É próprio do humilde prestar serviços
Maria Santíssima não se negou a servir Isabel durante três meses. Sobre isto, escreve São Bernardo: “Admirou-se Isabel da vinda de Maria, porém mais admirável era ainda o motivo de sua vinda: vinha para servir e não para ser servida”.
O humilde gosta de uma vida retirada e despercebida. Maria Santíssima procedeu de modo semelhante, diz-nos o citado Santo, quando seu Filho pregava numa casa e ela lhe desejava falar. Não se animou a entrar (Mt. 12, 46). Ficou de fora e não confiou no prestígio de mãe, mas evitou interromper a pregação do Filho.
Pelo mesmo motivo, quis também tomar o último lugar, quando estava no cenáculo com os apóstolos. “Todos perseveravam de comum acordo em oração com as mulheres, e Maria, Mãe de Jesus” (At. 1, 14). Bem conhecia São Lucas qual o mérito da Divina Mãe, devendo por isso nomeá-la antes de todos. Porém, de fato, Maria Santíssima tinha tomado o último lugar, depois dos apóstolos e das santas mulheres. São Lucas – na opinião de um autor – os nomeou a todos e por último a Virgem, segundo o lugar que ocupava.
Isso motiva a observação de São Bernardo: “Com razão tornou-se a primeira a que era a última porque, sendo a primeira, se fizera a última”.
Fonte: Do livro “Glórias de Maria” de Santo Afonso de Ligório, via AASCJ
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