segunda-feira, 29 de maio de 2017

O terço é uma oração antiquada e monótona? A irmã Lúcia, de Fátima, nos mostra outra realidade!


Ela foi testemunha ocular das aparições de Nossa Senhora

Aos que dizem que o terço é uma oração antiquada e monótona, devido à repetição das orações que o compõem, eu pergunto-lhes se há alguma coisa que viva sem ser pela repetição continuada dos mesmos actos.
Deus criou tudo o que existe de modo a conservar-se pela repetição continuada e ininterrupta dos mesmos actos. Assim, para conservarmos a vida natural, inspiramos e expiramos sempre do mesmo modo; o coração bate continuamente seguindo sempre o mesmo ritmo. Os astros, como o Sol, a lua, os planetas, a Terra, seguem sempre a mesma rota que Deus lhes marcou. O dia sucede à noite, ano após anos, sempre do mesmo modo. A luz do Sol alumia-nos e aquece-nos na Primavera, vestem-se depois de flores, dão frutos e voltam a perder as folhas no Outono ou Inverno.
E, assim, tudo o mais segue a lei que Deus lhe marcou, e ainda ninguém lhe ocorreu dizer que era monótono, por isso prescinde-se; é que precisamos disso para viver! Pois bem, na vida espiritual temos a mesma necessidade de repetir continuamente as mesmas orações, os mesmos actos de fé, de esperança e de caridade, para termos vida, visto que a nossa vida é uma participação continuada da vida de Deus.
Quando os discípulos pediram a Jesus Cristo que os ensinasse a orar, Ele ensinou-lhes, como vimos atrás, a bela fórmula do “Pai-Nosso“, dizendo: “Quando orardes dizei: Pai…” (Lc 11,4). O Senhor mandou-nos rezar assim, sem nos dizer que, passado um certo número de anos, buscássemos nova fórmula de oração, porque esta teria passado a ser antiga e monótona.
Quando os namorados se encontram, passam horas seguidas a repetirem a mesma coisa: “amo-te!“. O que falta aos que acham a oração do terço monótona é o Amor; e tudo o que não é feito por amor não tem valor. Por isso, nos diz o Catecismo que os dez Mandamentos da Lei de Deus se encerram num só, que é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Os que rezam diariamente o seu terço são como os filhos que todos os dias dispõem de alguns momentos para ir até junto de seu pai, para lhe fazer companhia, manifestar-lhe o seu agradecimento, prestar-lhe os seus serviços, receber os seus conselhos e a sua bênção. É o intercâmbio e a troca do amor, do pai para com o filho e deste para com o pai, é a dádiva mútua.
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Irmã Lúcia, em “Apelos da Mensagem de Fátima”

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