sábado, 27 de fevereiro de 2016

Oração a Nossa Senhora, Esposa do Espírito Santo, pedindo que nos livre da tibieza

Esposa do Espírito Santo,
Mãe da divina graça!
Fazei-nos compreender que as alegrias de Deus,
que ninguém pode tirar,
só podem ser usufruídas pelas almas que se empenham
em viver a sério a santidade a que Jesus nos chamou:
Sede, pois, perfeitos,
como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
Fazei-nos entender, Mãe nossa,
que essas alegrias,
intimamente unidas à paz que o mundo não pode dar,
são fruto do Espírito Santo
– que é o Amor no seio da Trindade – ,
da docilidade à sua Graça, às suas inspirações
e, sobretudo, aos seus sete Dons.
Que vejamos que elas são
fruto da vida interior,
da união com Cristo na Cruz,
da mortificação generosa;
da vibração apostólica,
da entrega aos que ignoram e erram,
da solicitude para com os que sofrem
e da caridade para com todos.
Que compreendamos que essas alegrias
procedem somente do “fogo de Cristo”
– o divino Espírito Santo! –
que a alma em Graça leva,
como num templo,
dentro do coração.
***
Por isso, Mãe, nós vos pedimos:
– Não permitais que esse fogo se apague.
Livrai-nos do desleixo espiritual,
da moleza consentida,
da displicência nas coisas de Deus,
da piedade formal e do dever rotineiro,
da indiferença para com o próximo,
da conivência disfarçada com as tentações,
do desejo mascarado de tirar uma lasquinha
de cada um dos sete pecados capitais.
Mãe da divina Graça,
curai as chagas abertas na alma
pelo nosso egoísmo – “vento gelado”
que apaga as chamas de Pentecostes –,
e pelo nosso amor-próprio mesquinho,
que se empenha em entronizar o “eu”,
com seus “gostos”, “vontades” e “vaidades”,
no altar do coração onde só Deus deveria reinar.
Livrai-nos de querer justificar a nossa negligência
com mil desculpas tíbias e “razões sem razão”.
Fazei-nos compreender com luzes claras
que a tibieza – para dizê-lo com palavras de São Paulo –
contrista o Espírito Santo de Deus.
***
Ajudai-nos a entender especialmente, Mãe,
que a primeira coisa
que a tibieza “afoga” na alma do cristão
– quando atraiçoamos o Amor –
são os sete dons do Espírito Santo:
– Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza,
Ciência, Piedade e Temor de Deus.
Os sete Dons, Senhora!
Eles são os sete sopros do Amor da Trindade
que enfunam as velas da alma em Graça
e a dirigem, veloz, para Deus.
Eles são as brisas do Céu que,
suave e fortemente,
impelem as velas do barco da alma,
sempre que a alma a elas se abra, generosa,
e se deixe guiar, transparente,
como um diamante puro de três faces:
a fé, a esperança e o amor.
***
Eles, os sete Dons,
são as mãos do Amor divino
que guiam o leme dessa barca frágil.
São igualmente
– como os antigos diziam–
as chuvas que fecundam a alma,
e a tornam capaz de dar frutos,
os frutos do Espírito Santo
que São Paulo assim enunciava:
Alegria, paz, paciência,
amabilidade, bondade, lealdade,
mansidão, autodomínio, castidade.
Os sete Dons são ainda, Mãe
– que maravilha! – ,
indescritível esplendor de luz,
força invencível,
cálido consolo e aconchego,
e, no final da vida, nos levam
a entrar, felizes para sempre,
no próprio seio do Coração de Deus.
Por isso, Mãe, nós vos pedimos,
pela intercessão de São Josemaria,
que nos obtenhais do Espírito divino
esses sete tesouros, esses sete dons,
sem os quais é impossível que a alma
avance, de claridade em claridade,
de amor em amor,
seguindo os passos de Cristo
até alcançar a santidade e o Céu.
[Adaptado do livro de F. Faus: A tibieza e os dons do Espírito Santo, Quadrante, São Paulo 2007]
http://www.padrefaus.org/archives/283

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