quinta-feira, 27 de julho de 2017

A mulher americana que virou freira para que seu marido se tornasse padre


No meio dessa situação estranha, Cornelia Connelly permaneceu firme em busca da santidade

Nascida em uma grande família presbiteriana na Filadélfia, Cornelia Peacock foi rapidamente introduzida em uma vida de dificuldades e abandono. Seu pai morreu quando ela tinha nove anos. Ela também perdeu sua mãe quando completou 14.
Uma bela jovem que atraiu a atenção de um pastor da Igreja Episcopal. Apesar da oposição de sua família, Cornelia casou-se com o Reverendo Pierce Connelly em 1831.
Eles se mudaram para o Mississippi, onde Connelly trabalhou como pastor de uma igreja local. Cornelia deu à luz dois filhos lá e, durante aquele tempo, o casal começou a explorar a fé católica. Connelly, então, renunciou ao seu cargo de pastor e resolveu viajar para Roma.
Ambos foram recebidos na fé católica, mas Connelly desejava ser ordenado sacerdote católico. Na época, não havia permissão para que um homem casado fosse ordenado no rito latino, por isso sugeriu-se que ele seguisse o rito oriental. O conselho não se adequava a Connelly e, com o tempo, ele começou a abandonar seu desejo.
A família desfrutou de um curto período de tempo na Itália e retornou a Louisiana para que Connelly pudesse ensinar inglês em uma faculdade jesuíta. Cornelia dava aulas de música em uma escola local e criava seus quatro filhos.
No entanto, Connelly não estava satisfeito e voltou a perseguir o sacerdócio. Isso aconteceu quando Cornelia já estava grávida de seu quinto filho. Ela era compreensivelmente resistente à ideia, mas, de alguma forma, via isso como vontade de Deus.
A família voltou para Roma. Para que Connelly fosse ordenado sacerdote, Cornelia teve que entrar no Convento do Sagrado Coração na Trinita dei Monti. Tendo dado à luz recentemente, ela foi autorizada a levar seu filho ao convento, mas viveu primeiro como leiga para cuidar de seu filho. Connelly começou os estudos para o sacerdócio. Antes de se tornar diácono, Cornelia pediu-lhe para reconsiderar sua busca.
Connelly insistiu em sua ordenação, e Cornelia concordou a fazer o voto de castidade, aceitando-a como a vontade de Deus. Connelly foi ordenado sacerdote e ela se tornou freira. Cornelia confiava que Deus traria um bem maior para aquela situação.
Um bispo na Inglaterra ouviu falar de Cornelia e perguntou se ela estava disposta a participar de uma ordem religiosa voltada à educação. Novamente, confiando que Deus estava no controle, Cornelia viajou para a Inglaterra com seus dois filhos mais novos e fundou a Society of the Child Jesus (Sociedade do Menino Jesus). No início, as irmãs davam aulas para crianças pobres na Inglaterra. Depois, fundaram escolas na Europa, nos Estados Unidos e na África.
A marca registrada das escolas, baseada na própria filosofia e experiências de vida de Cornelia, era a dignidade de toda pessoa humana. Além disso, ao contrário do humor geral da época, ela acreditava que as escolas deveriam ser parecidas com as casas, e as irmãs deveriam ser mães amorosas, que tratavam os alunos com atenção e respeito.
Embora tenha sido bem sucedida com sua nova ordem religiosa, seu marido ficou perturbado. Ele foi a Roma e se apresentou como cofundador da ordem de sua esposa, buscando obter poderes sobre ela. Cornelia soube disso quando um conjunto de constituições que ele elaborou chegou aos bispos ingleses. Ela teve que colocar tudo em pratos limpos e negar o envolvimento dele com a ordem.
Connelly, então, chegou a processar a mulher, e, depois, tirou os filhos dela e renunciou ao seu sacerdócio e à fé católica. Isso a afligiu e ela sofreu muito com o distanciamento e o destino infeliz de seu marido. Connelly começou a ganhar a vida escrevendo artigos contra a fé católica.
Em meio a todos os acontecimentos, Cornelia manteve sua confiança inabalável em Deus. Ela escreveu em seu caderno: “Eu pertenço a Deus. Não há nada no mundo que eu não deixaria fazer por Sua Sagrada Vontade e para satisfazê-Lo”.
Após sua morte, em 1879, sua perseverante santidade através de tão grande sofrimento foi uma inspiração para muitos. Uma causa para a sua canonização foi aberta e, em 1992, ela foi oficialmente declarada, “venerável”.

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