Por Diego Amorim.
O contrário da gratidão não é a ingratidão. É a indiferença.
E ela, a indiferença, tem o poder de ser mais venenosa e provocar danos ainda mais profundos do que os da própria ingratidão.
A gratidão é um dos gestos mais nobres do ser humano. Revela maturidade, humildade, desapego de si mesmo.
Gratidão é mais do que um “muito obrigado”, mais do que um agradecimento por ter uma satisfação pessoal atendida. A gratidão tem como foco o outro: é perceber o outro, reconhecer o esforço do outro.
É por isso que só consegue ter gratidão quem se dá conta de que a vida da gente só faz sentido quando existe um outro a quem possamos ser gratos.
A gratidão é sentimento de gente que se dispõe a sair de si mesmo.
Quem não alimenta a gratidão em seus relacionamentos – de qualquer espécie – já absorveu a esquisita tese de que o outro tem a obrigação de satisfazê-lo, de tratá-lo bem, de atender às suas vontades.
É quando geralmente nasce a indiferença, fruto do comodismo, da rotina mal vivida, da certeza equivocada de que o outro estará sempre à disposição.
Quem não fica atento – e, portanto, trata-se de um exercício – ao que o outro faz de bom muito mais facilmente enxergará o que ele deixa de fazer.
Tenho a certeza de que reconhecer as atitudes em nosso favor, por menores que elas sejam, pode salvar muitos de nossos relacionamentos, fortalecê-los ou simplesmente mantê-los.
Somos todos aprendizes. E, assim sendo, permitam-me ajudar-nos nesta caminhada: agradeçamos, minha gente! Digamos ao outro o que pensamos – hoje, não amanhã. Deixemos transparecer ao outro quando felizes ficamos. Demos os necessários retornos.
Se acharem que faz sentido, pensem sobre isso.
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