sábado, 13 de julho de 2019

As Nove Ave-Marias




Se inicia, cada dia, com o ato de contrição, que diz:

"Prostrados em vossa presença, Oh! adorável Trindade!, vos bendigo e dou graças pelo inefável mistério da Encarnação no ventre da mais pura das virgens, vitima propicia da Divina Justiça pelo mundo pecador, eis aqui ao mais ingrato dos pecadores, que confundido e envergonhado reconhece vosso amor infinito e ardentíssima caridade, vos adora, bendiz e glorifica a vos que desde o ventre puríssimo de Maria vos entregastes a padecimentos, desprezos e vexações, sendo inocente e ainda vos fixais em mim com olhos de Misericórdia, em mim, o mais indigno de vosso perdão, por haver ultrajado vossa santidade e grandeza a troca dos inumeráveis benefícios que me haveis prodigiado.
Oh! Salvador que a redimir-me tirastes da escravidão do demônio! Pai que, esquecendo minhas loucuras e extravios, me busca, me chama e oferece em troca de tanta ingratidão: Amor e bem-aventurança eterna.
Pequei e me pesa na alma haver-vos ofendido.
Aumentai, Deus meu, meu arrependimento e dai-me a força eficaz para odiar o pecado e perseverar em vosso santo serviço até o fim de minha vida. Amém.

Seguidamente se reza o oferecimento:

"Vos oferecemos estas nove Ave-Marias.
Oh! castíssima Virgem e Mãe de Deus, em memória de vossa gloriosa maternidade e por todas as virtudes com que o Altíssimo adornou vossa alma, vos rogo não olheis em mim a miséria e indignidade que me revestem, atendei somente ao honrosíssimo titulo de Mãe de Deus, titulo que, enchendo-nos de regozijo e consolo, nos infunde a esperança de que na hora final, esquecendo-se de nossas ingratidões, somente recordarás que como Mãe do Salvador, quem em sua agonia vos fez depositaria de sua Misericórdia para que a tivesses com os pecadores, nessa tremenda hora, vos pedimos a useis conosco, Lembrai-vos em ela, que suplicantes imploraremos vossa assistência, cuja memória nos bastará, pois sabemos que nunca quem vosso auxilio implora será desamparado e assim confio em obter a graça de receber em meu peito a vosso Divino menino Jesus Sacramentado, graça que será o sinal de meu perdão e prenda segura da vida eterna. Amém".

Rezar a ladainha da Santíssima Virgem, que se encerra com a seguinte oração:

"Sob vosso amparo nos acolhemos, Oh! Santa Mãe de Deus; não desprezeis nossas suplicas nas necessidades; antes livrai-nos dos perigos, Oh! Virgem gloriosa e bendita! rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos de alcançar as promessas de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém."

Se reza a oração que corresponda, precedendo as nove Ave-Marias.

Primeira Jornada: Virgem Maria!, que, por cumprir o mandato de um soberano da terra, obrigada vos vistes a partir em companhia de vosso castíssima esposo José de Nazaré a Belém, atendendo ao edito do César, de que se apresentasse toda pessoa residente em seu império, e dizer o lugar de origem para futuros tributos que deveriam pagar, por vosso exemplo, humildíssima Rainha, vos rogo reanimeis minha fé para que também, submisso e obediente, possa cumprir com o mandato de nosso Soberano do céu. Amém".

Segunda Jornada: " Oh! Virgem Santíssima!, assim como vós sofrestes os rigores da intempérie levando em vosso ventre virginal ao Divino Jesus feito homem, eu, adorando-vos e venerando-vos, vos rogo me ensineis a suportar misérias e incomodidades, desprezos e pobrezas, e que minha esperança se robusteça para seguir vossos passos nas jornadas da virtude. Amém.

Terceira Jornada: " Oh! Rainha dos anjos!, comunicai a minha alma, Oh! Imaculada Conceição!, a fortaleza com que suportastes as penalidades de vossa terceira jornada levando por toda companhia a vosso esposo, José, e aos anjos celestiais que, em coro, cantavam e bendiziam ao filho de vossas puríssimas entranhas, para que convosco possa eu continuar minha peregrinação nesta terra. Amém"

Quarta Jornada: " Oh! Mãe minha! assim como vós suportastes miséria, vexações e desdenhosas negativas quando sem desanimar pousada imploravas nesta jornada, transmiti-nos, Oh! Virgem Santíssima!, essa mesma submissão e humildade vossa, para que a minha alma não tentem as vaidades do mundo e que meu coração só dê albergue ao amor puro, piedoso e singelo perante vossa Sagrada família. Amém".

Quinta Jornada: " Oh, Cândida paloma Mãe e Rainha celestial, que a vossa chegada a Belém, em busca de alojamento, pressurosa vos empenhastes a cumprir o mandato que ai vos levava, com este exemplo de submissão que me dais, ensinai-me no caminho da obediência também e sujeitai-me a vontade de vosso filho para que se vigore meu espírito e avive o fogo de meu amor e não deixeis, Mãe minha, que vacile minha fé. Amém".

Sexta Jornada: " Rainha soberana!, que suportastes as duras fatigas de tão cruel jornada de Nazaré a Belém, de porta em porta pedindo pousada, que todos vos negavam sem haver encontrado humilde asilo por fim, por que não ei de suportar eu penalidades da vida para alcançar a graça de ir pelo caminho da virtude e conseguir contemplar-vos eternamente na Glória? Amém".

Sétima Jornada: " Rosa Mística!, e puríssima de aroma celestial que nesta jornada, a falta de albergue, com abnegação inefável, submissa aceitastes por asilo a solicita oferta de vosso santo esposo, que somente conduzir-vos podia a uma gruta, morada e refugio eventual de pastores que ai, com seus rebanhos, se guarneciam contra chuvas e inclemências do tempo.
Vós que tudo isto suportastes, dai-me paciência para suportar amarguras terrenas. Amém".

Oitava Jornada: " Oh! Santíssima Virgem, Oh! Rainha Imaculada!, se aproxima o feliz momento em que, com resignação sem igual, dareis a luz ao Redentor do mundo, considerai que, apesar do sofrimento, ainda solicita ajudastes a vosso amante esposo a limpar de imundícias o lugar que nem para animais era digno, façais Virgem Santa que possa alcançar a eterna ventura de ser digno servo vosso. Amém".

Nona Jornada: "Por fim, Mãe gloriosa, chegou o ansiado momento em que destes a luz ao menino mais lindo, sábio e adorável, cuja presença o estábulo embelezou. Castíssimo Patriarca que, achando-vos a seus pés, celebrais a glória com os Hosanas de anjos, arcanjos e querubins e em todo o orbe cristão e com o jubilo de milhões de fiéis que lhe adoram e cantam "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade", e ainda os animais se aproximam lentamente a dar calor com seu alento ao desnudo corpinho de nosso Redentor.
Suma a aurora do cristianismo, a luz divina que exalta ao fraco e oprimido, igualando ao rico com o mendigo.

Oh! Maria!, por este feliz momento em que recebestes o homenagem dos humildes, vos pedimos com a mesma humildade que nos ajudeis com a vontade de vosso Divino Filho. Amém".

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