivencial de cada capítulo
desses livros sapiências e de cada Salmo. Será muito rico.

Os livros do Antigo Testamento serão lidos na ordem cronológica: das origens até a
vinda de Cristo.

Plano de leitura do Antigo Testamento

1  Gênesis24  Esdras
2  Êxodo25  Neemias
3  Números26  Ageu
4  Josué27  Zaracarias
5  Juízes28  Isaías (56-66)
6  1° Samuel29  Malaquias
7  2º Samuel30  Joel
8  1º Reis31  Jonas
9  2º Reis32  Rute
10  Amós33  Tobias
11  Oséias34  Judite
12  Isaías (1-39)35  Ester
13  Miquéias36  Eclesiástico
14  Naum37  Cânticos dos Cânticos
15  Sofonias38  Jó
16  Habacuc39  Eclesiastes
17  Jeremias40  1º Macabeus
18  Lamentações41  2º Macabeus
19  Ezequiel42  Baruc
20  Abdias43  Daniel
21  Isaías (40-55)44  Sabedoria
22  1º Crônicas45  Levítico
23  2º Crônicas46  Deuteronômio

 

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Artigo extraído do livro ‘A Bíblia no meu dia-a-dia‘ de monsenhor Jonas Abib.

Por que devo ler a Bíblia?

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Há pelo menos 10 razões que deveriam nos convencer da importância de ler a Palavra de Deus

É fundamental ler a Bíblia, meditar com ela, permitir que seja lâmpada para os seus passos, luz para seu caminho.

Considere que existam pelo menos dez razões para entrar no fascinante mundo da Sagrada Escritura.

1
CONHECER A DEUS

Seria impossível sabermos algo de Deus se Ele não nos tivesse revelado. E isso Ele fez através da Sua Palavra. Por isso, para poder conhecê-Lo e criar com Ele uma relação pessoal de amor e confiança, é indispensável ler a Sua Palavra.

2
CONHECER A SI MESMO

A Palavra de Deus penetra até o ponto de divisão entre a alma e o espírito (cfr. Eb 4,12). Lê-la nos permite conhecer a fundo nós mesmos. Isso sem partir da ótica humana do juízo e da condenação, mas do olhar esperançoso e misericordioso de Deus.

3
RECEBER LUZ

O salmista afirma que a Palavra é lâmpada para os passos e luz no caminho (cfr. Sl 119, 105). Tem sempre uma mensagem para iluminar a sua situação atual. Tem sempre alguma coisa de pertinente a lhe dizer; às vezes o consola, outras vezes exorta. Pode também tranquilizar, às vezes o inquieta e agita, mas pode ter certeza que lhe dá sempre aquilo de que precisa para a alma.

4
DIALOGAR COM DEUS

Tem quem acredite que rezar consiste somente em falar com Deus, porque Ele não diz nada. Mas Deus fala através da Sua Palavra. Ler a Bíblia lhe permite escutar aquilo que Ele quer dizer, para poder depois respondê-Lo, dialogar com Ele e, com a Sua graça, colocar em prática.

5
PARTICIPAR DA REFLEXÃO E DA ORAÇÃO DE TODA A IGREJA

Quando você lê os textos proclamados a cada dia na Missa, ou na Liturgia das Horas, une-se a milhões de católicos em todo o mundo que, naquele mesmo momento, estão lendo, escutando, refletindo, rezando com as mesmas palavras. Ler a Palavra lhe permite participar ativamente da unidade e universalidade da Igreja.

6
COLOCAR-SE DENTRO DA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO

Ler a Bíblia lhe permite descobrir como Deus se revelou ao ser humano, estabeleceu uma aliança com o homem, prometeu o Seu amor e a Salvação e respeitou esta promessa. Conhecer o passado lhe permite compreender o presente e vivê-lo com a alegria de saber que está fazendo parte do povo de Deus, que você é membro do Seu rebanho, ovelha do Bom Pastor.

7
CONHECER, COMPREENDER E AMAR A IGREJA

Ler a Bíblia lhe permite conhecer a Igreja da qual faz parte para compreendê-la e amá-la mais, e se alegrar pelo fato de pertencer a ela sabendo que foi fundada por Cristo. Além do fato de que é formada por seres humanos propensos ao erro, como você e eu. A Igreja é conduzida através da história pelo Espírito de Deus.

8
ANUNCIAR A BOA NOVA

Ler a Bíblia lhe permite cumprir o mandato de Jesus de ir ao mundo todo e anunciar a Boa Nova (cfr. Mc 16,15). Apenas conhecendo a Escritura é possível compartilhar a Sua luz com outros.

9
CONHECER E DEFENDER A FÉ

São Paulo diz que cada texto da Escritura é útil para ensinar (cfr. 2Tm 3,16). Conhecer a Bíblia lhe permite enfrentar quem ataca a sua fé católica e respondê-los não somente com clareza, mas também com argumentações sólidas.

10
VIVER COM LIBERDADE E ALEGRIA

Ler a Bíblia lhe dá liberdade e alegria. A liberdade daqueles que vivem a alegria de ter abandonado a imobilidade das trevas e caminham em direção Daquele que é a Luz. A alegria de saber que Ele está contigo todos os dias, até o fim do mundo, e a alegria de anunciá-Lo aos outros, como pede o Papa Francisco.

Eis aí dez motivos, são apenas os primeiros dez. Leia a Bíblia e você irá descobrir que existem tantos outros.

Diz São João no capítulo 5 de sua Primeira Carta:

Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus; e todo o que ama aquele que o gerou, ama também aquele que dele foi gerado. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Eis o amor de Deus: que guardemos seus mandamentos. E seus mandamentos não são penosos, porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o vencedor do mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? Ei-lo, Jesus Cristo, aquele que veio pela água e pelo sangue; não só pela água, mas pela água e pelo sangue. E o Espírito é quem dá testemunho dele, porque o Espírito é a verdade. São, assim, três os que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue; estes três dão o mesmo testemunho. Aceitamos o testemunho dos homens. Ora, maior é o testemunho de Deus, porque se trata do próprio testemunho de Deus, aquele que ele deu do seu próprio Filho. Aquele que crê no Filho de Deus tem em si o testemunho de Deus. Aquele que não crê em Deus, o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho. E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Quem possui o Filho possui a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus. A confiança que depositamos nele é esta: em tudo quanto lhe pedirmos, se for conforme à sua vontade, ele nos atenderá.


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Violência doméstica requer atenção durante a quarentena

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Iniciativas tentam prevenir casos e acolher as vítimas 

Índices demonstram que os casos de violência doméstica pioraram durante a quarentena, quando muitas mulheres de repente passaram a se ver sob o mesmo teto que o agressor 24 horas por dia. Além da convivência extrema, os humores exaltados por conta da pandemia podem contribuir com as incidências de violência.

Corre na Câmara dos deputados o projeto de lei 1552/20, que, segundo a própria ementa, “dispõe sobre a proteção de mulheres em situação de violência durante a vigência do estado de calamidade pública, com efeitos até 31 de dezembro de 2020 ou enquanto durarem as medidas de quarentena e restrições de atividades no contexto da pandemia do Covid-19 (novo coronavírus)”.

Apenas no estado de São Paulo foi registrado um aumento de 44,9%, se comparado ao mesmo período no ano passado, no atendimento de mulheres vítimas de violência. No Rio de Janeiro esse número chega a 50%. Muitas vezes dependentes financeiramente dos maridos ou com medo de retaliação física, muitas mulheres acabam não procurando ajuda, o que contribui com que haja subnotificação.

O mais indicado a uma mulher que se ver nessa situação de confinamento com o agressor deve ligar 190 em caso de emergência e 180 para denunciar violência contra a mulher. Ainda assim, o marido pode obstruir o acesso da esposa ao telefone, entre outros empecilhos. Uma grande dificuldade, estima-se, é a mulher perceber que está sendo agredida, nem que seja no campo do abuso psicológico, o que tende a evoluir à violência física e até ao feminicídio.

Por isso algumas camadas da sociedade estão se mobilizando para prevenir ocorrências e para acolher as vítimas de violência doméstica. Nesta semana foi lançada pelo Conselho Nacional de Justiça, junto com iniciativas públicas e privadas, a campanha Sinal Vermelho, que instrui mulheres a procurarem ajuda em farmácias com um “X” marcado com caneta ou batom na palma da mão, código para que o atendente chame as autoridades.

O Instituto Maria da Penha, que visa a proteção da mulher, recentemente lançou o vídeo Call, que faz parte de uma campanha de conscientização das vítimas e de orientação às pessoas próximas que identifiquem a mulher que está sendo agredida.

Entre as iniciativas ainda está a rede de apoio Justiceiras, que desde o início da quarentena já ofereceu mais de mil atendimentos de psicólogos, assistentes sociais e advogados, que somam três mil voluntários. Para as interessadas basta entrar em contato pelo WhatsApp: (11) 99639-1212.

Portanto fique atento (a) às mulheres à sua volta, se souber de algum caso ofereça ajuda e, se acontecer com você, não deixe de denunciar.

https://pt.aleteia.org/2020/06/26/violencia-domestica-requer-atencao-durante-a-quarentena/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt

domingo, 28 de junho de 2020

Freiras francesas mantêm Adoração Perpétua há 135 anos, inclusive na pandemia

Elas começaram em 1885 e não pararam nem sequer durante o bombardeio de 1944 sobre Paris

Começou em 1º de agosto de 1885 e nunca mais foi interrompida na Basílica do Sacré-Coeur, em Montmartre, Paris, a Adoração ao Santíssimo Sacramento iniciada pelas religiosas beneditinas do Sagrado Coração, que, desde aquela data, garantem um revezamento dia e noite, 24 horas por dia, para que sempre haja pelo menos uma pessoa orando e adorando Jesus Cristo presente verdadeiramente no Santíssimo Sacramento da Eucaristia.

A adoração não foi interrompida nem sequer durante o bombardeio sofrido pela cidade em 1944, em plena Segunda Guerra Mundial.

O atual desafio decorre do confinamento imposto pelo governo francês à população do país para reduzir os contágios pelo coronavírus. As restrições à circulação de pessoas dificultaram muito a participação de leigos, o que deixa as religiosas sozinhas no revezamento. Mesmo assim, uma das religiosas, a irmã Marie-Agathe, declarou decididamente, conforme reportado pela agência Gaudium Press:

“As próximas gerações não poderão dizer que paramos tudo por causa do confinamento”.

Ela complementa:

“Somos as únicas que podem entrar. Portanto, cabe a nós continuar a adoração perpétua. Continuar esta cadeia de oração é a nossa primeira missão. O desafio agora é nos adaptarmos para manter apenas quatorze”.

Na cúpula maior da basílica, uma lanterna sempre acesa indica a perpétua adoração.

“É um sinal de comunhão para os parisienses, uma presença de continuidade na oração. Se a oração for interrompida, esta lanterna deve ser extinta. A nossa missão durante a contenção é garantir que ela não seja extinta”.

Outra adoração perpétua ainda mais antiga

Se a adoração perpétua na Basílica do Sacré-Coeur começou em 1885, há pelo menos um caso ainda anterior que também continua até hoje: o das Irmãs Franciscanas da Adoração Perpétua (Franciscan Sisters of Perpetual Adoration), que, desde 1º de agosto de 1878, vêm mantendo pelo menos duas pessoas, dia e noite, em oração contínua diante do Santíssimo Sacramento na cidade norte-americana de La Crosse, no Estado de Wisconsin. Segundo o seu próprio site, a congregação está rezando ininterruptamente há mais tempo que qualquer outro grupo nos Estados Unidos.


https://pt.aleteia.org/2020/06/26/freiras-francesas-mantem-adoracao-perpetua-ha-135-anos-inclusive-na-pandemia/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=weekly_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Papa acrescenta três invocações à Ladainha de Nossa Senhora, uma para os migrantes



“Mater Misericordiae” (Mãe da Misericórdia), “Mater Spei” (Mãe da Esperança) e “Solacium migrantium” (Conforto ou Ajuda dos Migrantes): essas são as três novas invocações inseridas na Ladainha de Nossa Senhora, que tradicionalmente conclui a oração do Terço, por decisão do Papa Francisco. Dom Arthur Roche, secretário da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos: são orações ligadas à atualidade da vida.

Alessandro De Carolis – Vatican News

A decisão do Papa Francisco foi comunicada pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, numa carta endereçada aos presidentes das Conferências Episcopais. “Inúmeros são os títulos e as invocações que a religiosidade popular cristã, no decorrer dos séculos, reservou à Virgem Maria, via privilegiada e segura do encontro com Cristo”, escrevem na carta o cardeal Robert Sarah e o arcebispo Arthur Roche, prefeito e secretário do dicastério vaticano.

“Mater Misericordiae” (Mãe da Misericórdia), “Mater Spei” (Mãe da Esperança) e “Solacium migrantium” (Conforto ou Ajuda dos Migrantes) são as três novas invocações inseridas na Ladainha de Nossa Senhora, que tradicionalmente conclui a oração do Terço. A primeira invocação será inserida depois de "Mater Ecclesiae", a segunda depois de "Mater divinae gratiae" e a terceira depois de "Refugium peccatorum”.

Orações que nasceram dos “desafios” da vida

Não obstante seja antiga, a ladainha – que se tornou célebre a partir do Santuário da Santa Casa de Loreto (e por isso também chamada de ‘ladainhas lauretanas’), não perde o contato com a realidade. “Vários Papas decidiram incluir invocações”, recordou o arcebispo Roche. São João Paulo II incluiu, por exemplo, “Mãe da família”.

“O Terço, o sabemos, é uma oração dotada de grande potência e, portanto, neste momento, as invocações à Virgem são muito importantes para quem está sofrendo com a Covid-19 e, entre eles, os migrantes que deixaram a sua terra”, concluiu o secretário do dicastério.


https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2020-06/papa-francisco-acrescenta-tres-invocacoes-ladainha-nossa-senhora.html

sábado, 13 de junho de 2020

Uma magnífica oração de São João Paulo II para os médicos

COVID

Cuidadores, maqueiros, enfermeiros, médicos, pesquisadores… Por vários meses, todos os que cuidam dos doentes estão em guerra contra um inimigo invisível: o Coronavírus. Para combater essa pandemia e cuidar dos doentes, os médicos precisam confiar no exemplo e na ajuda do Senhor. Aqui está uma bela oração de São João Paulo II, que eles podem tomar para si para ajudar a atravessar esse momento difícil

Em 23 de outubro de 1982, em um Congresso Mundial de Médicos Católicos, São João Paulo II chamou todos os médicos a tomar “Cristo como modelo supremo, aquele que era o médico da alma e frequentemente do corpo daqueles com quem ele encontrava nas estradas de sua peregrinação terrena”.

Que Cristo constantemente vos ilumine sobre a dignidade de vossa profissão e sugira, em todas as circunstâncias, atitudes e passos que uma coerência linear de fé mostra e exige”, declarou o pontífice.

Dezoito anos depois, no Congresso Internacional de Médicos Católicos, ele fez uma bela oração pelos médicos, para que eles pudessem recitá-la diariamente para pedir a Deus que os ajudasse em sua missão. Eis a oração:

Senhor Jesus, Médico Divino, que na tua vida terrena tiveste especial atenção pelos que sofrem e confiaste aos teus discípulos o ministério da cura, faz-nos sempre prontos a aliviar as dores dos nossos irmãos.

Faz que cada um de nós tenha consciência da grande missão que nos foi confiada e se esforce sempre por ser, no seu serviço diário, um instrumento do teu amor misericordioso.

Ilumina as nossas mentes, guia as nossas mãos e dá-nos corações atentos e compassivos. Faz que em cada doente saibamos descobrir as feições do teu Divino Rosto.

Tu que és a Vida, concede-nos o dom de te saber imitar cada dia, não somente como médicos do corpo, mas como médicos da pessoa inteira, ajudando a quem está doente a percorrer com fé o seu caminho terreno até ao momento do seu encontro contigo.

Tu que és a Verdade, dá-nos sabedoria e ciência para penetrar no mistério do homem e do seu destino transcendente, enquanto nos aproximamos dele para descobrir as causas dos seus males e encontrar os remédios adequados.

Tu que és a Vida, concede-nos o dom de anunciar e testemunhar na nossa profissão o “Evangelho da Vida”, comprometendo-nos a defendê-la sempre, desde a concepção ao seu fim natural, e a respeitar a dignidade de cada um dos seres humanos, especialmente aqueles mais débeis e necessitados.

Transforma-nos, Senhor, em bons samaritanos, prontos a acolher, a cuidar e consolar todos os que encontramos na nossa profissão. Tendo como exemplo os santos médicos que nos precederam, ajuda-nos a contribuir generosamente com o nosso trabalho para a constante renovação e melhoramento das estruturas sanitárias.

Abençoa o nosso estudo e a nossa profissão, ilumina a nossa investigação e os nossos ensinamentos. E por te termos amado e servido constantemente a Ti na pessoa dos nossos irmãos que sofrem, no fim do nosso peregrinar na terra, concede-nos poder contemplar o teu rosto glorioso e experimentar a satisfação do encontro contigo no teu Reino de alegria e paz infinitas.

Amém

https://pt.aleteia.org/cp1/2020/06/12/uma-magnifica-oracao-de-sao-joao-paulo-ii-para-os-medicos/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt

Oração a Maria contra o racismo

PRAYING
Pascal Deloche | GODONG

A prece foi sugerida por um arcebispo americano depois da morte de George Floyd, que gerou protestos contra o racismo nos Estados Unidos e em várias partes do mundo

“O racismo é uma blasfêmia contra Deus, que cria todos os homens e mulheres com igual dignidade”.

Foi com a frase acima que o Arcebispo de Los Angeles (Estados Unidos), Dom José Gomez, reagiu à morte de George Floyd – um homem negro de 46 anos – por um policial branco em Minneapolis, no dia 25 de maio de 2020.

Depois do ocorrido, protestos contra o racismo tomaram conta dos Estados Unidos e de várias partes do mundo.

Em seu site, Arquidiocese de Los Angeles afirmou que trabalha para acabar com a justiça racial e sugeriu aos fiéis uma oração à Virgem Maria contra o racismo.

Reze você também:

Maria, amiga e mãe de todos, através de teu Filho, Deus encontrou um caminho para se unir a todos os seres humanos, chamados a ser um só povo, irmãs e irmãos entre si.

Pedimos tua ajuda ao recorrer ao Teu Filho, buscando o perdão pelas vezes nas quais falhamos em nos amar e nos respeitar.

Pedimos a tua ajuda para obter de teu Filho a graça que precisamos para vencer o mal do racismo e construir uma sociedade justa.

Pedimos a tua ajuda para seguir o teu Filho, para que o preconceito e a animosidade não infectem mais a nossa mente ou coração, mas sejam substituídos pelo amor que respeita a dignidade de cada pessoa.

Mãe da Igreja, o espírito de teu Filho Jesus encoraja nossos corações: rogai por nós.

Amém.

 

Com informações de ACI Digital 


segunda-feira, 8 de junho de 2020

Por que João Paulo II queria que Maria fosse chamada de “Mãe da Igreja”

MOTHER MARY

São João Paulo II foi um dos mais fortes defensores da celebração oficial do papel de Maria como mãe de todos os fiéis cristãos

Em 2018, o Papa Francisco instituiu uma celebração anual na segunda-feira seguinte à festa de Pentecostes chamada “Maria, Mãe da Igreja”.

O decreto que anuncia a celebração explica que: “Esta celebração nos ajudará a lembrar que o crescimento da vida cristã deve estar ancorado no Mistério da Cruz, na oblação de Cristo no banquete eucarístico e na Mãe do Redentor e Mãe dos Redimidos, a Virgem, que faz sua oferta a Deus.”

Embora a celebração litúrgica seja nova, o desejo de reconhecimento oficial desse título de Maria teve muitos apoiadores ao longo dos anos.

Por exemplo, São João Paulo II defendeu esse título em várias ocasiões. Ele o mencionou pela primeira vez em sua encíclica Redemptoris Mater, onde recordou as palavras de São Paulo VI em referência a este título.

Durante o Concílio, o Papa Paulo VI afirmou solenemente que Maria é Mãe da Igreja, «isto é, Mãe de todo o povo cristão, tanto dos fiéis como dos Pastores». Mais tarde, em 1968, na Profissão de Fé conhecida com o nome de «Credo do Povo de Deus», repetiu essa afirmação de forma ainda mais compromissiva, usando as palavras: «Nós acreditamos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja, continua no Céu a sua função maternal em relação aos membros de Cristo, cooperando no nascimento e desenvolvimento da vida divina nas almas dos remidos».

Mais tarde, ele explicou em uma audiência geral em 1997 que: “o Papa Paulo VI gostaria que o próprio Concílio Vaticano II proclamasse ‘Maria Mãe da Igreja, isto é, de todo o Povo de Deus, dos fiéis e de seus Pastores. ‘Ele fez isso sozinho em seu discurso no final da terceira sessão do Conselho (21 de novembro de 1964), pedindo também que ‘a partir de agora a Santíssima Virgem seja honrada e invocada com este título por todo o povo cristão’.”

Em particular, São João Paulo II favoreceu fortemente esse título de Maria desejando que a Igreja olhasse para Maria como um modelo de imitação. Ele explica isso primeiro em Redemptoris Mater.

[Na] sua nova maternidade no Espírito, Maria abraça todos e cada um na Igreja e abraça todos e cada um através da Igreja. Nesse sentido, Maria, Mãe da Igreja, também é o modelo de Igreja. De fato, como Paulo VI espera e pede, a Igreja deve extrair “da Virgem Mãe de Deus a forma mais autêntica de perfeita imitação de Cristo”.

Os cristãos erguem os olhos com fé para Maria no curso de sua peregrinação terrena, eles “se esforçam para crescer em santidade”. Maria, a exaltada Filha de Sião, ajuda todos os seus filhos, onde quer que estejam e qualquer que seja sua condição, a encontrarem em Cristo o caminho para a casa do Pai.

A Igreja, então, vê Maria como um exemplo supremo de fidelidade, mas também de maternidade. O amor de Maria por toda a humanidade direciona o amor da Igreja e mostra à Igreja como cuidar de seus filhos.

João Paulo II acreditava firmemente que essa denominação de Maria era vital para o ministério da Igreja e teria o prazer de vê-la enfatizada nesta nova celebração litúrgica que se segue ao Pentecostes.


https://pt.aleteia.org/2020/06/01/por-que-joao-paulo-ii-queria-que-maria-fosse-chamada-de-mae-da-igreja/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt


Livra do peso dos nossos pecados.

  Afrouxa os laços de nossas impiedades e nos livra do peso dos nossos pecados. Tem piedade de mim, ó Senhora, e cura minha doença. Tira a a...