É da tradição franciscana celebrar com toda a Solenidade, desde os princípios da Ordem, mesmo antes da instituição do Dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria, a novena em seu louvor. Com especial devoção, todos os franciscanos do mundo se preparam a cada ano para, no dia 08 de Dezembro, render glória a Deus, Sumo Bem, por aquela que foi preparada para ser a Mãe do Senhor e, como tal, deveria ser pura e sem mancha, isto é, a "toda bela", a "tota pulchra".
Muitas Províncias, Custódias e outras Fraternidades, aproveitam a Solenidade, sobretudo suas Vésperas (7) para realizar profissões de votos, renovações e mesmo ordenações, sejam diaconais ou presbiterais.
Foi Duns Scotus, grande teólogo franciscano do século XIII, que encontrou um silogismo que solucionava a dificuldade de admitir que também Nossa Senhora como filha de Adão e Eva devia estar sujeita ao pecado original, mas que foi dele preservada, em previsão dos méritos de Cristo, com antecipada aplicação da redenção universal de Jesus. Era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois era Maria destinada a ser Mãe do seu filho. Isso era possível para a onipotência de Deus; portanto, Deus, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo (cf. D. Servílio Conti, IMC).
Perante esta sutil, mas irretorquível argumentação, os teólogos concordaram em aceitar esta doutrina. De fato, desde 1300 a doutrina da Imaculada Conceição de Maria no seio materno fez rápidos progressos na consciência dos fiéis, induzindo a Igreja a introduzir no calendário romano já no século XV a festa da Conceição Imaculada de Maria.
Neste ano, o Reflexões Franciscanas tem o privilégio de contar com a colaboração de alguns dos frades que residem no Sacro Convento de Assis, e mesmo nos arredores daquela cidade ou fora dela, mas ainda dentro da Itália, seja com fotos ou mesmo artigos.
Aqui, queremos agradecer ao frei brasileiro (Conventual) que lá reside, Frei Evilásio Andrade, que fez as fotos que ora postamos e aos outros colaboradores.
A imagem da Virgem Imaculada é a mesma que São José de Copertino venerava em Ózimo [e Assis] e diante da qual voava em seus êxtases místicos de contemplação.
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