O sagrado dom da vida nesta Terra,
prelúdio da vida eterna no Céu
1. Por que a Igreja defende a vida?
— A Igreja nos ensina que há um só Deus, todo-poderoso,
que criou o Céu e a Terra e todas as coisas que no
Céu e na Terra se contêm, isto é, todo o universo. A vida,
presente na Terra, é, portanto, um dom de Deus, que nos
cumpre preservar e orientar para Deus.
2. Quais as criaturas mais nobres que Deus criou?
— As criaturas mais nobres que Deus criou foram os
anjos e os homens.
3. Qual a criatura mais elevada que Deus colocou sobre a
Terra?
— A criatura mais elevada que Deus colocou sobre a
Terra é o homem, entendendo-se com esta palavra, por
simplificação de linguagem, os dois sexos, isto é, o homem
e a mulher.
4. O que é o homem?
— O homem é uma criatura racional composta de alma
e corpo. O corpo é gerado pelos pais, e uma alma imortal
é criada e infundida por Deus nesse corpo.
5. O que é a alma?
— A alma é uma substância espiritual, dotada de inteligência
e de vontade, capaz de conhecer e amar a Deus e
de O possuir eternamente.
6. Em que momento a alma é infundida por Deus?
— Não há unanimidade entre os autores sobre este
ponto. Para alguns, a infusão da alma dá-se desde o primeiro
instante da concepção; para outros, ela não poderia
preceder ao menos a nidação (isto é, quando o ovo fecundado
atinge a cavidade uterina e ali escava uma espécie
de ninho, no qual se instala). Autores mais antigos supunham
que a alma só seria infundida quando o corpo tivesse
atingido um grau de organização mais adiantado. É o
que se chamava animação tardia. Com os conhecimentos
atuais sobre o desenvolvimento do embrião humano, a
tendência dos autores é considerar a infusão da alma como
sendo concomitante à concepção.
7. Essa tese da “animação tardia” não permitiria que o
aborto pudesse ser praticado antes da infusão da alma?
— Mesmo nessa hipótese, o aborto não pode ser justificado,
porque, a partir da concepção, estamos já perante
uma vida humana em formação. Documentos da Igreja o
afirmam claramente:
“No decorrer da história, os Padres
da Igreja, bem como os seus Pastores e os seus Doutores,
ensinaram a mesma doutrina, sem que as diferentes opiniões
acerca do momento da infusão da alma espiritual
tenham introduzido uma dúvida sobre a ilegitimidade do
aborto. (...) Jamais se negou que o aborto provocado,
mesmo nos primeiros dias da concepção fosse objetivamente
falta grave. Uma tal condenação foi de fato unânime”
.*
Desde o primeiro catecismo elaborado pela Igreja
— conhecido como
Didaké — o aborto é condenado: “Não
matarás o embrião por meio do aborto”
(2,2).
* Congregação para a Doutrina da Fé,
Declaração sobre o aborto provocado,nº 7, 1974.
Nenhum comentário:
Postar um comentário