sexta-feira, 24 de maio de 2013

Jesus ama o "trivial cotidiano"

Jesus fez questão de valorizar, de mostrar como é importante o “trivial cotidiano”. Eu tenho um conhecido que até chorava de emoção ao pensar nesta cena: “Você – dizia - não percebeu como é maravilhoso? Cristo farofeiro! O Filho de Deus, farofeiro!”

Esse meu amigo se alegrava justamente ao perceber o carinho com que Cristo vê e valoriza a nossa vida diária, as pequenas coisas da vida, que às vezes nos parecem tão longe dos grandes ideais, e concretamente tão longe do ideal cristão de Amor e de santidade...E esquecemos que Jesus passou trinta anos vivendo com amor a “rotina dos dias”, no lar de Maria e José, tendo uma vida normal, discreta e simples, de família, de trabalho..., sendo, como se lê no Evangelho, 
o carpinteiro
, o filho do carpinteiro... E aquilo era a “vida do Deus feito homem”, cheia, portanto, de grandeza divina, de santidade. Com ela estava nos redimindo, estava nos salvando.


Se refletirmos um pouco, perceberemos que esta cena de Cristo que pesca juntamente com os discípulos, e prepara o almoço, e toma a refeição com os amigos, e conversa com eles à beira do lago é um símbolo do que deveria ser cada um dos nossos dias. Também nós podemos acordar cada manhã (pensemos na manhã da segunda-feira
mais cinzenta de todas), e – se nos tivermos lembrado de rezar e oferecer o nosso dia a Deus – , poderemos ver, com a luz da fé, que Jesus está junto de nós e nos diz: “Vamos começar o dia juntos, vamos trabalhar juntos, vamos tratar bem os outros, vamos fazer do “trivial cotidiano” uma aventura de Amor...”.

Seria tão bom que conseguíssemos ser cristãos que rezam, que se lembram com fé de Deus durante o dia inteiro! Bastaria, para isso, às vezes, trazer um crucifixo no bolso, ou um terço, e rezar as orações que amamos, também pela rua; e dizer muitas breves jaculatórias – do tipo “Jesus, eu te amo! Jesus, dá-me um coração como o teu!” – no trânsito, e ao iniciar uma tarefa, e ao morder os lábios para não xingar ou resmungar ou falar mal dos outros.... Se conseguíssemos conversar com Cristo até dos detalhes mais triviais, com certeza se acenderia uma luz nova no nosso coração e, com essa luz, veríamos de uma maneira “nova” todas as coisas que, com Ele, nunca ficam gastas, puídas, aborrecidas e rotineiras. Entenderíamos então por que Jesus nos diz:
Eis que eu faço novas todas as coisas (Ap 21,5).


Pe. Franciscus Faus - Meditações sobre a ressurreição

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