A vocação tem relação direta com o ‘ser’ e não com o ‘fazer’
A mulher deve entender sua realização como pessoa, sua dignidade e vocação a partir da imensa riqueza da feminilidade que ela recebeu no dia da criação e que herdou como expressão da imagem e semelhança de Deus.
O Senhor, desde o início, teve uma ideia a nosso respeito. Desejar conhecer essa ideia é descobrir a nossa vocação. E para cumpri-la precisamos desenvolver nossa própria personalidade e identidade como ser feminino que somos. Portanto, vocação tem relação direta com o ‘ser’ e não com o ‘fazer’!
Nosso estado de vida, nossa profissão, nossas escolhas e atividades devem ser um caminho de expressão do nosso ser. Nossa jornada, neste mundo, só atingirá seu fim último se, no dia em que estivermos diante de Deus e ao Lhe contarmos quem fomos, percebermos que nos aproximamos o máximo possível da ideia que Ele tinha a nosso respeito quando nos criou.
Chamada ao dom de si, à vida espiritual e a viver uma vida fundada na humildade e no segredo, a mulher é o sustento e o pilar da humanidade decaída.
Por isso, toda mulher precisa ser bem formada em sua identidade, com autenticidade para que possa realizar a missão para a qual é chamada, seja ela qual for. Sua vida no lar ao lado do marido e dos filhos, sua carreira profissional, uma vida consagrada… Tudo isso precisa ser bem construído e fecundo, cheio de sentido. Quer a mulher passe o dia dedicada aos filhos e ao marido, quer esteja entregue plenamente a outras tarefas, quer tenha renunciado ao casamento por outra razão mais nobre, cada uma em seu próprio caminho, deve ser fiel à vocação humana e divina, realizando, de fato, a plenitude da personalidade feminina.
Há uma espiritualidade própria da mulher, que consiste no centro de sua vocação, na resposta ao amor de Deus que a chama à santidade, na imitação da Santíssima Virgem, na união com Cristo de modo muito íntimo e pessoal.
O cultivo de certas virtudes muito caras à mulher também estão diretamente atreladas à sua vocação como a delicadeza, a generosidade, a temperança, o equilíbrio, a prudência e a firmeza.
A capacidade de silenciar, de realizar as coisas não para ser notada, mas simplesmente por amor, para edificar e construir. Estes devem ser os pilares do projeto de vida e da vocação de toda mulher.
O projeto central de nossa vida deve ser algo que possamos levar conosco depois da morte, para a eternidade, para continuar no céu!
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