domingo, 15 de abril de 2018

O poder de Maria contra os demônios e as tentações

Teotoco de Vladimir

Felizes de nós se recorrermos sempre a esta Mãe divina e imaculada

Santo Afonso Maria de Ligório diz, com muita razão, que a Santíssima Virgem Maria é comparada a um exército em ordem de batalha, porque ela sabe ordenar o seu poder e a sua misericórdia para confusão dos inimigos infernais e benefício dos seus devotos. Felizes de nós, se nas tentações recorrermos sempre a esta Mãe divina e imaculada, invocando o seu doce nome juntamente com o de seu Filho Jesus Cristo.
O ato de benevolência mais agradável a Virgem Maria é recomendarmo-nos muitas vezes a ela e colocarmo-nos debaixo da sua proteção, como faziam os primeiros cristãos: “Sub tuum praesidium confugimos, sancta Dei Genitrix – Sob tua proteção nos refugiamos, ó santa Mãe de Deus!”
O poder da Virgem Maria contra os demônios
Maria Santíssima não é somente a Rainha dos Céus, dos Anjos e dos Santos, mas também, de certo modo, do inferno e dos demônios, pois os venceu intrepidamente com as suas virtudes. Todos os Santos Padres concordam em dizer que a Bem-aventurada Virgem Maria é aquela mulher poderosa, prometida por Deus desde o princípio do mundo, que juntamente com o Filho estará em perpétua inimizade com a serpente infernal e, a seu tempo, haverá de lhe esmagar a cabeça, abatendo-lhe o orgulho: “Inimicitias ponam inter te et mulierem … Ipsa conteret caput tuum – Porei inimizade entre ti e a mulher… Ela te esmagará a cabeça” (Gn 3, 15). Por isso, Satanás se vê constrangido a prostrar-se aos pés da Virgem Maria.
O espírito maligno, para vingar a sua derrota, volta toda a sua fúria contra nós, devotos da Mãe de Deus. A Santíssima Virgem, porém, não permite que este espírito do mal nos cause o menor dano.
Maria foi simbolizada na coluna, ora de nuvem, ora de fogo, que guiava o povo de Israel para a Terra prometida (cf. Ex 13, 21). A coluna representava os dois ofícios que a Virgem Santíssima exercita continuamente em nosso favor. Como nuvem, ela nos protege do ímpeto da justiça divina e, como fogo, nos defende dos demônios. Assim como os homens caem por terra quando um raio do céu parece cair sobre eles, da mesma forma, os espíritos do mal caem abatidos somente ao ouvir o nome de Maria.
Pela mesma razão, a Virgem Santíssima é chamada pelo divino Esposo de terrível contra o poder do inferno, como um exército bem-ordenado: “Terribilis ut castrorum acies ordinata” (Ct 6, 4). Ela sabe ordenar bem o seu poder, a sua misericórdia e as suas súplicas para confusão dos inimigos e benefício dos seus devotos e servos, que nas tentações invocam o seu poderosíssimo socorro.
O auxílio de Nossa Senhora nas tentações
Conforme uma revelação divina a Santa Brígida, o orgulhoso Lúcifer antes quer que se multipliquem as suas penas no Inferno do que ver-se dominado pelo poder de uma Mulher. Felizes seremos nós se, nas nossas lutas contra o Inferno, recorrermos sempre a Maria Santíssima e invocarmos o seu belo e santo nome.
Habituemo-nos à bela prática de invocar sempre os nomes santíssimos de Jesus e Maria em todas as nossas necessidades, nos perigos de ofender a Deus, especialmente nas tentações contra a pureza. Entre todos os favores que possamos prestar a Santíssima Virgem, nenhum agrada mais a nossa Mãe do que recorrermos frequente e insistentemente à sua intercessão e colocarmo-nos debaixo da sua poderosa proteção:
“Sub tuum praesidium confugimus, Sancta Dei Genetrix. Nostras deprecationes ne despicias in necessitatibus, sed a periculis cunctis libera nos semper, Virgo gloriosa et benedicta. Amen.
À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó virgem gloriosa e bendita. Amém”
Oração de Santo Afonso a Maria Santíssima nas tentações
“Eis aqui a vossos pés, ó Maria, minha esperança, este pobre pecador, que tantas vezes por sua culpa se fez escravo do inferno. Reconheço que me deixei vencer pelos demônios, porque não recorri a vós, meu refúgio. Se eu tivesse recorrido sempre a vós, e vos tivesse invocado, nunca teria caído. Espero, Senhora minha amabilíssima, que por vosso intermédio já estou livre das mãos do demônio e que Deus me perdoou. Mas temo que no futuro venha a cair de novo no cativeiro do inferno. Sei que meus inimigos ainda não perderam a esperança de me tornar a vencer. Já me preparam nossos assaltos e novas tentações. Ah! Minha Rainha e meu refúgio, ajudai-me metei-me debaixo de vosso manto; não permitais que torne a ser escravo dos demônios.
Sei que vós me ajudareis e me fareis vitorioso, sempre que eu vos invocar. É este, porém, o meu receio, receio de que nas tentações eu me esqueça de chamar por vós. Eis, portanto, a graça que vos peço e de vós espero, oh Virgem Santíssima, que eu me lembre sempre de vós, especialmente quanto estiver em luta com o demônio. Fazei com que então não deixe de vos invocar frequentemente, dizendo: Maria, ajudai-me, ajudai-me, Maria! – E quando chegar finalmente o dia da minha última contenda com o inferno, na hora da minha morte, ah, Senhora e Rainha, assisti-me então muito mais e lembrai-me de vos invocar então com mais frequência, com os lábios ou com o coração, afim de que, com o vosso dulcíssimo nome e com o de vosso Filho Jesus na boca, possa ir bendizer-vos e louvar-vos, para nunca mais me apartar dos vossos pés por toda a eternidade, lá no paraíso.”
Por Natalino Ueda, via Todo de Maria 

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