sábado, 2 de fevereiro de 2019

Foi em um sonho que São João Bosco aprendeu o poder do Rosário

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Uma cobra sinistra não é páreo para uma sequência de Ave-Marias

São João Bosco era um sacerdote cuja intensa vida espiritual foi marcada por visões ou “sonhos”, como ele os chamava. D. Bosco escreveu sobre um deles em uma carta para seus alunos.
O sonho ocorreu na véspera da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria e, nele, um estranho se aproximou e lhe pediu que olhasse para algo no chão.
Ele me levou para um prado ao lado do parquinho e apontou para uma cobra imensa e feia, com mais de vinte pés de comprimento, enrolada na grama. Assustado, eu queria fugir, mas o estranho me segurou. ‘Aproxime-se e dê uma boa olhada’, disse ele.
‘O quê?’. Eu engasguei. ‘Você não percebe que o monstro pode saltar sobre mim e me engolir em pouco tempo?’
‘Não tenha medo! Nada vai acontecer. Apenas venha comigo.’”
O estranho, então, pegou uma corda e pediu a São João Bosco para bater com ela na cobra. 
“Nós esticamos a corda e, em seguida, batemos nas costas da serpente. O monstro imediatamente se levantou e se debateu contra a corda, mas, ao fazê-lo, enrolou-se como em um laço.
A cobra começou a lutar e morreu rapidamente. Então o estranho pegou a corda e a colocou em uma caixa. O que aconteceu em seguida foi surpreendente (…).
Depois de alguns instantes, ele abriu a caixa. Olhamos para dentro e ficamos surpresos ao ver  que a corda tinha formado as palavras ‘Ave-Maria’.
‘Como isso aconteceu?’, perguntei.
‘A serpente’, respondeu o homem, ‘é um símbolo do diabo, enquanto a corda representa a Ave-Maria ou, melhor, o Rosário, uma sucessão de Ave-Marias com a qual podemos atacar, conquistar e destruir todos os demônios do inferno'”. 
São João Bosco levou a lição a sério e escreveu aos seus alunos: “Vamos, devotadamente, rezar uma Ave-Maria sempre que somos tentados, e, com certeza, vamos vencer.”
A experiência confirma o que muitos exorcistas disseram sobre o poder da Virgem Maria sobre o diabo. Satanás é fortemente humilhado pela pureza e simplicidade da Mãe Santíssima e corre o mais rápido que pode sempre que ouve o nome dela. 
É um lembrete poderoso, que nos incita a rezar o Rosário devotamente quando nos sentirmos ameaçados pelo maligno.

https://pt.aleteia.org/2019/01/31/foi-em-um-sonho-que-sao-joao-bosco-aprendeu-o-poder-do-rosario/

A carta de Maria para Santo Inácio de Antioquia


Não há comprovação da veracidade da carta, mas o texto nos convida a uma bela reflexão

Será mesmo que a Virgem Maria escreveu alguma carta? Embora não existam provas conclusivas de que ela tenha escrito alguma coisa durante a sua vida, há uma tradição que diz que Santo Inácio de Antioquia teria escrito à Santíssima Virgem e ela teria lhe respondido.
Santo Inácio nasceu na Síria e acredita-se que ele tenha sido discípulo de São João Apóstolo. Inácio foi ordenado bispo de Antioquia e tornou-se um dos principais membros da igreja cristã primitiva.
Não existe uma data certa da assunção de Maria ao céu.  Mas os estudiosos dizem que isso pode ter ocorrido entre os anos 44 e 55. De qualquer forma, Inácio provavelmente estaria vivo antes de a Virgem Maria ter deixado esta terra  – e é possível que ele tenha escrito uma carta para ela. Se ele era um discípulo de São João (o discípulo que levou a Mãe Abençoada para sua casa), ele certamente tinha meios de transmitir sua mensagem. Inácio pode até ter conhecido a Virgem Maria.
Qualquer que seja o caso, o documento medieval Legenda Sanctorumrelaciona a seguinte troca de mensagens entre os dois. Primeiro, Santo Inácio escreve à Santíssima Virgem.
Para: Maria, a mãe do Cristo
De: Inácio 
A senhora poderia fortalecer e consolar-me, um discípulo de João, com quem aprendi muitas coisas sobre o seu Jesus, coisas maravilhosas para contar, e estou perplexo ao ouvi-las. O desejo do meu coração é ter certeza sobre essas coisas que ouvi por você, que sempre esteve tão intimamente próxima a Jesus e compartilhou seus segredos. Permita que os novos cristãos que estão comigo sejam fortalecidos na fé pela senhora, através na senhora e na senhora.
A Mãe Santíssima teria sido gentil em oferecer a resposta: 
Para: meu amado discípulo Inácio 
De: esta humilde serva de Cristo Jesus
 As coisas que ouviste e aprendeste com João são verdadeiras. Acredita nelas, agarra-se a elas, sê firme na realização de seu compromisso cristão e modela sua vida nisso. Eu irei com João para visitar-te e aqueles que estão contigo. Permanece firme em tua fé com coragem. Não deixes que as dificuldades da perseguição te sacudam, e que teu espírito seja forte e alegre em Deus. Amém
Vale reforçar que não há certeza sobre a origem dessas cartas, apenas a história de que elas foram transmitidas durante os anos. 
Independentemente da veracidade, as missivas podem contribuir para uma meditação fascinante. Podemos nos imaginar no século I e nos perguntar se, naquela época, escreveríamos uma carta para Maria, a Mãe de Deus. Ela era bem conhecida na Igreja primitiva e teria sido uma conselheira muito procurada e ansiosa por ajudar outras pessoas a amarem seu Filho.

https://pt.aleteia.org/2019/02/01/a-carta-de-maria-para-sao-inacio-de-antioquia/

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Pecador desesperado


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"Lê-se na parábola do joio que, tendo crescido num campo essa má erva juntamente com a boa semente, os servos quiseram arrancá-la (Mt 13,29). O Senhor, porém, lhes objetou:

“Deixai-a crescer; mais tarde a arrancaremos para lançá-la ao fogo” (Mt 13,30)

Infere-se desta parábola, por um lado, a paciência de Deus para com os pecadores, e por outro o seu rigor para com os obstinados. Diz Santo Agostinho que o demônio seduz os homens por duas maneiras: “Com desespero e com esperança”. Depois que o pecador cometeu o delito, arrasta-o ao desespero pelo temor da justiça divina; mas, antes de pecar, excita-o a cair em tentação pela esperança na divina misericórdia. É por isso que o Santo nos adverte, dizendo:

“Depois do pecado tenha esperança na divina misericórdia; antes do pecado tema a justiça divina”

E assim é, com efeito. Porque não merece a misericórdia de Deus aquele que se serve da mesma para ofendê-lo. A misericórdia é para quem teme a Deus e não para o que dela se serve com o propósito de não temê-lo.

Aquele que ofende a justiça — diz o Abulense — pode recorrer à misericórdia; mas a quem pode recorrer o que ofende a própria misericórdia? Será difícil encontrar um pecador a tal ponto desesperado que queira expressamente condenar-se. Os pecadores querem pecar, mas sem perder a esperança da salvação. Pecam e dizem: Deus é a própria bondade; mesmo que agora peque, mais tarde confessar-me-ei. Assim pensam os pecadores, diz Santo Agostinho. Mas, meu Deus, assim pensaram muitos que já estão condenados.

“Não digas — exclama o Senhor — a misericórdia de Deus é grande: meus inumeráveis pecados me serão perdoados com um ato de contrição” (Ecl 5,6)

Não faleis assim — nos diz o Senhor — e por quê?

“Porque sua ira está tão pronta como sua misericórdia; e sua cólera fita os pecadores” (Ecl 5,7)"

Santo Afonso de Ligório, Preparação para a morte.

Provas do seu amor



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"Se é verdade, ó meu Jesus, que por meu amor abraçastes uma vida penosa e uma morte amargosa, posso dizer com razão, que a vossa morte é minha, que são minhas as vossas dores, meus os vossos merecimentos, que, em suma,Vós mesmo sois meu, já que por meu amor Vos entregastes a tão grandes padecimentos. Ah, meu Jesus! Nada me aflige tanto como o pensar que houve um tempo em que Vós éreis meu, e eu voluntariamente Vos tenho perdido repetidas vezes. Perdoai-me e estreitai-me ao vosso peito, nem permitais que eu ainda torne a ofender-Vos. Amo-Vos de toda a minha alma. Vós quereis ser todo meu, eu quero ser todo vosso.

O Filho de Deus, por ser Deus verdadeiro, é infinitamente feliz. Contudo, observa Santo Tomás, Ele tem feito e padecido tanto por amor do homem, como se sem este não pudesse ser feliz: quasi sine ipso beatus esse non posset. Se Jesus Cristo, durante a sua vida terrestre, tivera de merecer a eterna bem-aventurança para si mesmo, que é que mais pudera fazer do que carregar-se de todas as nossas fraquezas, tomar sobre si todas as nossas misérias, para depois terminar a vida com uma morte tão dura e ignominiosa? Mas Jesus era inocente, santo e bem-aventurado em si mesmo; tudo quanto tem feito e padecido, tem-no feito a fim de merecer para nós a graça divina e o paraíso perdido. — Desgraçado de quem não Vos ama, ó Jesus meu, e não vive abrasado no amor de tão grande bondade!

II. Se Jesus Cristo nos houvera permitido, que lhe pedíssemos as provas mais manifestas do seu amor, quem jamais se teria animado a pedir-lhe, se fizesse criança semelhante às outras crianças, abraçasse todas as nossas misérias, se fizesse entre os homens, o mais pobre, o mais desprezado, o mais mal tratado, até morrer à força de tormentos sobre um lenho infame, amaldiçoado e abandonado de todos, mesmo do seu próprio Pai? Mas o que não nos animaríamos nem sequer a imaginar, Jesus o excogitou e fez."

LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo I: Desde o Primeiro Domingo do Advento até a Semana Santa Inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 104-105

Castigo



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"Se Deus castigasse imediatamente a quem o ofende, não se veria, sem dúvida, tão ultrajado como o é atualmente. Mas, porque o Senhor não sói castigar logo, senão que espera benignamente, os pecadores cobram ânimo para ofendê-lo. É preciso, porém, considerar que Deus espera e é pacientíssimo, mas não para sempre. É opinião de muitos Santos Padres (de São Basílio, São Jerônimo, Santo Ambrósio, São Cirilo de Alexandria, São João Crisóstomo, Santo Agostinho e outros) que Deus, assim como determinou para cada homem o número dos dias de vida, e dotes de saúde e de talento que lhe quer outorgar (Sb 11,21), assim, também, contou e fixou o número de pecados que lhe quer perdoar. E, completo esse número, já não perdoa mais, diz Santo Agostinho. Eusébio de Cesaréia e os outros Padres acima citados afirmam o mesmo. E não falaram estes Padres sem fundamento, mas baseados na Sagrada Escritura. Diz o Senhor, em certo lugar do texto, que adiava a ruína dos amorreus porque ainda não estava completo o número de suas culpas (Gn 15,16). Em outra parte diz:

“Não terei no futuro misericórdia de Israel (Os 1,6). Já por dez vezes me provocaram. Não verão a terra” (Nm 14,22-23)

E no livro de Jó se lê:

“Tendes selado, como num saco, as minhas culpas” (Jó 14, 17)

Os pecadores não tomam conta dos seus delitos, mas Deus enumera-os bem, a fim de os decifrar quando a seara estiver madura, isto é, quando estiver completo o número de pecados (Joel 3,13). Em outra passagem lemos:

“Não estejas sem temor da ofensa que te foi perdoada e não amontoes pecado sobre pecado” (Ecl 5,5)."

Santo Afonso de Ligório, Preparação para a morte

Resistência as tentações

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"Se fores, pois, molestada por tais tentações, alma cristã, não deves perder a coragem, antes, animosamente combater, empregando os meios que te vou indicar, e não sucumbirás:

a) O primeiro é humilhar-se continuamente diante de Deus. O Senhor castiga muitas vezes os espíritos soberbos, permitindo que caiam em qualquer pecado impuro. Sê, pois, humilde, e não confies em tuas próprias forças. Davi confessa que caiu no pecado por não ter se humilhado e ter confiado demais em si mesmo: "Antes de me haver humilhado, eu pequei" (Sl 118, 67). Devemos temer sempre a nossa própria fraqueza e colocar em Deus toda a nossa confiança, esperando firmemente que nos preserve desse vício.

b) O segundo meio é recorrer imediatamente a Deus, sem entrar em diálogo com a tentação. Logo que se apresentar ao nosso espírito um pensamento impuro, devemos elevar a Deus imediatamente o nosso pensamento ou dirigi-lo a qualquer objeto indiferente. A coisa melhor será invocar imediatamente os Santíssimos Nomes de Jesus e Maria, e não cessar de repeti-los até desaparecer a tentação. Se ela for muito forte, será bom repetir muitas vezes o seguinte propósito: Ó meu Deus, prefiro morrer a Vos ofender. Peça-se socorro, dizendo: Ó meu Jesus, socorrei-me. Maria, assisti-me. Os Nomes de Jesus, Maria e José possuem uma força especial para afugentar as tentações do demônio.

c) O terceiro meio é a recepção assídua dos Santos Sacramentos da Confissão e da Comunhão. É de suma importância revelar quanto antes ao confessor as tentações impuras. "Uma tentação revelada já está meio vencida", diz São Filipe Néri. E se alguém teve a infelicidade de consentir em uma tentação, não se demore nenhum instante em se confessar disso. São Filipe Néri livrou um rapaz desse vício, induzindo-o a confessar-se logo depois de cada queda.

A Santa Comunhão, está fora de dúvida, confere uma grande força na resistência às tentações desonestas. O Sangue de Jesus Cristo, que recebemos na Sagrada Comunhão, é chamado pelos Santos de 'Vinho gerador de Virgens' (Zac 9, 17). O vinho natural é um perigo para a castidade; este Vinho Celestial é o seu conservador.

d) O quarto meio é a devoção à Imaculada Mãe de Deus, que é chamada a Virgem das Virgens. Quantos jovens não se conservaram puros e castos como Anjos, devido à devoção à Santíssima Virgem!

e) O quinto meio é a fuga da ociosidade. O Espírito Santo diz (Ecli 33, 21): "A ociosidade ensina muita coisa má", isto é, ensina a cometer muitos pecados. E o profeta Ezequiel (Ez 16, 49), assevera que foi a ociosidade a causa das abominações e ruína final dos habitantes de Sodoma. Conforme São Bernardo, a ociosidade motivou a queda de Salomão. Por isso São Jerônimo exorta a Rústico (Ep. ad Rust., 2) que esteja sempre ocupado, para que o demônio não o preocupe com suas tentações. "Quem trabalha é tentado por um demônio só; quem vive ocioso, é atacado por uma multidão deles", diz São Boaventura.

f) O sexto meio consiste no emprego de todas as precauções exigidas pela prudência, tais como a modéstia dos olhos, a vigilância sobre as inclinações do coração, a fugida das ocasiões perigosas, etc."

Santo Afonso de Ligório, Tratado da Castidade

Livra do peso dos nossos pecados.

  Afrouxa os laços de nossas impiedades e nos livra do peso dos nossos pecados. Tem piedade de mim, ó Senhora, e cura minha doença. Tira a a...