domingo, 9 de março de 2025

Rezando com o auxílio da Virgem Maria

 Talvez já tenhamos ouvido que Deus se fez pequeno, e humilhou-se por amor a nós: Ele, existindo em forma divina, não se apegou ao ser igual a Deus, mas despojou-se, assumindo a forma de escravo e tornando-se semelhante ao ser humano. E, encontrado em aspecto humano, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte – e morte de cruz. (cf. Fl 2,6-8)

De maneira simples, podemos dizer que Deus “desce dos céus”, lembrando que Ele sempre esteve no meio de nós, onipresente, e as Sagradas Escrituras nos asseguram isso. Despojar-se de Si, tornando-se semelhante a nós, encarnando no seio da Virgem Maria, foi manifestação do Seu amor.

Foto Ilustrativa: GitoTrevisan by Getty Images


Sendo Deus, Ele poderia usar de vários meios para se manifestar ao mundo, mas escolheu a Bem-Aventurada Virgem Maria e quis precisar dela: Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei. (Gl 4,4)

Tenha Maria como sua intercessora

“Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.” (Lc 1,30-31)

Foi em Maria que Deus encontrou graça, e nos enviou o Seu Filho para nos salvar: “Nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,11).

Santo Agostinho nos diz que “Maria, antes de conceber Jesus em seu ventre, já o tinha concebido no coração”.

Maria acolhe a graça de Deus, submetendo-se e abandonando-se na Sua vontade. Ao dizer sim, dispõe-se a cooperar no plano da Salvação da humanidade, e com ela todas as consequências futuras que viriam.

Mediadora das graças

Nas palavras de Isabel, encontramos razões para aliar-se a Maria e fazer dela nosso auxílio forte e seguro na oração:
Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor me venha visitar? (Lc 1,42-43)

Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido! (Lc 1,45)

Maria é bendita. Isso significa que é uma pessoa abençoada, que tem méritos diante de Deus e que trouxe em seu ventre o Bendito Jesus. Feliz é Maria, que acreditou, mulher de fé inabalável, que em nenhum momento duvidou e que viu as promessas de Deus se cumprirem, porque elas são irrevogáveis.

Desde o Antigo ao Novo Testamento, encontramos a presença de Maria. Citamos apenas algumas passagens que a demonstram: Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gn 3,15)

(…) Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel. (Is 7,14)

E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm vinho”. (Jo 2,3)

Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem Ele amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí o teu filho”. Então disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe”. E desde aquela hora, o discípulo a recebeu em sua casa. (Jo 19,25-27)

Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres – entre elas, Maria, mãe de Jesus… (Atos 1,14)

E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. (Ap 12,1)

Do Gênesis ao Apocalipse está Maria, nas profecias e nos fatos; nas bodas de Caná, a mãe de coração atento que observa e se antecipa diante das necessidades dos filhos, ao faltar o vinho; aos pés da Cruz, com o coração dilacerado e traspassado pela dor, guardava tudo no silêncio do coração e, na pessoa de João, atende o apelo do Seu Filho e nos recebe como filhos. Também na Ressurreição, lá estava Maria, a primeira que acreditou. No
meio da desolação, tristeza e desânimo dos apóstolos, sem compreender o que de fato acontecia com eles, sem saber qual rumo tomar, Maria os firma na fé e, reunidos em Cenáculo, recebem o Espírito Santo.

No Apocalipse, na imagem da “Mulher vestida de sol, tendo a lua sob os pés e coroada por doze estrelas”, vemos o triunfo de Maria Imaculada, que após o coração traspassado pela morte do seu Filho na Cruz, participa e reina, em corpo e alma no céu, com o seu Filho Jesus.

Diante desses acontecimentos, não resta dúvida: Nossa Senhora é a pessoa com a qual devemos contar, para juntos rezarmos e alcançarmos graças, pois o mérito de Maria junto a Jesus é inquestionável. Só temos benefícios ao contar com a Santa Mãe de Deus e também nossa Mãe.

O nosso Papa Emérito Bento XVI, na homilia da canonização de Santo Antônio de Santana Galvão, disse: “Não há fruto da graça na história da salvação que não tenha como instrumento necessário a mediação de Nossa Senhora”.

Nossa Senhora, diante do trono de Deus nos céus, intercede por nós junto a Jesus, como aquela que acreditou e testemunhou as promessas de Deus para a humanidade. Ela tem os méritos necessários para alcançar as graças que suplicamos. Como nas bodas de Caná, ela deseja que façamos tudo o que Jesus nos disser.

Maria é a nossa acolhida materna

Como mãe, ela socorre toda a Igreja e todos os seus filhos não somente os cristãos, mas todos, dos mais simples até os que estão enfraquecidos na fé e afastados. Nesses casos, a Virgem Maria, com seus braços maternais, é o único vínculo de afeto, de acolhida, de cuidado.

Assim o diz São Thomaz de Villa Nova: Ela é dotada de um coração, o mais terno e compassivo, e por isso não pode ser indiferente, nem deixar de valer a quem deveras A procura. Ela até foi escolhida pelo mesmo Deus para ser nossa advogada.

Ela está no céu perante seu divino Filho, pedindo sempre por nós, mostrando-Lhe suas lágrimas e apresentando-Lhe suas intensíssimas dores por seu amor e por nós sofridas. Ela não aborrece, nem desampara um pecador, por mais enormes que sejam os seus crimes, contanto que olhe deveras para Ela, com grande aborrecimento ao pecado, e verdadeiro desejo de emenda.

Assim diz São Bernardo: Ainda que o pecador se veja já no abismo de tristeza, já decepcionado, mesmo às portas do inferno, se deveras e de coração puser os olhos em Maria, dirigindo-lhe fervorosas súplicas, logo há de sentir na sua alma as luzes da divina graça, e as doces consolações da divina misericórdia. Ó, bendito seja o nosso Deus, que nos deu uma tal Mãe, uma tão poderosa advogada!

Trecho extraído do livro “Rezar com a mãe”, de Nilza e Gilberto Maia



Reflita sobre o modelo de fé da jovem Virgem Maria

 

Maria é exemplo da realização da fé, esperança e caridade

À jovem Virgem Maria se aplica uma palavra referida à sabedoria: “Sou a mãe do belo Amor e do Temor, do Conhecimento e da santa Esperança” (Eclo 24, 24). Em Maria, a jovem, encontra-se a realização da fé, da esperança e da caridade.

Uma jovem chamada Maria (Cf. Lc 1, 26-17) deu a resposta mais decisiva que um ser humano é capaz de dar diante do plano de Deus. Ele soube olhar para a pequenez que se tornou a grandeza daquela servidora. A oblação de sua liberdade (Lc 1, 38) expressa a maturidade mais elevada a que se pode chegar.

Foto Ilustrativa: Jungfrun i bön (1640-1650) by Getty Images

Acreditar! Cedo ou tarde as pessoas haverão de fazer escolhas cujas consequências determinam o rumo da própria existência. Trata-se de um ato de confiança, com o qual se aposta a vida em quem é reconhecido maior do que a pessoa que responde. É o risco a ser assumido na vida de qualquer pessoa humana, ainda que essa se decida a acreditar apenas em si mesma.

A experiência da fé é fonte de felicidade

Pode-se arriscar num projeto de vida chamado profissão, o que é pouco para as dimensões da obra de Deus que somos nós. Alguém irá atrás de uma ideologia, essa carregada do germe da destruição interior que se seguirá, mais cedo ou mais tarde. Outros acreditarão no dinheiro, no poder ou no prazer, com as trágicas consequências testemunhadas na história da humanidade. Pode ainda acontecer a idolatria, com a qual coisas ou pessoas são confundidas com Deus. Ídolos caem sempre e se desmoronam!

Por outro lado, a experiência da fé é fonte de felicidade, pois liberta a pessoa de olhar apenas num espelho que é o próprio eu, abrindo horizontes antes impensáveis. A fé não limita, mas escancara portas para a vida humana, concedendo-lhe condições para enxergar com profundidade os acontecimentos. Não significa a busca de fatos extraordinários, curas miraculosas, fenômenos assustadores, mas a descoberta do sentido profundo da vida, expresso num projeto que vem de Deus!

A fé da Virgem Maria

“Feliz Aquela que acreditou, pois o que Lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (Lc 1,45). Olhemos para a Virgem Jovem Maria para aprender com Ela a arte da fé. Com Ela nós acreditamos, n’Ela somos conduzidos a Jesus, o único Salvador. A nossa fé quer ser parecida com aquela que Maria professou, tanto que, a consideramos Mãe da nossa própria fé.

Dentro de poucos dias, nossa cidade de Belém se transformará num mar de gente, pessoas de todas as idades e situações sociais, conduzidos todos pelas mãos da jovem Virgem de Nazaré, olhando para frente e para o alto, para o encontro com Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

E tudo começou quando a jovem recebeu a visita de um emissário de Deus. É que existe um plano de felicidade que provoca a nossa liberdade, expresso pela figura do Anjo que Lhe aparece. Deve entregar Sua vida a uma proposta que supera em muito sua pequenez e fragilidade! De fato, deve-se “dar crédito” à voz interior, instrumento que Deus usa para nos tocar.

Quem professa a fé sai de si mesmo, como fez a Jovem Virgem Maria

Ainda que não tenhamos aparições extraordinárias, forte e eloquente é a voz que nos chama à adesão ao projeto de Deus. Pode acontecer, também, de muitas pessoas terem sido instrumentos da graça de Deus para nos chamar. Elas responderam ao dom que vem do alto, mesmo sem entender. A fé se arrisca deixando à liberdade do próprio Deus: as eventuais explicações a serem dadas no correr da vida. Mas o ato inicial é um verdadeiro salto no escuro, garantido apenas pela qualidade Daquele que chama!

A resposta dada a Deus compromete a pessoa com o plano que Ele estabelece. Quem professa a fé sai de si mesmo. Assim fez a Jovem Virgem Maria, partindo para um verdadeiro estágio de serviço e presença junto de Sua prima Isabel. A fé abre portas e janelas, faz a pessoa se colocar a caminho, liberta-a de interesses egoístas, para enxergar o mundo por meio de outros apelos. E, na casa de Isabel, Maria ouve a proclamação de sua felicidade.

Todas as gerações me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas

Antes, era um Anjo que lhe anunciava o plano de Deus, agora é a voz delicada e profética de uma pessoa humana, como acontece também em nossa vida. A aventura da fé se abre aos muitos apelos feitos por Deus por meio das pessoas. Do magnífico diálogo entre as duas futuras mães brota a certeza do amor que, hoje, devotamos à Jovem Virgem Maria.

“A minha alma engrandece o Senhor e meu Espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque Ele olhou para a humildade de Sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas” (Lc 1,46-49).

A presença de Maria na vida de Jesus

Outros episódios contribuíram para o amadurecimento da fé na Jovem Virgem Maria. Tendo dado Sua resposta a Deus, logo o Fruto aparece e nasce o Menino Deus, Luz para todas as nações! Mãe feliz, missão que se abre para uma vida. Logo depois, após anúncios de um Anjo e de uma prima, agora é o velho Simeão a anunciar, profeticamente, o mistério da dor, ali chamada de espada a transpassar o coração (Lc 2, 22-40).

Faz ainda parte de Sua vida a fuga para o Egito, buscando garantir e salvar, a qualquer custo, o que pertence a Deus, Seu Filho amado. Em seguida, a prova da fé conduz a Jovem Virgem Maria ao cotidiano de Nazaré, rotina da vida em família, onde o extraordinário é justamente o correr dos dias vividos com intensidade, no trabalho, no relacionamento com os outros, no afeto experimentado no lar.

Mais tarde, é Jesus adolescente que Lhe provoca um novo passo, foi quando Maria “aprendeu a perder”. E não é difícil identificar na vida de todas as pessoas de fé fatos semelhantes. Se Maria passa na frente, oferecendo-nos os exemplos, também para nós os passos são os mesmos e são caminho de felicidade.

Não há desculpas para quem aposta tudo em Deus!

Em Caná, a jovem Virgem Mãe Maria se revela discípula de Seu próprio Filho, fazendo acontecer a hora de Deus: “Sua mãe disse aos que estavam servindo: ‘Fazei tudo o que ele vos disser!’” (Jo 2,5). Trata-se de uma receita de milagre, disponível para todos os homens e mulheres de fé! Viver a Palavra de Deus desencadeia sempre uma transformação do pior para o melhor, para que o vinho novo do Reino de Deus seja oferecido em abundância. A felicidade de quem acredita se faz concreta no dia a dia da fidelidade!

Na vida da Jovem Virgem Mãe Maria, a prova final da fé aconteceu no alto do Calvário. Foi quando ela disse seu segundo e definitivo sim! A felicidade do acreditar passa pela desolação! Não há desculpas para quem aposta tudo em Deus. Abriu-se, assim, a porta do Cenáculo. E, alguns dias depois, a Mãe da Fé seria o coração da Igreja reunida, preparada para o dom do Espírito Santo prometido. Dali para frente e até a volta do Senhor, homens e mulheres de fé continuarão a testemunhar a alegria da fé, nossa honra e dignidade!




sábado, 22 de abril de 2023

Livra do peso dos nossos pecados.

 




Afrouxa os laços de nossas impiedades e nos livra do peso dos nossos pecados. Tem piedade de mim, ó Senhora, e cura minha doença. Tira a angústia e a dor de meu coração. Não me deixes cair nas mãos de meus inimigos e, no dia da minha morte, fortalece  minha alma. Guia-me no caminho da salvação e entrega meu espírito ao nosso Criador.


quinta-feira, 20 de abril de 2023

De mais de 2 mil aparições marianas registradas, só 16 foram reconhecidas pelo Vaticano

 


Confira a lista das principais aparições reconhecidas pelo catolicismo e confie na prudência da Santa Igreja Católica

Éinegável que a devoção à Virgem Maria esteja estendida pelo mundo inteiro. Assim o revelam suas inumeráveis invocações e também os abundantes testemunhos sobre sua mediação a favor daqueles que a invocam com grande fervor. É tal o impacto que por séculos tem gerado a Mãe de Deus na Fé dos crentes, que inclusive recentemente a revista norte-americana National Geographic destacou a figura da Santíssima Virgem Maria como “a mulher mais poderosa do Mundo”.

Dentro deste fenômeno mariano, o que mais chama a atenção são suas aparições: mais de 2 mil registradas em todo o mundo, segundo o website ‘The Miracle Hunter’ (www.miraclehunter.com), que reúne os relatos, histórias, testemunhos e frequência de milagres, entre eles as aparições marianas, que se registraram ao longo dos séculos, tudo baseado nas investigações de Michael O’Neill.

De acordo com o website, a primeira aparição da Virgem da qual se tem dados, é a de Nossa Senhora do Pilar de Zaragoza, na Espanha, que apareceu ao Apóstolo Santiago o Maior às margens do rio Ebro no ano 40 depois de Cristo. De acordo com a tradição, esta aparição tem um selo particular diante das demais, já que a Mãe de Deus se apresentou em “carne mortal” ao apóstolo padroeiro da Espanha.

O certo é que diante destes acontecimentos a Igreja Católica sempre foi muito prudente e de todas as aparições marianas, o Vaticano somente reconheceu 16 e 28 contam com a aprovação dos Bispos locais.

Prudência que está muito bem explicada no Catecismo da Igreja Católica, onde se expõem: “Ao longo dos séculos houve revelações chamadas ‘privadas’, algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade da Igreja. Estas, no entanto, não pertencem ao depósito da Fé. Sua função não é a de ‘melhorar’ ou ‘completar’ a Revelação definitiva de Cristo, mas a de ajudar a vivê-la mais plenamente em uma certa época da história. Guiado pelo Magistério da Igreja, o sentir dos fiéis (sensus fidelium) sabe discernir e acolher o que nestas revelações constitui uma chamada autêntica de Cristo ou de seus Santos à Igreja”.

Tal como se expõem no website ‘The Miracle Hunter’, durante o Concílio de Trento (1545-1563) se estabeleceu que o Bispo local é a primeira e principal autoridade para julgar a autenticidade de uma aparição mariana; quer dizer, se reconhece que sua mensagem não é contrária à Fé já a moral, e a Virgem Maria pode ser venerada de uma maneira especial. Aqui a aprovação do Vaticano não é necessária para assinalar que a aparição é autêntica, mas, depois de uma aprovação episcopal, este pode realizar uma declaração oficial, ou, após um tempo, efetuar uma visita papal coroando a imagem ou presenteando com uma rosa de ouro.

Entre as aparições marianas que contam com reconhecimento da Santa Sé, se encontram a da Virgem de Guadalupe, no México (fato ocorrido em 1531); a de Nossa Senhora de Siluva, na Lituânia (1608); a Virgem da Medalha Milagrosa na França (1830); Nossa Senhora de Sión em Roma, Itália (1842); a Virgem de La Salette (1846) e Lourdes (1858) na França; Nossa Senhora de Gietzwald na Polônia (1877); a Virgem de Fátima, Portugal (1917), e a Mãe do Mundo de Kibeho, Rwanda (1981), para mencionar algumas.

Sobre Medjugorje, na Bosnia e Herzegovina, a Igreja se mantêm prudente seguindo o parecer dos Bispos da Iugoslávia (país que se dividiu após as guerras), que em 1991 assinalaram que “não é possível estabelecer que houve aparições ou revelações sobrenaturais”. Para este sucesso em 2010 foi constituída a partir do Vaticano uma comissão internacional, sob a autoridade da Congregação da Doutrina da Fé, que tem a cargo determinar a sobrenaturalidade ou não do fenômeno.


De mais de 2 mil aparições marianas registradas, só 16 foram reconhecidas pelo Vaticano (aleteia.org)

Santa Sé cria comissão para estudar autenticidade de fenômenos ligados a Nossa Senhora

 



Francisco Vêneto - publicado em 19/04/23

Observatório acompanhará casos que ainda não foram reconhecidos pela Igreja

APontifícia Academia Mariana International (PAMI) criou uma comissão para a observação de aparições e fenômenos místicos ligados à Santíssima Virgem Maria, com o objetivo de acompanhar os casos que ainda não foram reconhecidos como autênticos pela Igreja Católica.

Além das aparições, também serão estudados os casos de alegadas lacrimações, locuções, estigmas e quaisquer outros fenômenos místicos levados ao conhecimento da Santa Sé, mas ainda sem resposta oficial das autoridades eclesiásticas.

O pe. Stefano Cecchin, presidente da PAMI, comenta a iniciativa:

“O objetivo é dar apoio concreto ao estudo, autenticação e divulgação correta de tais eventos, sempre em harmonia com o magistério eclesiástico, as autoridades competentes e as normas vigentes da Santa Sé sobre o assunto”.

O sacerdote acrescenta que a comissão trabalhará “de forma sistemática, estratégica, multidisciplinar e qualificada, em parceria com especialistas e pesquisadores, personalidades de alto nível no campo científico e autoridades eclesiásticas”. A diretriz é “agir com eficiência e capilaridade, ativar comissões nacionais e internacionais para avaliar e estudar aparições e fenômenos místicos relatados em várias áreas do mundo, para promover atividades de atualização e treinamento sobre esses tipos de eventos e seus múltiplos significados espirituais e culturais”.

No tocante aos treinamentos, o padre observa que os relatos de supostos fenômenos costumam “causar confusão” e, portanto, reforça a importância de se contar com uma equipe qualificada para analisar cada caso. O observatório, de fato, é composto por um comitê diretor e um comitê científico central.

A iniciativa pretende ainda promover atividades de divulgação e consultorias a dioceses, assim como “pesquisa transdisciplinar em conjunto com instituições acadêmicas, tanto leigas quanto eclesiásticas”, além de coordenar a publicação dos resultados dessas investigações.

As atividades já começaram oficialmente neste sábado, 15 de abril, na própria sede da PAMI em Roma.


Santa Sé cria comissão para estudar autenticidade de fenômenos ligados a Nossa Senhora (aleteia.org)

domingo, 9 de abril de 2023

TERÇO EXORTAÇÃO À VIRGEM PODEROSA




TERÇO-EXORTAÇÃO À VIRGEM PODEROSA

(Como arma contra os poderes infernais)


Oração ao Espírito Santo


Vinde Espírito Santo, enchei os corações de Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor; enviai Senhor o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.


Oremos:

Ó Deus, que instruístes os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo este mesmo Espírito e gozemos sempre de Sua consolação, por Cristo Senhor nosso. Amém.


Creio, Pai Nosso, Ave Maria e Glória.


Iº Dezena___Contemplamos como Jesus nos deu um exemplo brilhante na luta contra Satanás e seu reino.


No lugar do Pai Nosso: ___Oração do Magnificat. (Cfe. Lc 1,46-55)


Magnificat


Minha alma Se gloria no Senhor,

E Meu espírito exulta de alegria em Deus, Meu Salvador.

Porque olhou para a humildade da Sua Serva.

De hoje em diante, todas as gerações hão de chamar-Me Bem Aventurada,

Porque fez em Mim maravilhas Aquele cujo nome é Santo.

Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre os que O temem.

Manifestou o poder do Seu Braço, desconcertou os corações soberbos.

Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes.

Saciou de bens os famintos e despediu de mãos vazias os ricos.

Socorreu Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia,

conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão

e de sua descendência para sempre. Amém!


Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre.

Amem.



Nas 10 contas da Ave-Maria:

___Virgem Poderosa, Imaculada Conceição, Rainha das Vitórias; que Vossas lágrimas de sangue destruam as forças infernais (que se levantam contra... ou que impedem... )



No lugar do Glória:

___ A Cruz Sagrada seja minha luz, não seja o dragão meu guia. Retira-te satanás, nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que tu me ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno.


2º Dezena: ___Contemplamos como Jesus venceu a morte e o Inferno pela Sua Paixão e Morte na Cruz.


3º Dezena: ___Contemplamos a Cruz de Cristo que se tornou um sinal de terror para satanás.


4º Dezena: ___Contemplamos como Jesus deu à Virgem Maria, a força de esmagar a cabeça da serpente infernal.


5º Dezena: ___Contemplamos como Jesus Cristo deu à Virgem Maria poder sobre satanás por todos os tempos.


No final: ___Salve Rainha



Oração

Levanta-se Deus, pela intercessão da Virgem Maria, de São Miguel Arcanjo e de toda a Milícia Celeste, sejam dispersos Seus inimigos e fujam de Sua Face todos os que O odeiam. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!


Consagração a Nossa Senhora



Ó Santa Mãe Dolorosa de Deus, ó Virgem Dulcíssima, eu Vos ofereço o meu coração afim de que o conserveis intacto como o Vosso Coração Imaculado. Eu Vos ofereço a minha inteligência, para que ela conceba apenas pensamentos de paz e de bondade, de pureza e verdade.

Eu Vos ofereço a minha vontade, para que ela se mantenha viva e generosa ao serviço de Deus. Eu Vos ofereço meu trabalho, minhas dores, meus sofrimentos, minhas angústias, minhas tribulações e minhas lágrimas, no meu presente e meu futuro, para serem apresentadas por Vós ao Vosso Divino Filho, para purificação da minha vida.

Mãe Compassiva, eu me refugio em Vosso Coração Imaculado, para acalmar as dolorosas palpitações das minhas tentações, da minha aridez, da minha indiferença e das minhas negligências.

Escutai-me ó Mãe, guiai-me, sustentai-me e defendei-me, contra todos os perigos da alma e do corpo, agora e por toda a eternidade. Assim seja!

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Documentário sobre Medjurgorje chega em maio aos cinemas

 

Reportagem local - publicado em 02/04/23



Produzido no Panamá, 'O Último Chamado de Maria' reúne testemunhos de devotos e peregrinos de vários países para explicar fundamentos do fenômeno religioso no sudeste da Europa

Após o sucesso de ‘Coração de Pai – São José’, a Kolbe Arte anuncia seu próximo lançamento para os cinemas brasileiros: o documentário ‘O Último Chamado de Maria’. Com estreia prevista para maio, a produção trata dos eventos místicos envolvendo seis pessoas, que afirmam ser testemunhas de aparições da Virgem Maria, em Medjugorje.


Medjugorje é o nome da pequena vila ao sul da Bósnia e Herzegovina, país localizado na península balcânica, no sudeste da Europa. Há mais de 40 anos o vilarejo se tornou um local de espiritualidade e devoção. Anualmente, 2,5 milhões de fiéis visitam o Santuário e afirmam receber graças pela intercessão de Nossa Senhora.

Grande luz

Quem conduz o roteiro é o Padre Francisco Verar, professor de mariologia e estudioso do fenômeno de Medjugorje. Ele explica que diante da situação do mundo, com guerras, ideologias, ganância, desrespeito ao meio ambiente e à vida humana, Nossa Senhora é um sinal de esperança: “Essa é a razão pela qual eu considero que Medjugorje é uma grande luz para este mundo, para muitos homens, para muitas mulheres, para muitos jovens. Luz de esperança, luz de amor, luz de alegria”.

O filme ajuda a ter uma noção da dimensão alcançada a partir destes acontecimentos extraordinários. Segundo os relatos, Maria vem ao mundo pedir conversão e oração e também teria dito que esta é a última vez em que se apresenta na Terra, portanto, este é seu “último chamado”.

Missão

O documentário foi produzido no Panamá, mas é composto por cenas do próprio Santuário, além de depoimentos dos “videntes” e peregrinos de diversos países. Alguns destes devotos receberam como missão fundar obras e difundir a mensagem de Medjugorje. É o caso do médico José Ribamar da Silva, fundador do Secretariado Rainha da Paz, no Rio de Janeiro. Outros residentes no Brasil participam das gravações, como Ir. Kelly Patrícia, do Instituto Hessed, Pe. Antonello Cadeddu, da Aliança de Misericórdia e Padre Eugênio La Barbera, fundador da Fraternidade Monástica dos Discípulos de Jesus para a glória de Deus Pai.

Com pouco mais de uma hora e meia de duração, ‘O Último Chamado de Maria’ é um guia para quem se interessa pelo fenômeno de Medjugorje e quer entender o sentido desta espiritualidade que, embora ainda não reconhecida oficialmente pela Igreja Católica, tem atraído milhões de fiéis e transformado a vida de muitas pessoas.

Confira o trailer:

Sinopse

Convencido dos acontecimentos sobrenaturais que se desenrolam numa pequena aldeia da Bósnia e Herzegovina (Medjugorje) desde 1981, e que atrai milhões de peregrinos todos os anos, um padre recolhe testemunhos conclusivos de vários países, ao mesmo tempo que explica os fundamentos daquela mensagem. Segundo os “videntes” que narram suas experiências com a Mãe de Deus, esta é a última vez que ela vem ao mundo, antes que comecem a acontecer os acontecimentos que lhes foram confiados e que constituem um apelo à conversão da humanidade.


Documentário sobre Medjurgorje chega em maio aos cinemas (aleteia.org)


sábado, 25 de junho de 2022

A VIRGEM MARIA E O DOM DO SERVIÇO





JESUS E O SERVIÇO AO PRÓXIMO

Nosso Senhor Jesus Cristo, quando se fez carne, “não considerou um privilégio ser igual a Deus, mas esvaziou-se assumindo a forma de servo” (Fl 2, 6-7). Ele, ao se encarnar, humilhou-se para ser igual ao homem, exceto no pecado. Conservando sua natureza divina, assumiu a natureza humana. Foi para a salvação do homem que Cristo Jesus veio ao mundo (cf. Tm 1, 15). Essa salvação foi realizada através da sua Paixão, Morte e Ressureição. Foi em nosso favor que Ele se ofereceu ao Pai na Cruz em sacrifício.

Ele, que é o “Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14, 6), mostrou-nos que o maior mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo (cf. Mc 12, 29-31). Nosso Senhor nos mostrou que um dos caminhos para amar é por meio do serviço, já que Ele viveu para servir a Deus Pai e aos seus irmãos. Ele mesmo nos disse que não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida por muitos (cf. Mt 20, 28). Jesus fez a sua autobiografia com o verbo servir. [Salmos: Servir com Alegria]
O CRISTÃO DEVE ESTAR A SERVIÇO

Diz-nos São Paulo, na sua carta aos Filipenses, que devemos ter os mesmos sentimentos de Cristo Jesus. Portanto, fica claro para nós que, se Nosso Senhor se fez servo de Deus e dos outros por amor, nós também devemos transformar nossa existência em um contínuo serviço. Além disso, na epístola aos Gálatas, o Apóstolo dos gentios diz que devemos ser servos uns dos outros por amor (cf. Gl 5, 13), assim como Jesus fez.

Quando fomos batizados, tornamo-nos reis, sacerdotes e profetas. O aspecto real que nos é dado nesse sacramento nos lembra de que, assim como Cristo, que era Rei e se fez servo, nós também devemos viver como servos. Se eu não vivo para servir, não sirvo para viver, nos ensina o Papa Francisco. [Papa Francisco: Audiência Jubilar] É evidente que a essência do cristão é permeada pelo espírito de serviço.
O SERVIÇO DE MARIA

Assim como Nosso Senhor, a Virgem Maria fez da sua vida um serviço. Ela, nossa maior intercessora junto de seu Filho, é o maior exemplo de serviço que a humanidade já presenciou depois de Jesus. Na anunciação do Arcanjo Gabriel à Santíssima Virgem, ela, pela “obediência da fé” (cf. Rm 1, 5), se declara como a humilde serva do Senhor (cf. Lc 1, 38) e, sem pestanejar, se submete à Vontade Divina, por meio do seu Fiat. Mediante sua obediência e seu serviço, ela nos trouxe a Vida. Deus quis a livre cooperação de uma criatura para ocorrer a salvação do gênero humano. [Catecismo da Igreja Católica, n.488] Com isso, Santa Maria nos ensina a nos submetermos prontamente à vontade divina.

Há outro relato que nos mostra claramente como Nossa Senhora tinha sua existência envolvida pelo servir. Após descobrir que sua prima Isabel estava grávida, levantou-se e foi apressadamente em busca dela, em uma cidade de Judá, que ficava em uma região montanhosa (cf. Lc 1, 39). O papa São Pio X, ao comentar esse relato, diz que “com santa solicitude, Maria foi visitar a prima (…) para servi-la como humilde criada, como o fez por três meses”. [Catecismo Maior de São Pio X, em Breve História da Religião, n. 88] Ela não espera: quando vê a necessidade de sua prima, vai rapidamente ao encontro dela.

Para se conhecer Maria, diz São Luís de Montfort, deve-se conhecer o Filho. Isso porque, seguindo o exemplo do seu Filho, Maria não considerou privilégio ser a mãe do Salvador, mas se fez serva dos outros por amor. Na sua simplicidade e no seu silêncio, serviu com discrição, humildade, amor e piedade.

A partir desses dois relatos do primeiro capítulo do Evangelho de São Lucas, podemos tirar uma conclusão: precisamos buscar a virtude da humildade e da diligência. Crescer na humildade, primeiramente, para que possamos, assim como o Senhor no lava-pés (cf. Jo 13, 1-15), nos rebaixar para servir e para amar. Além disso, para proclamarmos as maravilhas de Deus, como foi cantado no Magnificat (cf. Lc 1, 46-55).

A diligência é realizar o que é preciso ser feito, com zelo, atenção e da melhor forma possível. Nossa Senhora, no relato da Visitação à Santa Isabel, nos mostra que esse é o caminho para o serviço. Precisamos, como diria o Papa Francisco, “primeirar”, [Papa Francisco: Exortação Apostólica Evangelii Gaudium] tomar a iniciativa, mesmo sem sermos requisitados. Foi isso que Maria fez: ao ver que sua prima precisaria de ajuda nos últimos meses da gravidez, não pensou duas vezes e foi apressadamente a uma cidade de Judá, aproximadamente a 150 km de Nazaré. Mesmo estando grávida do Redentor, não se preocupou consigo mesma e foi ao encontro de Isabel, para amá-la e servi-la.

Peçamos a Nossa Mãe, Nossa Senhora da Esperança, um coração semelhante ao dela e ao de seu Filho Jesus, para que, cada vez mais, possamos nos configurar a Ele. Precisamos desse coração humilde e servidor para chegarmos ao céu e para levarmos os outros para Deus.
SEMINARISTA GABRIEL DIAS FERRAZ
GRADUANDO EM FILOSOFIA NO SEMINÁRIO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – DF



Fonte: Site da paróquia Nossa Senhora da Esperança – Asa Norte

Rezando com o auxílio da Virgem Maria

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