quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Como fazer a sua oração de Oferecimento da Manhã

PORANEK

Este hábito, que é simples de adquirir e manter, poderá transformar o seu dia-a-dia - e, portanto, a sua vida inteira!

A oração de Oferecimento da Manhã é antiga – e é um hábito fácil de adquirir.
Alguns anos atrás, durante a Quaresma, um amigo me enviou algumas orações de oferecimento. Eu li que a oração da manhã é uma forma de oferecer a Deus todo o dia que vem pela frente – o bem e o mal, as provações e sacrifícios, bem como as alegrias e bênçãos. Eu comecei a fazê-la todas as manhãs e logo estava habituada.
Como muitos católicos, eu já costumava fazer oferecimentos pontuaisaqui e ali ao longo do dia:
“Meu Deus, eu Te ofereço o meu esforço para lidar com este aborrecimento! Me ajuda!”
Isso envolvia muitos aspectos do cotidiano: desde a espera de duas horas no consultório médico até o fato de meu filho ter abandonado a fé, passando por qualquer outro tipo de problema, eu sempre tentaria colocar nas minhas orações do dia-a-dia uma infinidade de intenções. Com o oferecimento da manhã, o dia inteiro já é “coberto” com antecedência, de modo que, ao longo da jornada, se torna mais espontâneo ir renovando as ofertas espirituais.
Podemos transformar o nosso dia inteiro numa contínua oferta através desta oração simples, começando o dia por entregá-lo a Deus através da Sua Mãe Santíssima. A oração dedica todo o nosso dia e todo o nosso ser a Deus. Todos os nossos esforços são voltados ao propósito de Deus de nos santificar!
Esse hábito renova a nossa consciência de que cada dia é um presente inspirador de gratidão pelas bênçãos e alegrias vividas – e pode ser praticado em menos de três minutos!
Durante séculos, as pessoas fizeram variações da prece de oferecimento da manhã. Uma das versões mais conhecidas hoje é esta, composta pelo pe. Francois Xavier Gaulrelet em 1844 para o seu ministério de Apostolado da Oração, que ele fundou naquele mesmo ano:
“Jesus, através do Imaculado Coração de Maria, ofereço-Vos as minhas orações, obras, alegrias e sofrimentos deste dia por todas as intenções do Vosso Sagrado Coração, em união com o Santo Sacrifício da Missa por todo o mundo, pela salvação das almas, pela reparação dos pecados, pela união de todos os cristãos e, em particular, pelas intenções do Santo Padre neste mês. Amém”.
Papa São João Paulo II disse, certa vez, que a prática de rezar o oferecimento da manhã é “de importância fundamental na vida de todos e de cada um dos fiéis“. É um lembrete diário a tornarmos toda a nossa vida “um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Romanos 12, 1).
Esta oração vai fazer diferença na sua vida. E você vai querer rezá-a todos os dias, o ano todo.
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Adaptado de artigo de Patty Knap

Quem não se recolhe não escuta o Espírito Santo

MINDFULNESS

O Espírito Santo “nos ilumina interiormente sobre o que devemos fazer”; aprenda a ouvi-lo

“O homem espiritual não se move principalmente a realizar alguma coisa pelo movimento de sua própria vontade, senão pelo instinto do Espírito Santo.” (Pe. Antonio Royo Marín)
Depois de termos falado da “vida na carne” em seu sentido mais literal, por assim dizer, ou seja, de quem vive na lama do pecado mortal e vai se arrastando miseravelmente, dia após dia, até a condenação eterna, é chegado o momento de falarmos sobre a “vida na carne” que levam inclusive os que se encontram em estado de graça. A ideia aqui é darmos um passo a mais, deixando de lado o fosso e olhando para as pessoas que já entraram no “castelo interior” de suas almas.
Sim, porque ainda que o pecado grave continue sendo “uma tragédia possível para todos”, “para as almas fervorosas ou desejosas de sê-lo, o problema constante não é a luta contra o pecado, mas o esforço positivo pela perfeição” [1].
Ou seja, os cristãos precisamos tomar consciência de que não bastaobservar os Mandamentos: o jovem rico, depois de dizer ao Senhor que não matava, não cometia adultério, não furtava, não mentia etc., teve ainda de ouvir do Mestre: “Uma coisa te falta” (Mc 10, 21). Jesus fixou nele o olhar e amou a sua vida, mas não é suficiente deixar, ainda que sob o impulso do Espírito Santo, de fazer as coisas erradas; é preciso invocar o auxílio do mesmo Espírito também para fazeras coisas certas, e fazê-las bem.
Afastemos aqui, desde já, um grande erro: o de acharmos que a intervenção divina na história cessou com a vinda de Cristo, ou que se limita à vida de alguns poucos escolhidos, a uma “casta” separada para chegar à sétima morada, e pronto. A muitos parecerá “presunção”, de fato, esse clamor pelo Espírito, para que nos oriente e ilumine os caminhos que devemos seguir, mas o pe. Antonio Royo Marín garante que, considerando que a terceira Pessoa da Santíssima Trindade habita na alma do justo,
se deixássemos de lado todas as coisas da terra e nos recolhêssemos em silêncio e paz em nosso próprio interior, ouviríamos sem dúvida sua doce voz e as insinuações do seu amor. Não se trata de uma graça extraordinária, mas totalmente normal e ordinária em uma vida cristã seriamente vivida [2].
Essa doutrina é confirmada por ninguém menos que Santo Tomás de Aquino, o qual explica que os filhos de Deus, que se deixam mover pelo Espírito Santo, “são regidos como por certo condutor e diretor, que é o que faz em nós o Espírito, enquanto nos ilumina interiormente sobre o que devemos fazer [illuminat nos interius quid facere debeamus]” [3].
Ainda que seja um exemplo tomado das alturas, olhemos para como São José, pensando em abandonar em segredo a Santíssima Virgem, foi visitado pelo Anjo e decidiu desposá-la. Sua primeira ideia não era pecaminosa; era a postura correta e que se esperava de um “homem justo”. A santidade, no entanto, pede que sejamos não apenas justos, no sentido mais comezinho da palavra, mas que ajamos sobrenaturalmente. Foi o que fez São José, preterindo sua primeira resolução e dispondo-se a seguir o conselho do Anjo. Não o tivesse feito, em que apuros não teriam ficado Maria e seu divino Filho? E a obra de nossa salvação, que riscos não teria corrido?
Também a nós é pedido que sigamos, no caminho da perfeição, algo mais do que a justiça simplesmente humana, sob pena de levarmos uma vida “na carne”, e não no Espírito: “A maior parte das pessoas religiosas, mesmo as boas e virtuosas, não seguem em sua conduta particular e na dos outros senão a razão e o bom senso, no qual muitos deles se sobressaem. Essa regra é boa, mas não é suficiente para a perfeição cristã” [4].
É por isso que, só para citar o exemplo de algo que faziam todos os santos, o Beato Carlos da Áustria, “antes de qualquer escolha importante, […] retirava-se para a capela, sozinho, para poder ponderar a sua decisão diante do Santíssimo e ‘rezar a seu respeito’, como costumava dizer” [5]. Era um homem que tinha fé menos em cálculos humanos que no Espírito, o qual não só “nos ilumina interiormente sobre o que devemos fazer”, como dá todas as forças necessárias para que ponhamos mãos à obra.
A essas iluminações e forças que a terceira Pessoa da Trindade transmite a nossas almas a teologia mística dá o nome de graças atuais, e é da fidelidade a elas que depende o grande negócio da nossa salvação eterna. O Santo Cura d’Ars dizia que, “se se perguntasse aos condenados: por que estais no inferno?, eles responderiam: por ter resistido ao Espírito Santo; e se se perguntasse aos santos: por que estais no céu?, estes responderiam: por haver escutado o Espírito Santo” [6].
Mas — batamos uma vez mais nessa tecla, porque há muitos falando do Espírito, mas poucos vivendo nEle — quem poderá escutar a voz de Deus sem oração, sem “retiro” e sem recolhimento? Quem poderá sentir-lhe as inspirações estando no barulho de uma rave? Como poderá ser guiado pelo Espírito Santo quem  o que faz é deixar-se conduzir, a todo momento, pelas solicitações do mundo? Como ouvirá a voz do doce Hóspede da alma quem  o que faz é atender aos impulsos da própria carne? Como perceberá o toque suave da graça quem não é capaz de desligar, por alguns minutos que seja, as notificações do seu smartphone, as séries da sua Netflix ou as músicas de seu serviço de streaming?
Se deixássemos de lado todas as coisas da terra” — atentemo-nos de novo ao que diz o Pe. Royo Marín — “e nos recolhêssemos em silêncio e paz em nosso próprio interior, ouviríamos sem dúvida” a voz de Deus “e as insinuações do seu amor”. Se não o ouvimos, portanto, nostra culpa, nostra maxima culpa: falta-nos “uma vida cristã seriamente vivida”; falta-nos deixarmos de lado as coisas da terra. Exemplo sumamente perfeito desse recolhimento tão necessário foi o de Jesus Cristo, o Verbo de Deus encarnado: antes de seu ministério público,
quarenta dias de deserto precedidos de trinta anos de silêncio. A este preço se salva o mundo. Recolher-se, e somente depois de recolher-se, dar-se. A “solidão” é quem nos julga. Não sejamos jamais “o vagabundo que nunca está em casa”. E recordemos sempre que “mede-se o valor de uma pessoa pela capacidade de isolamento que nela existe” [7].
Convençamo-nos de uma vez que não há outra forma de nos tornarmos cristãos de verdade senão silenciando e rezando; senão se recolhendo e, depois, entregando-se; senão correspondendo, em tudo o que fizermos — e não apenas em uma área específica da nossa vida, e não apenas indo à Missa aos domingos, e não apenas realizando este ou aquele ato de piedade —, às graças atuais com que Deus quer nos fazer santos, e grandes santos.
Se nos parece demasiado alta a meta, não nos deixemos desanimar! Exorcizemos de nossos corações a tristeza com que o jovem rico deixou a famosa cena evangélica; inflamemo-los diante do nobre ideal que Deus nos coloca diante dos olhos; combatamos com todas as forças esse espírito de tibieza, essa pusilanimidade, esse “ânimo pequeno” e falta de “ambição” espiritual, que pouco a pouco vai debilitando e paralisando, até a inércia — isso quando não faz voltar à vida velha nos pecados mortais… pois é certo que, na vida espiritual, quem não avança inevitavelmente recua.

Referências

  1. Pe. Raul Plus, La fidelidad a la gracia, trad. esp. de A. de Miguel Miguel, [s.l.: s.n.], 1951, p. 59.
  2. Pe. Antonio Royo Marín, Teología de la perfección cristiana (n. 638), 14.ª ed., Madri: BAC, 2015, p. 781.
  3. Santo Tomás de Aquino, Super Epistulam ad Romanos, c. VIII, l. 3.
  4. Pe. Antonio Royo Marín, op. cit. (n. 637), p. 780.
  5. Giovanna Brizi, A vida religiosa do Beato Carlos da Áustria, 2.ª ed., Rio de Janeiro, Edições Lumen Christi, 2014, p. 41.
  6. Apud Pe. Raul Plus, op. cit., p. 6.
  7. Id., p. 36.

Uma breve oração para unir o seu coração ao de Jesus

WOMAN, PRAY, CHURCH

Jesus quer entrar em nossa vida pela porta do coração

Muitas vezes, quando procuramos dedicar nossas vidas a Deus, pensamos primeiro nos vários hábitos externos que precisamos mudar. Embora isso possa ser passo na direção certa, Deus prefere que comecemos com a raiz de tudo: nosso coração.
É o nosso coração que orienta a motivação de nossas atividades e influencia não apenas nossas ações, mas também nossos pensamentos e palavras.
Uma maneira de começar essa transformação do coração é consagrá-lo a Deus. Isso pode ser feito de várias maneiras, mas para começar, aqui está uma pequena oração para ser feita diariamente por essa intenção. Os efeitos podem não ser imediatamente evidentes, mas com o tempo você perceberá como um coração contrito mudará o resto de sua vida.
Ó Sagrado Coração de Jesus, cheio de amor infinito, partido pela minha ingratidão, trespassado pelos meus pecados, mas ainda assim me amando, aceita a consagração que eu faço a Ti, de tudo o que sou e tudo o que tenho. Toma todas as faculdades da minha alma e do meu corpo e me atrai, dia após dia, cada vez mais perto do lado sagrado deles, e lá, enquanto eu puder suportar a lição, ensina-me Tuas maneiras abençoadas! Amém.

https://pt.aleteia.org/2019/06/25/uma-breve-oracao-para-unir-o-seu-coracao-ao-de-jesus/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt 

O perigosíssimo caminho que Maria percorreu para visitar Isabel

MARY VISITS ELIZABETH

O gesto de generosidade de Maria poderia ter tido um final bem diferente

O Evangelho de São Lucas narra que a Virgem Maria, após receber a notícia sobre a concepção de sua prima, “levantou-se e foi com pressa para a região montanhosa, para uma cidade de Judá, e ela entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel ”(Lucas 1, 39-40).
Acredita-se que Maria tenha recebido a mensagem da gravidez de Isabel quando residia em Nazaré. Já Isabel morava em Ein Karem na época, e a distância entre as duas aldeias é de aproximadamente 150 quilômetros. 
Ein Karem fica nos arredores de Jerusalém e fica a 754 metros acima do nível do mar, enquanto Nazaré está a 346 metros. Isso significa que Maria teve que subir morro acima! Além da dificuldade física, o caminho tinha muitos perigos ocultos. Acredita-se que o caminho de terra que cruzava a região montanhosa tenha sido um local popular para os bandidos, que surpreenderiam os viajantes desavisados.
A boa notícia é que a Virgem Maria, provavelmente, não estava sozinha. Embora o Evangelho apenas mencione Maria neste trajeto, faz sentido acreditar que José tenha garantido a segurança de sua noiva.
Segundo o escritor J. A. Loarte, “provavelmente tenha sido José que providenciou a viagem, procurando uma caravana em que a Santíssima Virgem pudesse viajar em segurança. (…). Alguns comentaristas até acham que ele foi com Maria até Ain Karim”. 
Com isso em mente, não é nenhuma surpresa o fato de Maria ter tido “pressa” para visitar Isabel. Ela realmente esperava que sua caravana não fosse atacada por aqueles que espreitavam nas sombras e nas cavernas das montanhas.
A Visitação apresentava muitos riscos para Maria, mas ela confiava que Deus a protegeria e lhe permitiria ajudar sua prima idosa. É um belo mistério, que só passamos a entender quando aprendemos um pouco sobre a geografia e os obstáculos que Maria teve que superar pelo caminho. 

https://pt.aleteia.org/2019/05/31/o-perigosissimo-caminho-que-maria-percorreu-para-visitar-isabel/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Sobre uma Mãe que está sempre aqui, por nós

MARYJA


Nos momentos em que tudo parece cinza, é necessário que entreguemos nossos corações nas mãos da Virgem Maria

Hoje, escrevo sobre a Virgem Maria. Ela que foi exemplo de mãe, de mulher e de serva. Ela, que foi digna o suficiente de ser elevada pelo seu Filho Jesus, até o céu.
Não raramente percebo pessoas carentes de amor e pessoas com dificuldade de deixar que Deus realize a Sua vontade em suas vidas. Nestes momentos, em que tudo nos parece cinza, é necessário que entreguemos nas mãos da Virgem Maria nossos corações por inteiro. Quando digo “por inteiro”, refiro-me a tudo de bom e de ruim que sentimos durante o trilhar desta vida. Nossos medos, temores, angústias, alegrias e todo o amor que recebemos.
Maria foi exemplo de espera, recolhimento e humildade. Ela aceitou a vontade de Deus em sua vida e, em nenhum momento, perdeu sua fé diante das adversidades e do seu sofrimento. Sua fé e esperança de que a promessa de Deus fosse cumprida em sua vida foram muito maiores do que a dor que viria a sentir.
 
Maria, teve coragem e paciência suficientes para esperar até mesmo a grande dor que viria a sentir ao ter uma espada transpassando sua alma, ao ver seu filho Jesus crucificado numa cruz. Afinal, ela sabia que este momento chegaria.
 
Que possamos nós sofrer todas as demoras de Deus com a certeza de que, quando aceitamos suas demoras com alegria e com o coração contido – assim como Maria o fez – seremos recompensados eternamente no céu.
Peçamos ajuda a Maria, aquela que foi exemplo de confiança, força e esperança em todos os momentos, para que tenhamos força suficiente para trilhar nossa jornada nesta terra da forma mais admirável e doce possível.

https://pt.aleteia.org/2019/08/21/sobre-uma-mae-que-esta-sempre-aqui-por-nos/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt

A surpreendente história católica dos nomes das flores

FLOWERS


Aprender alguns dos nomes religiosos das flores pode ser uma maneira maravilhosa de lembrar de Deus durante o dia

Já se perguntou de onde vêm os nomes caprichosos e criativos das flores? Acontece que muitos nomes de flores têm raízes católicas.
Os nomes religiosos de flores religiosas se originaram, como tantas grandes coisas, na Idade Média. Numa época em que as sociedades humanas estavam muito mais ligadas aos ciclos naturais das estações e ao calendário litúrgico, e quando lendas piedosas respondiam aos mistérios do mundo natural, as flores eram facilmente associadas a várias festas e imagens religiosas.
Algumas dessas conexões persistiram até nossos dias – azevinho e hera na época do Natal, por exemplo. Mas no medievo, o simbolismo das flores desempenhou um papel importante e útil aos fiéis. Nomes de flores chegaram a ser usados ​​como um meio de catequese.
Katrina Harrington, uma artista católica e mãe de cinco filhos, cuja arte foca no simbolismo mariano das flores, explica um pouco da história por trás da tradição.
“Vitrais nas igrejas se originaram porque as pessoas não tinham livros, e não apenas elas não tinham livros, mas não sabiam ler. Então, vitrais eram um meio de catequese para as massas”, diz Harrington.
Os nomes das flores desempenharam papel semelhante. “Os padres narravam lendas sobre flores, e os nomes das flores tornavam-se método de catequese”.
Surgiu uma conexão entre as épocas do ano, as flores e o calendário litúrgico.
As Hostas, por exemplo, eram chamadas de “Lírios da Assunção”, pois geralmente florescem em torno dessa festividade de 15 de agosto. Geralmente, as Aquilégias florescem em torno da festa da Visitação, em 31 de maio, quando Maria viajou para visitar sua prima Isabel. Sendo assim, foram chamadas de “sapatos de Nossa Senhora”.
Muitas flores receberam o nome de Maria. Narcisos eram chamados de Estrelas de Maria, as Dicentras eram Lágrimas de Maria, as Calêndulas eram o Ouro de Maria e a Gypsophila era o Véu de Nossa Senhora.
Para o homem ou a mulher da Idade Média, essas flores comuns tornaram-se rosários vivos, cobrindo a superfície da Terra. Os nomes religiosos das flores não eram apenas contos pitorescos para crianças, mas ofereciam lembranças da vida eterna e chamavam os piedosos a uma contemplação mais profunda das verdades sagradas.
As flores ainda oferecem essa oportunidade, chamando gentilmente os fiéis a voltarem suas mentes e corações para Deus.
Aprender alguns dos nomes religiosos das flores pode ser uma maneira maravilhosa de lembrar de Deus durante o dia e contemplar mais profundamente Sua mensagem de amor e redenção, especialmente se você for um “jardineiro(a)” com suas próprias flores para cuidar.
Mas mesmo que você nunca tenha a chance de aprender os nomes religiosos das flores, apenas perceber a beleza da criação de Deus já é oportunidade de dar graças.
“Deus é o artista mais prolífico e está sempre tentando nos conduzir a Ele através da beleza”, diz Harrington. “Deus está nos dando essas dicas em toda parte por meio de Sua criação.”

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Por que dizemos que Nossa Senhora é rainha? Bento XVI responde

POPE BENEDICT XVI

"O título de Rainha é um grau de confiança, alegria e amor", disse certa vez o Papa Emérito

Em sua catequese do dia 22 de agosto de 2012, festa litúrgica de Nossa Senhora Rainha, o então Papa Bento XVI explicou este título e esta devoção mariana.
Para Bento XVI, chamamos Maria de rainha por causa de seu filho, Jesus:
“Maria é rainha porque ela está associada, portanto, apenas ao seu Filho, tanto na viagem terrestre, quanto na glória do céu. O grande santo Efrém da Síria diz sobre a realeza derivada da maternidade divina de Maria: ‘Ela é a Mãe do Senhor, o Rei dos Reis, e nos mostra Jesus como salvação, a vida e nossa esperança'”.
Bento XVI também explicou que a “realeza” de Maria é bem diferente daquela que estamos acostumados a ver nos dias atuais:
“[Existe] uma idéia popular de rei ou rainha, relacionada a uma pessoa com poder e riqueza, mas este não é o tipo de realeza de Jesus e Maria. Pensemos no Senhor, a realeza de Cristo está sendo tecida de humildade, serviço, amor e acima de tudo servir, de ajudar e de amar(…) É um rei que serve os seus servidores, como tem demonstrado ao longo de sua vida. E o mesmo vale para Maria, rainha a serviço de Deus e da humanidade, é rainha do amor que vive o dom de si a Deus para entrar no projeto da salvação humana.”
O Papa também lembrou as invocações que fazemos à Virgem Maria Rainha (no Santo Rosário, na oração Salve Rainha, na Ladainha de Loreto) e concluiu:
“Rainha é título de confiança, alegria e amor. E sabemos que Aquela que tem nas suas mãos em parte o destino do mundo é boa, que nos ama e nos ajuda nas nossas dificuldades. Caros amigos, a devoção a Nossa Senhora é um elemento importante da vida espiritual. Na nossa oração não cessemos de nos dirigir com confiança a Ela. Maria não deixará de interceder por nós junto do seu Filho. Olhando para Ele, imitemos a fé, a disponibilidade completa ao desígnio de amor de Deus, o acolhimento generoso de Jesus. Aprendamos a viver de Maria. Maria é a Rainha do céu próxima de Deus, mas é também a Mãe que está perto de cada um de nós, que nos ama e ouve a nossa voz.”

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Oração a Nossa Senhora Rainha

QUEEN OF HEAVEN

"Rainha digníssima do mundo, Maria Virgem perpétua, interceda por nossa paz e saúde"

No dia 22 de agosto, a Igreja Católica celebra a festa litúrgica de Nossa Senhora Rainha, que foi instituída pelo Papa Pio XII. A celebração acontece oito dias após a festa da Assunção de Nossa Senhora. Portanto, fica manifesta a íntima ligação entre a Assunção de Maria e sua coroação no céu.

A celebração do Reinado de Nossa Senhora tem sua origem na festa de Cristo – Rei do Universo, ou, festa do “Reinado de Cristo”. Como Jesus Cristo é Rei, sua mãe terrena, pura e imaculada, também é Rainha. Não se trata de um reino deste mundo, mas de um reinado eterno, universal, segundo a vontade de Deus.
O reinado de Nossa Senhora se faz visível concretamente, para nós que ainda caminhamos neste mundo, através da intercessão, proteção e orientação concedidas por ela para nos conduzir ao Seu Filho.

Oração a Nossa Senhora Rainha

Deus todo-poderoso, que nos destes como Mãe e como Rainha a Mãe do vosso Unigênito, concedei-nos que, protegidos pela sua intercessão, alcancemos a glória dos vossos filhos no reino dos céus.
Rainha digníssima do mundo, Maria, Virgem perpétua, intercedei pela nossa paz e saúde, vós que gerastes o Cristo Senhor, Salvador de todos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.”

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domingo, 18 de agosto de 2019

Dogma da Assunção: afinal, Maria morreu ou dormiu antes de ser elevada aos Céus?


Existem as duas tradições: entenda o que é dito substancialmente por esse dogma fascinante

Uma das dúvidas mais frequentes no tocante ao dogma da Assunção de Nossa Senhora é esta: afinal, ela morreu biologicamente, como todos nós, antes de ser elevada aos Céus, ou não passou pela experiência da morte do corpo?
Vamos tentar entender por partes.

Para começar, o que é um dogma?

Na Igreja Católica, é entendida por “dogma” toda verdade de fé absoluta, definitiva, infalível, irrevogável e inquestionável, revelada por Deus mediante as Sagradas Escrituras ou a Sagrada Tradição, e que, uma vez proclamada como dogma pelo Magistério da Igreja, não pode mais ser revogada nem negada por quem quer que seja: nem sequer pelo Papa ou por um Concílio. Os dogmas, portanto, fazem parte indissociável da doutrina da Igreja.
A respeito de Nossa Senhora, especificamente, há 4 dogmas:

O que diz o dogma da Assunção de Maria?

Esta verdade da nossa fé nos afirma que Maria, Mãe de Jesus, foi glorificada em corpo e alma e levada ao Céu ao final da sua vida terrena.
O dogma foi promulgado em 1º de novembro de 1950, mediante a constituição apostólica Munificentissimus Deus, do Papa Pio XII. O documento pontifício afirma, “ex cathedra“:
“A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.

Assunção é a mesma coisa que Ascensão?

Não. A palavra “assunção” quer dizer que Maria “foi assunta”, “foi assumida”, “foi tomada”, “foi levada” por Deus.
Já a palavra “ascensão” refere exclusivamente a Jesus Cristo, pois significa “subida”: Ele ascendeu aos Céus, subiu aos Céus, por Si mesmo, como Deus.

Mas, então: Maria morreu ou não morreu?

O documento pontifício não especifica se Maria morreu do ponto de vista biológico.
A esse respeito, entrevistado pela agência católica ACI Digital, o respeitado exorcista espanhol pe. José Antonio Fortea comenta que a ambiguidade na constituição apostólica é proposital: “Não foi coincidência; foi expressamente desejada“.
O cerne deste dogma, afinal, “é somente a Assunção“: ou seja, o que é declarado como verdade de fé é que Maria foi assunta por Deus aos Céus. Se ela havia morrido previamente, é uma questão secundária que não afeta o dogma em si: não há demérito algum em morrer, dado que faz parte da natureza humana, nem haveria impedimento algum para que Deus poupasse Maria da morte física, dado que é Deus.
DEATH,ASSUMPTION,MARY
Sailko | CC BY SA 4.0
De fato, as duas possibilidades eram levadas em conta pela tradição. Os cristãos orientais adotaram preponderantemente a interpretação chamada de “dormição da Virgem Maria“: para eles, Nossa Senhora havia dormido, não morrido, e assim foi assunta sem passar pela morte. Em paralelo, também havia a tradição segundo a qual Nossa Senhora tinha, sim, falecido fisicamente, conforme o fluxo natural da vida terrena.
O pe. Fortea conclui:
“Como não havia unanimidade nesse tema e o que os dogmas expressam é a fé, optaram por deixá-lo ambíguo. A Igreja não se opôs às pessoas que disseram uma coisa nem às que disseram outra, sem chegar nunca a esclarecer o tema”.
São João Paulo II, por exemplo, considerava que Nossa Senhora morreu, sim, antes de ser assunta. Na catequese de 25 de junho de 1997, ele afirmou:
“[O Papa Pio XII] não quis negar o fato da morte; apenas não julgou oportuno afirmar solenemente a morte da Mãe de Deus, como verdade que devesse ser admitida por todos os crentes. Refletindo sobre o destino de Maria e sobre a sua relação com o Filho divino, parece legítimo responder afirmativamente: dado que Cristo morreu, seria difícil afirmar o contrário no que concerne à Mãe”.
A substância da Assunção é descrita assim pelo Catecismo da Igreja Católica, em seu número 966:
“A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos”.
WNIEBOWZIĘCIE NAJŚWIĘTSZEJ MARYI PANNY W SZTUCE
Wikipedia | Domena publiczna
Assim sendo, tanto a tradição da dormição quanto a do falecimentocoincidem na essência: por especial privilégio de Deus, Nossa Senhora não experimentou a corrupção do seu corpo, tendo sido assunta ao céu em corpo e alma para viver gloriosamente junto com Jesus.
A vida eterna com Deus é oferecida a todos os que forem salvos, mas, em nosso caso, passaremos normalmente pela morte e pela corrupção física do nosso corpo.
Nosso corpo, no entanto, será ressuscitado e tomará uma forma gloriosa, que não sabemos como será: trata-se de uma certeza de fé garantida por Deus, mas, nesta vida, o modo como ela se dará na eternidade permanece envolto no mistério.

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Papa: que Nossa Senhora nos ajude a ter uma fé forte e alegre

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“Hoje, nesta grande festa de Maria, eu os abençoo"

Peçamos a Nossa Senhora que nos guarde e nos sustente; que tenhamos uma fé forte, alegre e misericordiosa; que nos ajude a ser santos, a encontrar-nos com Ela, um dia, no Paraíso.
Essa foi a mensagem do Papa Francisco publicada no Twitter nesta sexta-feira.
Ao rezar a oração do Angelus nesta quinta-feira, solenidade da Assunção de Maria no Vaticano e na Itália, o Pontífice abençoou terços destinados à Síria.
“Hoje, nesta grande festa de Maria, eu os abençoo e, depois, serão distribuídos às comunidades católicas na Síria como sinal da minha proximidade, especialmente para as famílias que perderem alguém por causa da guerra. A oração feita com fé tem poder! Continuemos a rezar o terço pela paz no Oriente Médio e no mundo inteiro.”
A iniciativa é da Associação “Ajuda à Igreja que Sofre”, no âmbito da campanha ecumênica de oração “Console meu povo”.
Os seis mil terços abençoados pelo Santo Padre foram feitos por artesãos cristãos de Belém e Damasco a fim de serem distribuídos nas paróquias sírias no dia 15 de setembro, por ocasião da festa das Sete Dores da Santíssima Virgem Maria.
Durante as missas e nas procissões, os fiéis vão orar principalmente pelos mortos e suas famílias. Existem cerca de duas mil famílias cristãs que perderam um dos seus entes queridos durante o conflito. Além disso, 800 cristãos foram sequestrados.
Além dos terços, serão distribuídas Bíblias em árabe e cruzes feitas com madeira de oliveira da Terra Santa, doadas pela Igreja Ortodoxa. Nesse mesmo dia, o Santo Padre voltará a participar da iniciativa. Ele abençoará, ao final do Angelus, o ícone da “Santíssima Virgem Maria das Dores, consoladora dos sírios”. O ícone também foi doado pela Igreja Ortodoxa.
Antes de se reunir com os fiéis e peregrinos na Praça S. Pedro, o Papa Francisco recebeu uma delegação de “Ajuda à Igreja que Sofre” na Casa Santa Marta.
O presidente-executivo internacional da Associação, Thomas Heine-Geldern, recordou que “o Santo Padre apoiou nosso compromisso com a Síria e o Oriente Médio em várias ocasiões. Seu apoio a esta nova iniciativa é muito importante para nós. Sua proximidade é um grande consolo para aqueles que perderam entes queridos por causa da guerra”.

Fátima

O prefeito da Congregação para os Bispos presidiu este ano à peregrinação internacional aniversária de agosto ao santuário de Fátima, inserida na 47.ª Semana Nacional das Migrações sob o tema ‘‘Não são apenas migrantes”. Na sua homilia do dia 13, de encerramento desta peregrinação, o prelado canadiano disse que “a mensagem de Fátima permanece mais atual do que nunca, porque nuvens carregadas pairam sobre o planeta e nós não sabemos o que nos reserva o amanhã”.
“Ainda que o Santo Padre venha multiplicando as iniciativas e assumindo a defesa dos mais vulneráveis na causa da paz, nomeadamente através da promoção de uma ecologia humana integral, muitos são os líderes políticos que se fecham cada vez mais ao diálogo, à compaixão e à paz”, alertou D. Marc Ouellet.
O cardeal explicou que sendo “contemporânea da Primeira Guerra Mundial e do seu epílogo revolucionário na Rússia” a mensagem de Fátima “é e continua a ser a Paz, a garantia da paz, da oração e da penitência para a paz do mundo”.
Já na homilia da missa da vigília desta peregrinação, o Prefeito da Congregação para os Bispos invocou a memória de todos quantos têm sido «descartados» pela sociedade e perderam a sua vida no meio da atual crise migratória mundial.
O prelado recordou as palavras que o Papa Francisco utilizou aquando do 6.º aniversário da sua viagem à ilha de Lampedusa, acerca das tribulações que milhões de migrantes e refugiados passam, apenas por quererem chegar a um território onde possam viver uma vida melhor.
“São os últimos enganados e abandonados a morrer no deserto; são os últimos torturados, abusados e violentados nos campos de detenção; são os últimos que desafiam as ondas dum mar impiedoso; são os últimos deixados a morrer em acampamentos de acolhimento”, citou D. Marc Ouellet que deixou uma mensagem de conforto e de esperança aos migrantes e refugiados.

Agosto de 1917: o mês em que Nossa Senhora de Fátima não apareceu no dia 13


Ela só pôde aparecer no dia 19, porque, antes, os três pastorinhos tinham sido presos (!)

Em agosto de 1917, Nossa Senhora de Fátima teve de “quebrar a sequência” das suas aparições no dia 13, registradas de maio até outubro. Ela havia prometido aos três pastorinhos que os visitaria também no dia 13 de agosto de 1917, como vinha fazendo todo dia 13 desde maio e continuaria fazendo até outubro, mas…
Naquele agosto, o administrador de Ourém, Artur de Oliveira Santos, republicano anticlerical e maçom, mandou prender as três crianças e, como se isto não fosse absurdo o suficiente, ainda tentou amedrontá-las com ameaças cruéis, relatadas pela própria Irmã Lúcia nas suas memórias autobiográficas.
Estamos falando de crianças de 7, 8 e 10 anos de idade.
O contexto era de perseguição contra a Igreja – um dos tantos que se sucederam (e se sucedem) ao longo da história sob governos de ideologia autoritária mascarada de “libertadora”. Naqueles anos, o governo republicano português impedia a livre manifestação da fé católica em público.
Eis o que a Irmã Lúcia nos conta a propósito desse bizarro acontecimento:
Quando, passado algum tempo, estivemos presos, a Jacinta o que mais lhe custava era o abandono dos pais; e dizia, com as lágrimas a correrem-lhe pelas faces:
– Nem os teus pais nem os meus nos vieram ver. Não se importaram mais de nós!
– Não chores – lhe disse o Francisco – Oferecemos a Jesus, pelos pecadores.

E levantando os olhos e mãozinhas ao Céu, fez ele o oferecimento:
– Ó meu Jesus, é por Vosso amor e pela conversão dos pecadores.

A Jacinta acrescentou:
– É também pelo Santo Padre e em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.

Quando, depois de nos terem separado, voltaram a juntar-nos em uma sala da cadeia, dizendo que dentro em pouco nos vinham buscar para nos fritar, a Jacinta afastou-se para junto duma janela que dava para a feira do gado. Julguei, a princípio, que se estaria a distrair com as vistas; mas não tardei a reconhecer que chorava. Fui buscá-la para junto de mim e perguntei-lhe por que chorava:
– Porque – respondeu – vamos morrer sem tornar a ver nem os nossos pais, nem as nossas mães! E com as lágrimas as correr-lhe pelas faces: – Eu queria, sequer, ver a minha mãe!
– Então tu não queres oferecer este sacrifício pela conversão dos pecadores?
– Quero, quero – E com as lágrimas a banhar-lhe as faces, as mãos e os olhos levantados ao Céu, faz o oferecimento: – Ó meu Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, pelo Santo Padre e em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.

Os presos que presenciaram esta cena quiseram consolar-nos:
– Mas vocês – diziam eles – digam ao Senhor Administrador lá esse segredo. Que lhes importa que essa Senhora não queira?
– Isso não! – respondeu a Jacinta com vivacidade – Antes quero morrer.

Determinámos, então, rezar o nosso Terço. A Jacinta tira uma medalha que tinha ao pescoço, pede a um preso que lhe pendure em um prego que havia na parede e, de joelhos diante dessa medalha, começamos a rezar. Os presos rezaram connosco, se é que sabiam rezar; pelo menos estiveram de joelhos.
Terminado o Terço, a Jacinta voltou para junto da janela a chorar.
– Jacinta, então tu não queres oferecer este sacrifício a Nosso Senhor? – lhe perguntei.
– Quero; mas lembro-me de minha mãe e choro sem querer.

Então, como a Santíssima Virgem nos tinha dito que oferecêssemos também as nossas orações e sacrifícios para reparar os pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria, quisemos combinar a oferecer cada um pela sua intenção. Oferecia um pelos pecadores, outro pelo Santo Padre e outro em reparação pelos pecados contra o Imaculado Coração de Maria. Feita a combinação, disse à Jacinta que escolhesse qual a intenção por que queria oferecer.
– Eu ofereço por todas, porque gosto muito de todas.
Após mais um interrogatório, as crianças foram liberadas na manhã do dia 15.
Em agosto de 1917, a aparição de Nossa Senhora em Fátima só ocorreu no dia 19, diferentemente dos demais meses que transcorreram no período de maio a outubro: nesses outros casos, todas as aparições se deram no dia 13.

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Livra do peso dos nossos pecados.

  Afrouxa os laços de nossas impiedades e nos livra do peso dos nossos pecados. Tem piedade de mim, ó Senhora, e cura minha doença. Tira a a...