sábado, 17 de setembro de 2016

VOCÊ SABE QUAL É O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO ESCAPULÁRIO?

MUITOS DE NÓS USAMOS MAS, NÃO SABEMOS DE ONDE VEIO, O QUE SIGNIFICA E SE É NECESSÁRIO UM PADRE ABENÇOAR OU NÃO... VAMOS APRENDER?
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Compreenda por que devemos utilizar o escapulário e seu significado para a Igreja

Muitas pessoas utilizam o escapulário por modismo ou simplesmente porque outros o usam, mas qual é o verdadeiro significado dele?

São muitos os que usam o escapulário ou outros objetos de devoção sem saber o verdadeiro significado deles, pior ainda quando o usam como um amuleto, algo mágico que “dá sorte”, que livra de “mau-olhado” ou coisa semelhante.

Como se o verdadeiro sentido não viesse do coração daquele que usa tal objeto, que, conhecendo o seu verdadeiro significado, usa-o para sinalizar algo que está em seu íntimo, em sua fé, em seus propósitos e conversão. Muitos usam cruzes, medalhinhas, terços e vários escapulários de Nossa Senhora do Carmo como modismo, porque todo mundo está usando ou porque “aquele artista” usou na novela.

Mas qual o verdadeiro significado do escapulário?

O escapulário ou bentinho do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração a Santíssima Virgem Maria, por meio da inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção maternal. O escapulário do Carmo é um sacramental. No dizer do Vaticano II, “um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja” (SC 60).

“A devoção do escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais” (Pio XII, 6/8/50).

A devoção ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo teve início com a visão de São Simão Stock. Segundo a tradição, a Ordem do Carmo atravessava uma fase difícil entre os anos 1230-1250. Recém-chegada à Europa como nômade, expulsa pelos muçulmanos do Monte Carmelo, a Ordem atravessava um período crítico. Os frades carmelitas encontravam forte resistência de outras ordens religiosas para sua inserção. Eram hostilizados e até satirizados por sua maneira de se vestir. O futuro dos carmelitas era dirigido por Simão Stock, homem de fé e grande devoto de Nossa Senhora.

O escapulário era um avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica. Colocado sobre as escápulas (ombros), o escapulário é uma peça do hábito que ainda hoje todo carmelita usa. Com o tempo, estabeleceu-se um escapulário reduzido para ser dado aos fiéis leigos. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas; entre outras o privilégio sabatino. Em sua bula, chamada Sabatina, o Papa João XXII afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas do purgatório no sábado, que se seguir a sua morte. As vantagens do privilégio sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em 14 de julho de 1908.

O escapulário é feito de dois quadradinhos de tecido marrom unidos por cordões, tendo de um lado a imagem de Nossa Senhora do Carmo, e de outro o Coração de Jesus, ou o brasão da Ordem do Carmo. É uma miniatura do hábito carmelita, por isso é uma veste. Quem se reveste do escapulário passa a fazer parte da família carmelita e se consagra a Nossa Senhora. Assim, o escapulário é um sinal visível da nossa aliança com Maria.

Compromissos de quem utiliza o escapulário

É importante destacar algumas atitudes que devem ser assumidas por quem se reveste desse sinal mariano:

• Colocar Deus em primeiro lugar na sua vida e buscar sempre realizar a vontade d’Ele.
• Escutar a Palavra de Deus na Bíblia e praticá-la na vida.
• Buscar a comunhão com Deus por meio da oração, que é um diálogo íntimo que temos com Aquele que nos ama.
• Abrir-se ao sofrimento do próximo, solidarizando-se com ele em suas necessidades, procurando solucioná-las.
• Participar com frequência dos sacramentos da Igreja, da Eucaristia e da confissão, para poder aprofundar o mistério de Cristo em sua vida.

Quem pode realizar essa imposição?
Antes do Concílio Vaticano II, era necessário que tal imposição fosse feita por algum sacerdote delegado pela própria Ordem dos Carmelitas. Atualmente, diz o mesmo ritual aprovado pela Congregação para o Culto Divino, "têm a faculdade de benzer o Escapulário os sacerdotes e os diáconos; além disso, outras pessoas autorizadas podem também fazer a sua imposição" [4].

É muito conveniente, mas não é absolutamente necessário, que o escapulário possua uma imagem de Nossa Senhora. Basta, como já dito, que ele possua dois pedaços de pano unidos por tiras, como uma veste que se impõe sobre o pescoço.

Também é importante lembrar que, uma vez feita a imposição nos moldes acima descritos, a bênção se transfere para a pessoa, pois ela se torna como que membro permanente da família carmelita, de modo que, deteriorado ou perdido o escapulário, basta que ele seja substituído por outro.

Fonte: Canção Nova/Padre Paulo Ricardo

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