
A cena dramática da Paixão de Jesus alcança seu ápice quando um soldado, com uma lança, perfura o peito do Mestre, de onde jorra água e sangue. É possível ter-se tratado de um fenômeno físico, levando-se em consideração as condições em que ele se encontrava. Entretanto, a fé cristã sempre o considerou como um fato repleto de simbolismo.
Sangue e água representam dois sacramentos importantes para a Igreja: o Batismo e a Eucaristia. Como no batismo, a água que jorrou do Crucificado nos purifica de todas máculas contraídas pelo pecado, reconciliando-nos definitivamente, com o Pai. É a água que realmente sacia a nossa sede, pois, em Jesus, está a fonte da vida.
O sangue identifica Jesus como o Cordeiro imolado para a celebração da Páscoa definitiva. Na Eucaristia, ele é o alimento da comunidade em marcha pelas estradas do mundo, como o antigo Israel, na caminhada pelo deserto. Quem dele se alimenta, não desfalece no caminho para o Pai e, de antemão, tem garantido o alimento divino.
O discípulo de Jesus jamais sentirá fome ou sede, se for capaz de depositar toda a sua fé no Messias crucificado. Foi dele que jorrou o sangue e a água que nos salvam. A tragicidade da cruz revela, assim, sua verdadeira dimensão. Do lado aberto do Messias, nasceu a Igreja, comunidade dos redimidos.
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