quarta-feira, 27 de junho de 2018

A princesa que foi expulsa do seu castelo por servir os pobres

PRINCESS ELIZABETH

O maior apoio de Isabel da Hungria era seu marido, e ela não deixou que seus críticos a parassem

Na era medieval, havia uma mulher nobre cuja vida a serviço do bem comum destacava-se por suas obras de misericórdia e caridade, tanto para com sua família quanto para com seu povo – especialmente os mais pobres.
Isabel viveu na corte húngara durante os primeiros quatro anos de sua infância, uma época em que ela já estava demonstrando atenção especial aos pobres, ajudando-os com uma palavra gentil ou um gesto carinhoso.
Mas sua infância foi rudemente interrompida quando alguns cavaleiros chegaram para levá-la ao centro da Alemanha. Segundo os costumes da época, o pai decidira que Isabel se tornaria a princesa da Turíngia.
O conde daquela região era um dos mais ricos e influentes em toda a Europa no início do século XIII, e ele aceitou o compromisso proposto entre seu filho Luís e a princesa húngara. Então, Isabel deixou sua terra natal com um rico dote e uma grande comitiva, incluindo suas damas de companhia.
Após uma longa viagem, chegaram à fortaleza de Wartburg, o castelo que dava para a cidade e que Isabel um dia transformaria em um centro para receber e ajudar muitas pessoas. A fortaleza permanece um centro magnífico devido ao seu profundo valor histórico e cultural.
O noivado de Isabel e Luís foi celebrado. E, embora o noivado tivesse sido decidido por razões políticas, um amor sincero cresceu entre os dois jovens. Com o tempo, o relacionamento deles se tornaria notável e exemplar por seu amor e virtude.
O casal decidiu celebrar o casamento de forma simples e dar parte do dinheiro destinado ao custo do banquete aos pobres.
Enquanto a maioria dos habitantes do castelo se indignavam com o espírito de humildade e atitude de Isabel em relação aos pobres, Luís sempre admirava, acolhia e apoiava sua generosidade.
Em uma ocasião, referindo-se a ajuda de sua esposa aos pobres, ele disse: “Querida Isabel, foi Cristo quem você lavou, alimentou e cuidou”. E quando as pessoas do castelo reclamavam com ele, ele dizia: “Enquanto ela não vender o castelo, eu estou feliz”.
Um momento chave para Isabel foi a descoberta da história de conversão do rico jovem mercador Francisco de Assis. Com o seu testemunho, ela ficou ainda mais entusiasmada em ajudar os pobres e optou por uma determinação ainda maior para seguir a Cristo crucificado, presente nos pobres.
Isabel mostrou misericórdia para com qualquer um que batesse à sua porta: ela lhes dava comida e água, oferecia-lhes roupas, pagava suas dívidas e cuidava dos doentes. E ela também saía procurando por eles.
Deixando o castelo com suas damas de companhia, ela visitava as casas dos pobres para levar pão, carne, farinha e outros alimentos, além de garantir que eles tivessem tudo de que precisassem.
Ela só comia comida que ela tinha certeza que vinha das propriedades do marido; ela se abstinha de bens obtidos ilegalmente e procurava maneiras de compensar aqueles que haviam sofrido violência.
Isabel foi um verdadeiro exemplo para todos aqueles que ocupam posições de poder: exercer sua autoridade, em todos os níveis, como um serviço à justiça e caridade na busca constante do bem comum, especialmente com os mais vulneráveis.
Ela ajudou a construir um convento em Halberstadt e um hospital no castelo, onde trabalhava vários dias da semana.
Mas, em 1226, o país foi atingido pela fome e por uma onda de doença naquele inverno. Isabel respondeu doando alimentos que haviam guardado no castelo e vendendo seus vestidos e joias para continuar ajudando as famílias necessitadas e impedindo-as de morrer de fome ou vítimas da doença.
Sua devoção e cuidado com os pobres continuaram sendo criticados. Depois que seu marido, Luís, faleceu (adoecendo com suas tropas em Otranto), a família dele desafiou seu trabalho de caridade. O cunhado de Isabel acusou-a de ser uma mulher devota que era incompetente no governo. Ele usurpou o trono da Turíngia, declarando-se o verdadeiro herdeiro.
Isabel foi impedida de herdar qualquer riqueza do castelo, então a jovem viúva e seus três filhos procuraram refúgio. Ela trabalhou como costureira até que foi capaz de receber uma quantia adequada de dinheiro para se aposentar no castelo da família em Marburg.
Isabel conseguiu superar todos esses obstáculos com grande coragem, servindo os mais necessitados e pobres em sua própria mesa, e depois levando os doentes e deficientes. Ela fundou um hospital onde passou os últimos anos de sua vida servindo os doentes e cuidando dos moribundos.
A Igreja Católica declarou Isabel santa, e sua vida foi registrada em muitos livros, poemas e obras de arte. Muitos hospitais e igrejas também levam seu nome. A bela igreja de Santa Isabel em Marburgo é dedicada a ela, e muitos dizem que é o maior monumento já dedicado a uma mulher.

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