Pela sua plena adesao a vontade do Pai, a obra redentora do Filho e a todas as moções do Espirito Santo, a Virgem Maria e para a Igreja o modelo da fé e da caridade. Por isso, ela e membro eminente e inteiramente singular da Igrejaâ (533) e constitui mesmo a realização exemplar, o typus, da Igreja (534).
Mas o seu papel em relacao a Igreja e a toda a humanidade vai ainda mais longe. Ela cooperou de modo inteiramente singular, com a sua fé, a sua esperança e a sua ardente
caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. E, por essa razão, nossa Mãe, na ordem da graça (535).
Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente deu na anunciação e que manteve inabalavel junto da Cruz, ate a consumação perpetua de todos os eleitos. De facto, depois de elevada ao céu, nao abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcancar-nos os dons da salvção eterna [...]. Por isso, a Virgem e invocada na Igreja com os titulos de advogada, auxiliadora, socorro e medianeiraâ (536).
Mas a função maternal de Maria para com os homens, de modo algum ofusca ou diminui a mediãção unica de Cristo, mas antes manifesta a sua eficacia. Com efeito, todo o
influxo salutar da Virgem santissima [...] deriva da abundancia dos meritos de Cristo, funda-se na sua mediacao e dela depende inteiramente, haurindo ai toda a sua eficaciaâ (537).
Efectivamente, nenhuma criatura pode ser equiparada ao Verbo Encarnado e Redentor; mas,assim como o sacerdocio de Cristo e participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel, e assim como a bondade de Deus, sendo uma so, se difunde variamente pelos seres criados, assim tambem a mediacao unica do Redentor nao exclui, antes suscita nas criaturas, uma cooperacao variada, que participa dessa fonte unicaâ (538).
Catecismo da Igreja Católica 967-970
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