quarta-feira, 31 de julho de 2019

Buraco da agulha


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"Jerusalém tinha uma porta chamada 'Buraco da Agulha', pela qual não podia entrar um camelo, porque era baixa.

Esta porta é Cristo humilde, pela qual não pode entrar o soberbo ou o corcunda avarento. Aquele que pretende entrar por ela tem de se humilhar."

#Santo Antônio

O coração e a dor


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“Um coração onde a dor não imprimiu suas chagas sangrentas não pode respirar livremente o ar vivificante e santificante dos cimos e do Céu. Toda ascensão nutre-se de uma dor ultrapassada. Subir é ultrapassar tudo 
e ultrapassar-se sem cessar… É dar tudo, sacrificar tudo para Deus e por Amor” 

#Marthe Robin

Só Deus...

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Só Deus é a minha ternura, só Deus é o meu sustentáculo, só Deus é todo o meu bem, a minha vida e a minha riqueza».

São Luís Maria Grignion De Montfort

sexta-feira, 26 de julho de 2019

DA GUARDA DO CORAÇÃO


A "modéstia dos olhos" pouco nos servirá se não vigiarmos sobre o nosso coração. "Aplica-te com todo o cuidado possível à guarda do teu coração, diz o Sábio (Prov 4, 27), porque é dele que procede a vida". É aqui o lugar apropiado para se dizer algumas palavras sobre as amizades e, primeiramente, sobre as santas, depois sobre as puramente naturais e, afinal, sobre as perigosas.

1) Descrevendo São Paulo a corrupção moral dos gentios, enumerava entre seus vícios a falta de sentimento e de susceptibilidade para a amizade.

A amizade, segundo São Tomás, é mesmo uma virtude.

 A perfeição não proíbe se entretenham amizades, diz São Francisco de Sales;exige somente que sejam santas e edificantes, a saber, só devem ser mantidas aquelas uniões espirituais por meio das quais duas, três ou mais pessoas, comunicam entre si seus exercícios de devoção, seus desejos piedosos e sentimentos nobres, tornando-se como que um só coração e uma só alma para a glória de Deus e o bem espiritual próprio e alheio. Com toda a razão podem tais almas exclamar: "Vede quão bom e suave é habitarem os irmãos em união" (Sl 132, 1). 

São Francisco diz mais que, em tal caso, o suave bálsamo da caridade destila de coração em coração por meio dessas mútuas comunicações, e bem pode-se dizer que Deus lança Sua benção sobre tais amizades, por toda a eternidade (Fil., III, c. 19).

Tais amizades são recomendadas pela Escritura mesma, em termos eloquentes:"Nada se pode comparar com o valor de um amigo fiel, e o valor do ouro e da prata não iguala a bondade de sua fidelidade" (Ecli 6, 16). "Um amigo fiel é um remédio para a vida e a mortalidade, e os que temem o Senhor encontram um tal" (Idem).

Mas como podeis aconselhar as amizades particulares, dirá alguém, quando elas são tão rigorosamente condenadas por todos os ascetas? 

Respondo: As amizades particulares são proibidas unicamente nos claustros e com toda a razão, pois é imperiosamente necessário que todos os religiosos se amem mutuamente com amor fraterno, para que haja uma vida comum claustral. 

Ora, num claustro, as amizades particulares podem facilmente ocasionar perturbações dessa mútua caridade, dando ocasião a invejas, suspeitas e outras misérias humanas. São Basílio não hesitou dizer que as amizades particulares em um convento são uma sementeira perpétua de invejas, de desconfianças e inimizades. O mesmo acontece nas famílias em que o pai ou a mãe tem mais carinhos para um filho que para os outros. Os filhos de Jacó odiavam seu irmão José, porque seu pai lhe dedicava um amor especial.

Não há, além disso, nenhum motivo de se alimentar tais amizades num estado religioso, pois, num convento, onde reinam a disciplina e a ordem, todos os membros tendem ao mesmo fim, à perfeição, e não é necessário travar amizades particulares para animar-se mutuamente ao serviço de Deus e ao trabalho do aperfeiçoamento próprio.

Os que, vivendo no mundo, desejam dedicar-se à prática da virtude verdadeira e sólida, precisam, pelo contrário, de se unir aos outros por uma amizade santa e edificante, para poderem, por meio dela, se animar, se auxiliar e se estimular ao bem. Há no mundo poucas pessoas que tendem à perfeição e muitas que não possuem o espírito de Deus e, por isso, é preciso que os bons, quanto possível, evitem os que podem impedir seu adiantamento espiritual e travem amizade com os que os podem auxiliar na prática do bem.

2) Quanto às amizades puramente naturais, deve-se dizer que elas têm seu fundamento na nossa natureza, que nos compele a amar nossos pais, nossos benfeitores e todos aqueles em quem vemos belas qualidades e com quem simpatizamos. Esta espécie de amizade é o laço da família e da sociedade, mas facilmente degenera em amizades falsas; por exemplo, se os pais, por um carinho demasiado, toleram as faltas de seus filhos, ou se um amigo ofende a Deus para agradar a seu amigo, etc. As amizades naturais só são agradáveis a Deus se as santificarmos por meio da boa intenção; por exemplo, amando a nossos pais e amigos por amor de Deus.

3) Por amizades perigosas entendem-se, em particular, as sensuais, isto é, aquelas que se baseiam sobre uma complacência sensual, sobre a fruição comum de prazeres dos sentidos, sobre certas qualidades fúteis e vãs de espírito e coração. Essas amizades são já por si perigosas, mesmo que, no começo, nada tenham de inconveniente, e devemos guardar nosso coração desembaraçado delas.

a) "Quem não evita relações perigosas, cai facilmente no abismo", diz Santo Agostinho (Serm. 293). O triste exemplo de Salomão bastaria para nos encher de terror. Depois de ter sido amado tanto por Deus, servindo ao Espírito Santo de mão para escrever, travou relações com mulheres pagãs, já na sua velhice, e caiu tão profundamente que chegou a sacrificar aos deuses. Isso, porém, não nos deve estranhar, pois, será para admirar que alguém se queime, permanecendo no meio das chamas? ¬pergunta São Cipriano (De sing. cler.).

Mas em nossas conversas, graças a Deus, não ocorre nada de mal, dirá alguém. 
Respondo: Todas as amizades que têm sua origem em afeições meramente materiais são, pelo menos, um grande impedimento à perfeição, ainda que não dessem ocasião a outras coisas. Elas, no mínimo, fazem-nos perder o espírito de oração e recolhimento interior; a alma que está presa por uma afeição natural poderá achar-se corporalmente na igreja, mas seu espírito estará se entretendo com o objeto de seu amor; perderá o amor aos Santos Sacramentos; não será mais sincera para com seu confessor, temendo que ele a obrigue a romper com essa cadeia e, envergonhando- se de lhe descobrir sua afeição, não lhe dirá a causa de sua tibieza, e assim se agrava, de dia para dia, seu estado lastimoso. Ao ouvir que fala mal da pessoa amada, se enfurece, defende-a calorosamente; descuida-se da obediência, pois quando o confessor a exorta a renunciar a tal amizade, procura mil desculpas para não ter de obedecer.

Não é só grande a perda espiritual que se sofre com essas amizades baseadas sobre certas qualidades externas duma pessoa, mas, principalmente se for doutro sexo, é também enorme o perigo que se corre de se se perder eternamente. No começo tais amizades parecem indiferentes, mas tornam-se pouco a pouco pecaminosas e, enfim, arrastam a alma ao pecado mortal. "São como o fogo e a palha, e o demônio não cessa de assoprar até irromper o incêndio", diz São Jerônimo.

Pessoas de diferentes sexos abrasam-se por causa da muita familiaridade, com a mesma facilidade com que a palha atingida pelo fogo, e, em certo sentido, até com mais facilidade, porque o demônio emprega tudo quanto é apto para atiçar o fogo.Santa Teresa viu-se um dia transportada ao inferno, onde Deus lhe mostrou o lugar que lhe preparara, se não rompesse com um apego puramente natural a um seu parente.

b) Se sentires em teu coração, alma cristã, uma tal afeição para com alguém, não há outro remédio para te libertares dela, senão cortá-la resolutamente de uma vez para sempre, pois, se quiseres renunciá-la pouco a pouco, crê-me, nunca chegarás a desfazer¬te dela. Essas cadeias são dificílimas de romper, e só o conseguirá quem as quebrar violentamente, duma só vez. E não venhas com a desculpa de que, até agora, nada ocorreu de inconveniente, pois deves saber que o demônio não começa com o pior, mas só pouco a pouco leva a alma imprudente às bordas do precipício e, então, com um leve empurrão, precipita-as no abismo.

É uma máxima aceita por todos os mestres da vida espiritual de que, neste ponto, não há outro remédio senão fugir e afastar-se da ocasião. São Filipe Néri costumava dizer que, nesse combate, só os covardes saem vencedores, isto é, os que fogem da ocasião. Podemos resistir aos outros vícios ficando na ocasião, diz São Tomás (De mod. conf., c. 14), fazendo violência contra nós mesmos; mas o vício contrário à pureza, porém, só o poderemos vencer fugindo da ocasião e renunciando às afeições perigosas.

Se sentires, porém, teu coração livre e desembaraçado de tais afeições, toma todo o cuidado possível para não te emaranhares em laço algum, como já se tem dado a muitos em razão de sua negligência. Eis o conselho que te dá São Jerônimo (Ep. ad Eust.): "Se, no trato com alguém, notares que alguma afeição desregrada se quer apoderar de teu coração, apressa-te a sufocá-la antes que se torne um gigante. Enquanto o leão é ainda pequeno, pode ser facilmente trucidado; uma vez crescido, torna-se-á mui difícil e humanente impossível".

Coisa verdadeiramente lamentável e vergonhosa seria se permitisses que fizessem, em tua presença, gracejos indecentes. Não julgues que não pecas calando-te e simplesmente ouvindo tais gracejos; se não evitares o mais depressa possível a companhia de um homem tão insolente, já cooperaste com o seu pecado e te fizeste réu dele. Se receberes de alguém uma carta com palavras amorosas, rasga-a imediatamente ou lança-a ao fogo e não lhe dês resposta. Se, por motivo grave, tiveres de responder, faze-o então em poucas e sérias palavras, e não dês a entender que notaste as tais palavras e muito menos que achaste nelas qualquer prazer.

c) Não repliques também que não há perigo, porque a pessoa de que se trata é piedosa. São Tomás de Aquino diz (De mod. conf., c. 14): "Quanto mais santas são as pessoas pelas quais sentimos afeição particular, tanto mais devemos nos acautelar, porque o alto apreço que fazemos de sua virtude mais nos estimula ainda a amá-las". O padre Sertório Caputo, da Companhia de Jesus, diz: "O demônio, a princípio, nos inspira amor à virtude daquela pessoa, depois o amor à própria pessoa e, finalmente, nos lança na perdição". O Doutor Angélico faz notar que o demônio sabe perfeitamente esconder um tal perigo: no começo não dispara seta alguma que pareça envenenada, mas só tais que excitem a afeição, ocasionando leves feridas do coração; em seguida, quando o amor já está aceso, essas pessoas já não se tratam mais como anjos, mas como homens de carne e sangue: trocam repetidos olhares e palavras amorosas, desejam estar muitas vezes a sós, juntas e, por fim, a piedade espiritual degenera em amor carnal.

d) São Boaventura indica cinco sinais dos quais se pode deduzir se a afeição que a alguém nos prende é impura. Primeiro: se se entretêm conversas inúteis; e inúteis são todas as que levam muito tempo. Segundo: se ocorrem olhares e louvores mútuos. Terceiro: se se desculpam as faltas reciprocamente [evitando correções para não desagradar]. Quarto: se aparecem pequenos ciúmes. Quinto: se a separação causa certa inquietação. Eu ajunto ainda: Se se sente grande prazer e gosto nas maneiras ou gentileza natural da pessoa amada, se se deseja que a afeição seja correspondida, e se se não gosta de que outros observem, ouçam ou falem disso.

e) Mas, mesmo as pessoas que pretendem contrair matrimônio, estarão obrigadas a sufocar a inclinação ou simpatia recíproca, suposto mesmo que seja honesta? me perguntará alguém. Se esses futuros esposos estiverem animados de tais sentimentos, que estejam prontos a empregar todos os cuidados para tornar remota a ocasião próxima do pecado, e resolvidos a nunca ofender a Deus por causa de tal afeição, não precisarão romper com ela. A experiência, porém, ensina que os mais nobres sentimentos degeneram facilmente em paixão.

Por esse motivo os teólogos exigem muita cautela com essas pessoas. Sabendo o quanto o coração humano é inclinado ao pecado e quão fraco quando dominado por uma paixão, só permitem tais relacionamentos entre os jovens quando estão em idade e têm vontade séria de se casar; além disso, que não sejam travadas sem o consentimento dos pais, que não se prolonguem por muito tempo e só se namorem quando estiver próximo o casamento; também lhes interditam a conversa a sós, longe das vistas dos pais, grande familiaridade, e tudo o que possa manchar a pureza da alma, seja por pensamentos, olhares, palavras ou gestos.

Do filho de Tobias podemos aprender como os jovens devem se preparar para o casamento. Na cidade de Ragés, na Média, vivia uma piedosa donzela, de nome Sara, filha de Raguel. Estava profundamente aflita porque sete rapazes, que a haviam sucessivamente desposado, haviam sido mortos pelo demônio da impureza, Asmodeu, na primeira noite depois das núpcias. Ora, o anjo Rafael, que acompanhara o jovem Tobias em sua viagem a Ragés, aconselhou-o a pedir Sara em casamento. Ele, porém, a par do ocorrido com os outros homens, temia expor-se ao mesmo perigo. O Anjo, porém, tranquilizou- o, dizendo: "Ouve-me... o demônio só tem poder sobre aqueles que abraçam o estado conjugal excluindo a Deus de seus pensamentos, para satisfazerem unicamente a sua concupiscência, como o cavalo e a mula, que não têm entendimento. Tu, porém, quando receberes a Sara, entra com ela no teu quarto por três dias e três noites, guardando continência, e não te entregues a outra coisa que à oração, e então a receberás em matrimônio no temor do Senhor, levado mais pelo desejo de ter filhos que pela concupiscência, para que sejas abençoado e teus filhos sirvam e glorifiquem a Deus; então nada terás a temer do demônio". O jovem Tobias seguiu esse conselho, e seu casamento foi muito abençoado por Deus.

Notemos igualmente as quatro exortações dadas a Sara por seus pais, ao se despedirem dela: Primeiro, honra a teu sogro; segundo, ama a teu marido; terceiro, cuida em governar bem tua casa; quarto, porta-te em tudo irrepreensivelmente . Estes avisos devem servir de norma a todos os jovens que pretendem contrair matrimônio.

f) O que dissemos até aqui se refere ao trato com pessoas de diferente sexo. O amor desregrado, todavia, pode existir também existir entre pessoas do mesmo sexo, principalmente se são ainda moços e existe entre eles uma familiaridade por demais íntima. A este respeito, São Basílio diz o seguinte (Serm. de abd. rev.): "Vós que sois ainda jovens, evitai a companhia de vossos iguais, pois, por meio dessas amizades, o demônio já arrastou a muitos para o inferno". "Alguns começaram com uma afeição aparentemente santa, continua ele, mas pouco a pouco precipitou-os o demônio num lodaçal de vícios os mais abomináveis". Santa Ângela de Foligno se exprime de modo semelhante (Vit., c. 64): "Ainda que seja o amor a fonte de todo o bem, não deixa de ser igualmente a fonte de todo o mal. Não falo do amor impuro, que deve ser evitado em todo o caso, mas da inclinação, em si inocente, que facilmente pode degenerar em amor desordenado. O trato mui assíduo com outro, com protestos de afeição, tem por conseqüência tornar nocivo o amor, visto que ele prende estreitamente um coração ao outro, obscurecendo a afeição crescente cada vez mais a razão. Em pouco tempo só quererá um o que o outro quer, e então não terá mais coragem de resistir ao outro quando for convidado ao mal, e, assim, se perderão ambos".

Por isso, os que dedicam à educação da mocidade estão gravemente obrigados a ter os olhos abertos nesse ponto, e não precisam ter escrúpulos, suspeitando mal com algum motivo. Se notarem qualquer apego ou familiaridade entre dois jovens, intervenham imediatamente e conservem-nos rigorosamente separados um do outro.

g) Aqui na terra cada um de nós anda por caminhos escabrosos e em trevas, e se, além disso, ainda um anjo mau, isto é, um mau companheiro, que é pior que um demônio, nos persegue e impele à perdição, como poderemos escapar ilesos? Já Platão dizia: "Tomarás os mesmos modos daqueles com quem convives". Segundo São João Crisóstomo, para se certificar dos hábitos de alguém, basta saber com quem ele anda, já que os amigos ou são ou fazem-se semelhantes uns aos outros. E isso por duas causas: primeiro, porque um se esforça por imitar o outro para lhe ser agradável; segundo, porque o homem, como nota Sêneca, é inclinado a fazer o que vê os outros fazerem. Dos israelitas lemos: "Eles se mesclaram com os gentios e aprenderam suas obras" (Sl 105, 35). Devemos, portanto, não só fugir do comércio com os impuros, diz o Sábio, mas também nos conservarmos longe de seus caminhos: "Meu filho, não andes com eles e não ponhas o pé em seus caminhos" (Prov 1, 15). Devemos evitar todo o trato com eles, suas conversas ou presentes, com os quais procuram nos enredar. "Meu filho, se os pecadores te atraírem com seus afagos, não condescendas com eles" (Prov 1, 10). "Cairá, talvez, uma ave, no laço armado na terra, sem a isca?" (Am 3, 5). O demônio serve-se dos maus amigos como de iscas, segundo Jeremias, para prender as almas em suas redes de pecado. "Meus inimigos, sem motivo, prenderam-me como se prende uma ave" (Jer 3, 52). Ele diz 'sem motivo' porque, pergunto-se a um tal sedutor por que aliciou sua pobre vítima ao pecado, responderá: não havia motivo; eu só queria que ela fizesse como eu. É exatamente essa a astúcia do demônio, diz Santo Efrém: "Capturada uma alma em sua rede, serve-se dela como de uma armadilha para prender a outra" (De rect. viv. rat., c.. 22).

Fujamos, pois, a toda familiaridade com tais escorpiões infernais, como se foge da peste. Digo: fujamos à familiaridade, isto é, não travemos amizade com homens viciosos, evitando tomar parte em sua mesa, banquetes ou outros convívios com eles. É impossível evitar todo o comércio com eles, porque então teríamos de sair deste mundo, segundo o Apóstolo (I Cor 5, 10); contudo, é bem possível evitar um trato mais familiar com eles, seguindo o conselho do mesmo Apóstolo: "Eu vos escrevi que não tenhais comunicação com eles... com um tal não deveis nem sequer cear". Disse ainda: Fujamos de tais escorpiões, pois o profeta Ezequiel designa assim os sedutores: "Pervertedores estão contigo e habitas com escorpiões" (Ez 2, 6).

Não ousarias, alma cristã, habitar com escorpiões, e certamente te afastarias com toda a pressa de sua proximidade. Pois assim deves evitar os amigos que dão escândalo e envenenam a tua alma com maus exemplos e conversas perversas. Quanto mais estreitamente estão ligados a nós, tanto mais perniciosos se tornam.. "Os inimigos do homem são os seus domésticos" (Mat 10, 36). Na Sagrada Escritura se diz: "Quem se compadecerá de um encantador mordido pela serpente e de todos os que se aproximam de animais ferozes? Assim também, quem se compadecerá daquele que se torna companheiro de um homem iníquo?" (Ecli 12, 13). Se um tal homem, por motivo do perigo a que se expõe, cai no pecado e se precipita na condenação eterna, ninguém, nem Deus nem os homens, terá compaixão dele, pois já fôra advertido do perigo.


Excerto do "Tratado da Castidade"
Santo Afonso Maria de Ligório

Trecho do TRATADO DA CASTIDADE - Santo Afonso Maria de Ligório

SÚPLICA AO DOCE E IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Óh Coração de Maria, o mais amável e compassivo depois do de Jesus,
Trono das Misericórdias Divinas em favor dos pobres pecadores;
eu, reconhecendo-me sumamente necessitado, venho a Vos,
em quem o Senhor colocou todo o tesouro de suas bondades,
com pleníssima segurança de ser por Vós socorrido.
Vós sois meu refúgio, meu amparo, minha esperança;
por isso Vos digo Vos direi em todas as minhas dificuldades e perigos:
Oh Doce Coração de Maria, seja a salvação minha!

Quando a doença me aflija, ou me oprima a tristeza, ou o espinho 
da tribulação fira minha alma:
Oh Doce Coração de Maria, seja a salvação minha!

Quando o mundo, o demônio e minhas próprias paixões, unidos para minha perdição,
me persigam com suas tentações e queiram me fazer perder o tesouro da divina graça:
Oh Doce Coração de Maria, seja a salvação minha!

E na hora de minha morte, naquele momento do qual depende minha Eternidade, 
Quando se aumentem as angústias de minha alma e os ataques de meus inimigos:
Oh Doce Coração de Maria, seja a salvação minha!

Estas graças espero alcançar de Vós,
Oh Coração Amantíssimo de minha Mãe!,
a fim de que possa gozar de Deus no Céu 
por toda a Eternidade. 

Amén.

5 dicas para testemunhar sua fé no local de trabalho

DYSKRYMINACJA ZA WIARĘ

Jesus espera que nós compartilhemos abertamente a nossa fé e o reconheçamos diante dos outros

Durante o dia, quantas vezes perdemos oportunidades de defender a Cristo ou de partilhar a nossa fé? Por exemplo, na conversa que evitamos com um colega de trabalho que está perturbado. Na nossa recusa a fazer publicamente o sinal da cruz e a rezar antes das nossas refeições. Na nossa relutância em contestar alguém que está atacando a Igreja.
E quanto àquela pessoa que guarda uma silenciosa curiosidade sobre a fé católica e só está esperando um convite para participar da missa conosco? Será que paramos para pensar que o “empurrãozinho” que falta para ela se aproximar de Deus poderia depender apenas do nosso exemplo de fé praticada?
Jesus espera que nós compartilhemos abertamente a nossa fé e o reconheçamos diante dos outros: “Todo aquele que me confessar diante dos outros, eu o confessarei diante do meu Pai que está no céu. Mas todo aquele que me negar diante dos homens, eu o negarei diante do meu Pai que está no céu” (Mt 10, 32-33).
De Jesus, aprendemos que ser católicos corajosos e fiéis no ambiente de trabalho e em público não é algo a esconder ou de que se envergonhar. Cristo é o nosso maior exemplo de pessoa que não se deixa levar pela opinião dos outros. Ele sempre ensinou a verdade, independentemente de quem o ouvia ou de onde Ele estava.
Seus próprios inimigos reconheceram este aspecto do testemunho de Cristo: “Mestre, sabemos que és um homem sincero e que ensinas o caminho de Deus de acordo com a verdade. E não te preocupas com a opinião de ninguém, porque não levas em consideração a condição das pessoas” (Mt 22,16).
É bem provável que você se preocupe com o que os outros pensam, já que esta parece ser uma tendência natural do ser humano. Todos nós queremos ser amados, respeitados e incluídos. O fato é que não podemos separar o nosso ser espiritual do nosso ser físico.
A fé que professamos faz parte de quem somos e não pode ser escondida. Um dos erros mais graves do nosso tempo é a dicotomia entre a fé que muitos professam e a prática da sua vida diária. O cristão que dribla os seus deveres para com o próximo negligencia o próprio Deus e põe em perigo a sua salvação eterna (cf. Gaudium et Spes).
Quanto mais formos capazes de professar a nossa fé, mais fácil será praticar as ações da fé. Por isso, proponho cinco pensamentos sobre como superar o medo do que os outros pensam de nós, a fim de sermos mais corajosos e transmitirmos um bom exemplo da nossa fé católica:

1
CONTRA AS POLÍTICAS DA EMPRESA?

Já ouvi muitas pessoas dizerem que a manifestação da nossa fé católica no local de trabalho pode ir “contra as políticas da empresa”. Você realmente chegou a ver alguma regra escrita proibindo fazer o sinal da cruz, rezar antes das refeições em silêncio e no seu próprio lugar ou ir à missa no horário de almoço? Será que grande parte dos nossos medos não se baseia na falsa impressão de uma possível perseguição, em vez de se basear na realidade? Por que não exercemos o nosso direito de viver a nossa vida de acordo com a nossa fé? Se fizermos isso, de maneira respeitosa e sensata, não vamos apenas achar o trabalho mais agradável, como também podemos inspirar os outros a fazer o mesmo.

2
TESTEMUNHAR COM SEU EXEMPLO PESSOAL

Pense na sua própria jornada de fé, no caminho que você trilhou até chegar aqui, em como você vive a fé no dia-a-dia, na importância que a fé tem na sua vida quando você se dirige ao trabalho. Pense no exemplo que podemos dar aos outros e na alegria inspirada por Cristo que podemos irradiar ao nosso redor. Deixe os outros verem Jesus agindo em você: este é um testemunho poderoso, que vai atrair aqueles que desejam a mesma graça que nós recebemos em nossa vida. Estamos sempre sendo observados por alguém. Será que as nossas ações vão inspirá-los ou decepcioná-los? “Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo. Uma cidade situada sobre uma montanha não pode ficar escondida. Brilhe assim, igualmente, a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai celeste” (Mt 5, 13-14;16). Vamos pensar sobre as nossas ações e em como elas podem inspirar os outros a viver com tanta fé quanto nós tentamos viver. Mas com cuidado: não queremos que as nossas ações sejam egoístas. Amemos do jeito que Jesus nos ensina; assim, os outros vão seguir este exemplo.

3
COMPARTILHE UM POUCO SOBRE VOCÊ MESMO

A transparência convida à transparência. Não podemos esperar que alguém se abra para nós se não estivermos dispostos a fazer o mesmo. A nossa jornada de fé é uma bênção para ser compartilhada. O testemunho que damos pode ter uma profunda influência nas pessoas. “Estai sempre prontos a responder a todo aquele que vos pedir a razão da vossa esperança, mas fazei-o com mansidão e respeito, mantendo a vossa consciência limpa, de modo que, quando fordes difamados, aqueles que difamam a vossa boa conduta em Cristo possam envergonhar-se” (cf. 1 Pd 3, 15-16). Podemos ficar ansiosos para partilhar a nossa fé com os outros, mas devemos fazê-lo com suavidade e com amor gentil.

4
DECIDA: A ETERNIDADE COM DEUS OU O APLAUSO DOS OUTROS

O céu é o nosso destino final, e não a terra. Será que aqueles que nos criticam vão nos ajudar a chegar ao céu? Será que eles vão nos estender a mão nas horas difíceis? Ou é mais provável que eles nos puxem para uma vida laica sem muito espaço para Deus e na qual o materialismo e a “popularidade” são os deuses de todos os dias? Francis Fernandez escreveu que superar o “medo do que vão dizer” faz parte da virtude da fortaleza. Entre os desafios do cristão, ele cita os de suportar fofocas e calúnias, zombaria, discriminação no trabalho, perda de oportunidades econômicas e de amizades superficiais. Nestas circunstâncias desconfortáveis, pode ser tentador tomar o caminho mais fácil e ceder. Assim, evitaríamos a rejeição, a incompreensão e o ridículo. Podemos ficar preocupados com a ideia de perder os amigos, de que as pessoas nos “fechem as portas”. Essa tentação nos leva a esconder a nossa verdadeira identidade e a abandonar o nosso compromisso de viver como discípulos de Cristo. Fazer o que é certo nem sempre é fácil, mas, no longo prazo, é com certeza o mais benéfico. Por que não escolher o céu?

5
SEJA COERENTE E VIVA UMA VIDA VIRTUOSA

A nossa fé vai conosco para o trabalho, para os encontros com os amigos, para os jogos de futebol? Ou será que só praticamos a fé católica na missa de domingo? É fácil se sujeitar às expectativas laicas, mas é difícil demonstrar em público o nosso amor por Jesus, viver as bem-aventuranças, evangelizar e levar uma vida plenamente integrada, coesa.
Eu sempre achei inspiração sobre este assunto na sabedoria da exortação apostólica “Christifideles Laici”, do papa João Paulo II: “O objetivo fundamental da formação dos fiéis leigos é a descoberta cada vez mais clara da própria vocação e a disponibilidade cada vez maior para vivê-la de forma a cumprir a sua missão. Os fiéis leigos são chamados por Deus para que, liderados pelo espírito do Evangelho, possam contribuir a fim de santificar o mundo a partir de dentro, como o fermento, no cumprimento das suas próprias tarefas específicas. Assim, em particular neste modo de vida resplandecente de fé, esperança e caridade, eles podem manifestar Cristo aos outros”.
Nós não vamos conseguir fazer isto sozinhos e, portanto, precisamos pedir a orientação do Espírito Santo. Vai ser difícil muitas vezes e vai exigir sacrifício, mas viver no amor de Deus todos os minutos de cada dia é muito mais gratificante do que receber a instável aprovação dos outros.
E se é difícil, quer dizer que é necessário sacrifício da nossa parte. O sacrifício consiste simplesmente em amar a Cristo mais do que amamos as opiniões das pessoas que nos rodeiam.
Rezemos uns pelos outros e continuemos pedindo que Jesus nos dê a força e o discernimento para conhecermos e seguirmos a Sua vontade.
Será que amanhã vamos ter a coragem de ser luz de Cristo para as pessoas que vivem ao nosso redor?

https://pt.aleteia.org/2019/07/09/5-dicas-para-testemunhar-sua-fe-no-local-de-trabalho/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt

A santa que acreditava que Deus não via os pecados cometidos à noite

THEODORA

Santa Teodora se arrependeu profundamente de ter traído seu marido, pensando que a noite cobriria seu erro

Quando a noite cai, é muito mais fácil pecar. Somos tentados a pensar que a escuridão “esconde” nosso pecado e que Deus não vê o que fazemos.
É exatamente nisso que Santa Teodora acreditava, pensando honestamente que a escuridão a esconderia de Deus.
Santa Teodora viveu na Alexandria durante o século V. Ela era casada com um bom marido, também cristão fiel.
O diabo reconheceu a santidade de Santa Teodora e enviou-lhe muitas tentações. Ele até fez outro homem rico mandar presentes para ela, na esperança de que ela eventualmente fizesse sexo com ele.
A princípio, as tentações não fizeram nada, mas a natureza ingênua de Teodora foi superada quando outra mulher lhe disse: “Deus sabe e vê tudo o que é feito durante o dia, mas qualquer coisa cometida ao entardecer e ao entardecer, Deus não vê. ”
Ela então cedeu aos desejos do outro homem e teve uma “transa de uma noite” antes do amanhecer.
O homem saiu de manhã e quando o marido voltou de uma viagem, Teodora chorou amargamente. Ela não contou ao esposo o que aconteceu e, quando ele estava fora, correu para o mosteiro mais próximo.
Envergonhada pelo que fez, Santa Teodora trocou de roupa e cortou o cabelo, entrando no mosteiro como homem. Lá, ela passou vários anos, cumprindo uma penitência pelo pecado que cometeu.
Sua vida foi muito difícil, mesmo vendo o marido passando pela estrada, embora ele não a reconhecesse. Ela estava muito envergonhada de se revelar para ele e passou o resto de sua vida longe do homem que amou.
Quando ela morreu, seu marido foi inspirado por Deus a ir ao mosteiro e revelou ao abade que “o irmão Theodore” era de fato sua esposa. Ele, então, passou o resto de sua vida na mesma cela que sua esposa ocupou.
A história de Santa Teodora nos lembra que até os santos podem cometer erros. Eles nem sempre eram indivíduos perfeitos e suas escolhas nem sempre eram as melhores. No entanto, o que os diferencia é o desejo de cumprir a vontade de Deus e superar suas fraquezas para viver uma vida de virtude.
Isso não significa que precisamos correr para o mosteiro mais próximo toda vez que pecamos, mas precisamos correr para Deus, pedindo-lhe perdão.
A boa notícia é que Deus nos receberá em seus braços amorosos, assim como o Filho Pródigo de que Jesus fala nos Evangelhos. Deus está sempre lá, esperando por nós; simplesmente precisamos nos afastar dos nossos pecados e correr em direção a ele.
A trágica história de Santa Teodora também nos lembra que a noite não oculta nossos pecados. Quando a manhã chega, a luz de Deus brilha em nossos pecados e revela o fruto ruim que a noite trouxe.
Vamos aprender com o erro de Santa Teodora. Mas, se nos encontrarmos pela manhã lamentando o que fizemos na noite anterior, corra para a Igreja mais próxima e reconcilie-se com Deus. Ele está lá esperando por você, pronto para buscá-lo como um pai amoroso, colocando você no caminho certo de volta para ele.

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Reconstruindo o rosto de Maria Madalena



Pesquisadores reproduzem o rosto de Madalena, baseados em relíquias da Basílica de Maria Madalena na França O esforço conjunto de um artista e de um cientista produziu imagens de um rosto daquela que poderia ter sido Maria Madalena. A reconstrução facial em 3D foi realizada a partir de um crânio que muitos acreditam ser o verdadeiro crânio da santa, guardado na Basílica de Maria Madalena, em Saint-Maximin-La-Sainte-Baume, na França. O local de descanso das relíquias está ligado a uma das histórias sobre o que teria acontecido com Maria Madalena depois da ressurreição de Jesus. Em um relato medieval francês, ela viaja de barco para o sul da França para pregar o Evangelho de Jesus. Lá, segundo a lenda, ela termina seus dias como eremita em uma caverna, sustentada apenas pela Sagrada Comunhão trazida a ela pelos anjos. Mais tarde, peregrinos construíram uma igreja sobre seu local de descanso. Philippe Charlier, antropólogo da Universidade de Versalhes, e Philippe Froesch, um artista forense visual, conseguiram criar um modelo digital do crânio baseado em 500 fotos da relíquia. Eles disseram que o crânio estava em tão boa condição que não tiveram problemas em determinar a posição do nariz, olhos e boca. Sarah Gibbens, da National Geographic, relata que, a partir dos estudos, eles descobriram que o crânio pertencia a uma mulher por volta dos 50 anos, de ascendência mediterrânea. Eles foram capazes de preencher as características faciais com base nesses indicadores, bem como os contornos naturais do crânio. A cor do cabelo baseou-se nos fios de cabelo que ainda permanecem na relíquia, e a cor da pele foi escolhida a partir de uma lista de tons mais comuns da região do Mediterrâneo. Volume e expressão facial, no entanto, foram deixados ao critério de Charlier e Froesch. Para aqueles que acreditam que o crânio é genuíno, a imagem produzida pelos dois pesquisadores oferece informações valiosas sobre as narrativas bíblicas. No entanto, Charlier observa que o crânio pode não ser o de Madalena. “Não temos certeza de que este seja o verdadeiro crânio de Maria Madalena”, disse Charlier à Net Geo, acrescentando: “mas era muito importante trazê-lo à luz”. A história dos vestígios guardados na Basílica de Saint-Maximin-La-Sainte-Baume remonta ao século XIII, quando circulavam rumores sobre a autenticidade da relíquia. No entanto, deve-se notar que há pelo menos cinco outros conjuntos de restos mortais que supostamente pertenceriam a Maria Madalena. Charlier expressou o desejo de trabalhar com o crânio fora de seu relicário, para que ele possa datá-lo e fazer uma análise de DNA; no entanto, esse teste envolve a remoção de peças da relíquia, o que tem sido sido historicamente rejeitado pela Igreja Católica. Independentemente de a Igreja decidir conceder-lhes maior acesso ao crânio, os pesquisadores declararam que gostariam de continuar o trabalho de reconstrução a partir do restante dos restos, a fim de dar uma representação de corpo inteiro de como Maria Madalena poderia ter sido.

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Oração e devoção a Nossa Senhora Senhora da Estrada


Carregando seu filho nos braços, Maria conheceu bem os perigos das estradas

A devoção a Nossa Senhora da Estrada chegou ao Brasil com os jesuítas. Atualmente, é difundida principalmente pela Pastoral Rodoviária, um serviço da Igreja Católica que leva a Palavra de Deus aos profissionais da Estrada nos quatro cantos do país.

E não é de hoje que caminhoneiros, motoristas, viajantes e aqueles que pegam a estrada por qualquer motivo recorrem à proteção de Nossa Senhora. Ela vivenciou os perigos das estradas, carregando seu filho Jesus, nos braços, ao lado do bom José.
No tempo de Maria, viajar era uma arriscada aventura. Imagine a dificuldade para atravessar um deserto, uma mata fechada, rios e pântanos!  Sem contar com o perigo iminente de animais selvagens…

A devoção

A tradição mais antiga da invocação a Nossa Senhora da Estrada teve início no começo século XIII, na Itália. Nessa época um desconhecido colocou um quadro com a imagem de Maria e o menino Jesus, de autoria anônima, numa velha capelinha à beira da estrada, logo na saída de um dos caminhos que ligavam Roma ao interior.
Surpresos, os viajantes começaram a parar diante da capelinha para orar a Deus pedindo a sua proteção com a ajuda da Virgem Maria. A divulgação do culto correu rápida alcançando toda a cristandade, do Ocidente e do Oriente. Muitas igrejas foram erigidas e colocadas sob a invocação de Nossa Senhora da Estrada. A mais antiga era aquela capelinha, mas foi derrubada, reconstruída e dedicada à Santa Maria da Estrada, onde o quadro original permaneceu para a veneração dos fiéis.
Mais tarde, tornou-se uma igreja importante para os jesuítas, porque foi a primeira a lhes ser confiada pelo Papa Paulo III, em 1541. Três anos depois, anexa a ela se construiu a casa da Companhia de Jesus, ou ‘casa de La Strada’ onde o fundador da recente Ordem viveu até o final da vida.
De novo, em 1602, a igreja foi demolida, desta vez com parte da casa anexa, para dar para dar lugar à igreja titular da Companhia de Jesus. Entretanto, dentro do novo templo, chamado igreja ‘del Gesú’ construíram uma pequena réplica da capelinha para abrigar o quadro original da imagem de Nossa Senhora da Estrada. Em algumas localidades essa imagem é venerada com o nome de Nossa Senhora dos Viajantes. O dia de sua festa é 24 de maio.

Oração

Uma das mais belas orações dedicada à Nossa Senhora da Estrada foi escrita pelo Papa Pio XII, em 1957. Reze:
“Ó doce Maria Nossa Mãe Celeste,
sê guia dos nossos passos nas Estradas muitas vezes pedregosas de nossa vida,
e quando esta chegar ao seu fim,
sê para nós porta do céu
e mostra-nos o fruto Bendito de Teu Ventre, Jesus. Amém.”

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quinta-feira, 25 de julho de 2019

❝Oração a Nossa Senhora, para viver o Perdão❞


Diante das dúvidas sobre Ti
respondeste com o perdão.
Diante da perseguição e das muitas murmurações
respondeste com o perdão.

Diante da insídia e da ímpia ofensa, respondeste com o perdão.
Diante da infâmia da conspiração contra o Justo,
respondeste com o perdão.
Diante da traição e da dor que esta traz, respondeste com o perdão. 

Mãe de Misericórdia, teu coração bondoso transborda de clemência, por isso te imploro que me obtenhas o perdão 
pelos muitos males que fiz, 
e também, ó Mãe, ensina-me a perdoar como Tu, que, diante de tantos males que te fizeram, inclusive arrebatar do teu lado teu divino Filho. sempre respondeste com o mais magnânimo perdão.

Amém!

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Tendo problemas no computador? Reze estas orações por uma rápida resolução

COMPUTER


Seja qual for a questão relacionada ao computador que você está tendo, entregue-se a Deus com estas orações

A tecnologia, por mais que avance, nunca será perfeita. Sempre haverá problemas, e muitas vezes esses problemas podem causar estragos em nossas vidas.
É difícil suportar vários tipos de problemas no computador, especialmente quando parece que nada mais pode ser feito. No entanto, com uma firme confiança em Deus, nossa alma pode se acalmar.
Abaixo estão algumas orações que podem ser úteis durante um período difícil. A primeira é de Santa Teresa d’Ávila, e se concentra em acalmar os nervos que podem estar esgotados pelos enfrentamentos e provas da vida.
Nada te perturbe,
nada te amedronte.
Tudo passa,
a paciência tudo alcança.
A quem tem Deus nada falta.
Só Deus basta!
Esta segunda oração foi escrita pelo bispo emérito Richard Sklba, da Arquidiocese de Milwaukee. Ele a compôs especificamente para tal situação.
Abençoe novamente neste dia o meu trabalho no computador,
uma ferramenta que aguarda Seu poder e meu esforço humano.
Conceda sabedoria, conhecimento e uma memória clara à minha mente,
enquanto me sento diante desta nova criação.
Abençoe meu coração com infinita paciência sempre que necessário.
Guie minhas mãos para que eu seja Seu servo fiel em todas as teclas que pressionar.
Habilite meus esforços limitados para trazer glória ao Seu nome
e bênçãos para o Seu povo em todos os lugares.
Não me apague do Seu Reino
e me salve de todo o medo e de todo erro do pecado e da ignorância.

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Nossa Senhora do Carmo: origem e história

OUR LADY OF MOUNT CARMEL

A devoção ao escapulário na história da Igreja é muito parecida com a do rosário

No dia 16 de julho, celebramos a memória mariana de Nossa Senhora do Carmo. São muitos os textos da Ordem do Carmo e de histórias sobre o assunto, que se tornaram de domínio público. Ao adentramos na história da Igreja, encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor a Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o Cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria, e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.
A palavra ‘carmelo’ vem do hebraico ‘carmo’ e significa ‘vinha’, e ‘el’ significa ‘Senhor’; portanto, “Vinha do Senhor”. Este nome nos remete à famosa montanha da Palestina de onde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que, conforme uma interpretação piedosa, foi prefigurada numa pequena nuvem. (Cf. 1 Rs 18,20-45).
O Monte Carmelo, na Palestina, é o lugar sagrado do Antigo e do Novo Testamento. É o monte em que o Profeta Elias evidencia a existência e a presença do Deus verdadeiro, vendo os 450 sacerdotes pagãos do Baal, fazendo descer do céu o fogo devorador. (I Reis, 18, 19ss). É, ainda, o Profeta Elias que implora ao Senhor chuva benfazeja, depois de uma seca de três anos e três meses. (1Re, 18, 45). É no Monte Carmelo que a tradição colocou a origem da Ordem Carmelitana. Ali viviam eremitas entregues à oração e à penitência.
Devido a perseguições aos cristãos na Terra Santa, o grupo de eremitas do Monte Carmelo acabou vindo para a Europa, se estabelecendo na Inglaterra, onde vivia Simão, um também eremita que se uniu a eles. Simão era penitente, como o Profeta Elias, austero como João Batista. Diante de sua vida solitária na convexidade de uma árvore no seio da floresta, deram-lhe o apelido de Stock.
Já vivendo com os eremitas do Carmelo, e depois por passar várias dificuldades em sua vida, São Simão teve a inspiração e confirmação mariana de sua vida e sua ordem no dia 16 de julho de 1251. Ele suplicava com maior empenho à Mãe do Carmelo sua proteção, recitando a bela oração por ele composta: “Flor do Carmelo, vinha florífera, Esplendor do céu, Virgem fecunda, singular. Ó Mãe benigna, sem conhecer varão, aos Carmelitas dá privilégio, Estrela do Mar”!
Terminada esta oração, levanta os olhos marejados de lágrimas, vê a cela encher-se, subitamente, de luz. Rodeada de anjos, em grande cortejo, apareceu-lhe a Virgem Santíssima, revestida de esplendor, trazendo nas mãos o escapulário, dizendo a São Simão Stock, com inexprimível ternura maternal: “Recebe, diletíssimo filho, este escapulário de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno”.
A devoção ao escapulário na história da Igreja é muito parecida com a do rosário, constituindo-se numa das mais antigas e populares formas de devoção a Virgem Maria. O escapulário é um sacramental, ou seja, uma realidade visível, que nos conduz a Deus, com sua graça redentora, seu perdão e promessas. Santa Teresa (reformadora da Ordem das Freiras Carmelitas, juntamente com São João da Cruz) dizia que portar o escapulário era estar revestido com o hábito de Nossa Senhora.
A Bem-Aventurada Virgem Maria, Nossa Senhora do Carmo, aparece na vida de São Simão com um grande olhar de misericórdia e compaixão. Com a vida de Nossa Senhora do Carmo, percebemos o quanto ela olha para os seus e se compadece. Maria é a mulher da misericórdia e a mulher que sempre estende as mãos para ajudar os seus filhos que passam por necessidades e dificuldades.
Peçamos a Nossa Senhora do Carmo que nos ajude a caminhar na misericórdia, no amor, na paz e na fraternidade. Esta devoção mariana quer nos ajudar a não desanimarmos diante das perseguições, e procurar, revestidos de Maria, continuarmos firmes no Senhor, confiando em sua providência. Com a experiência da misericórdia de Deus, temos a certeza de sermos sinais dessa mesma misericórdia aos outros. Que diante das “secas das vidas de tantas pessoas”, o Senhor nos ajude a profetizar que a “nuvem de chuva que chega” nos vem pela intercessão de Maria para que sejamos fiéis seguidores do Senhor, mesmo com tantos falsos profetas ao redor.
Que a vida de oração no monte de Deus nos acompanhe nesses dias para “contemplar o Deus misericordioso”. Que a Virgem Mãe nos ampare em todas as dificuldades. Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

Guariscimi o mio Signor - "Figli del Divino Amore" - Medjugorie

Irmã Lúcia, de Fátima: “Rosário e escapulário são inseparáveis”

Fátima escapulário rosário

"O Santo Padre o confirmou a todo o mundo, dizendo que o escapulário é sinal de consagração ao Imaculado Coração. Ninguém pode discordar"

Lúcia, uma das três crianças que testemunharam as aparições de Nossa Senhora de Fátima em 1917 e que depois se tornou religiosa carmelita, revelou que, na última aparição, em 13 de outubro daquele ano, a Virgem Maria se manifestou como Nossa Senhora do Carmo, fazendo-a concluir que “o escapulário e o rosário são inseparáveis”.
O relato publicado pelo site da Ordem do Carmo em Portugal informa que, naquele 13 de outubro de 1917, a Santíssima Virgem Maria cumpriu a promessa feita aos três pastorinhos no mês anterior: após a sua aparição, as crianças também viram São José e o Menino Jesus e, na sequência, a mesma Virgem Santíssima voltou a se apresentar a eles como Nossa Senhora das Dores e, em seguida, como Nossa Senhora do Carmo.
O fato foi narrado pela própria irmã Lúcia em setembro de 1949 ao padre carmelita Donald O’Callaghan, que a tinha visitado porque, segundo ele mesmo, “estava particularmente interessado em saber qual era o lugar do Escapulário do Carmo nas aparições de Fátima“.
A freira disse ao sacerdote que Nossa Senhora nada falara em específico do escapulário, mas lhe dissera que “viria como Nossa Senhora do Carmo; a sua interpretação era que a devoção do escapulário agradava a Nossa Senhora e que ela desejava a sua propagação“.
Ao perguntar à vidente “se ela pensava que a devoção do escapulário fazia parte da mensagem de Fátima“, o padre carmelita ouviu dela que “o escapulário e o rosário são inseparáveis“, já que “o escapulário é o sinal da consagração a Nossa Senhora“.
No ano seguinte, em 11 de fevereiro, o Papa Pio XII convidou os fiéis a “colocarem em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de todos“. No mesmo ano, durante a festa da Assunção de Nossa Senhora, a irmã Lúcia voltou a falar da aparição de Nossa Senhora do Carmo e a mencionar o escapulário ao pe. Howard Raffterty, também carmelita.
Segundo o sacerdote, a vidente reforçou que, “em muitos livros sobre Fátima, os autores não dão o escapulário como parte integrante da mensagem. Ah, fazem mal: Nossa Senhora quer que todos usem o escapulário“.
A religiosa acrescentou:
“Agora já o Santo Padre o confirmou a todo o mundo, dizendo que o escapulário é sinal de consagração ao Imaculado Coração. Ninguém pode discordar”.
E reafirmou:
Sem dúvida, o terço e o escapulário são inseparáveis“.

A partir de matérias de ACI Digital e Canção Nova

O padre que foi salvo de um tiro pelo escapulário

BROWN SCAPULAR

Ninguém será salvo apenas por usar algo sagrado, mas histórias como esta reforçam a necessidade de termos uma fé autêntica em Deus

Às vezes, Deus salva milagrosamente as pessoa da morte. E isso pode acontecer de diversas maneiras. Ele o faz quando está dentro de sua vontade e, muitas vezes, a fé do indivíduo ajuda.
Uma dessas histórias pode ser encontrada no livreto “Garment of Grace”, que narra como um padre foi salvo por Deus através seu Escapulário Marrom (uma fita com dois quadrados de tecido marrom, impresso com imagens sagradas, que é usada sobre os ombros). O escapulário é considerado um sacramental pela Igreja Católica).
Um dia, um padre francês estava caminhando para a igreja local para celebrar a Missa. Quando estava perto da igreja, o padre percebeu que havia esquecido algo: seu escapulário marrom, que normalmente ficava embaixo de sua roupa.
Isso o perturbou e ele não conseguia pensar em celebrar a Missa sem honrar a Virgem Maria com o sacramental. Mesmo estando atrasado, o sacerdote decidiu voltar para pegar o escapulário.
O livreto narra o que aconteceu depois:
“Mais tarde, ao oferecer o Santo Sacrifício, um jovem se aproximou do altar, sacou uma arma e atirou no padre pelas costas. Para espanto de todos, o padre continuou a recitar as orações da Missa como se nada tivesse acontecido. A princípio, presumiu-se que a bala havia perdido milagrosamente seu alvo. No entanto, após o exame, a bala foi encontrada grudada ao pequeno escapulário marrom que o padre recusara tão obstinadamente a ficar sem”.
A história não tem outros detalhes, como o nome do padre, data ou local, mas não é a primeira vez que alguém é salvo de uma bala por um objeto sagrado.
Embora essas histórias não garantam que alguém será salvo se usar algo santo,  reforçam a necessidade de ter uma fé autêntica em Deus, confiando que Ele nos protegerá sempre. Se tivermos uma confiança autêntica em Deus, tudo é possível.

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Livra do peso dos nossos pecados.

  Afrouxa os laços de nossas impiedades e nos livra do peso dos nossos pecados. Tem piedade de mim, ó Senhora, e cura minha doença. Tira a a...